A escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos continua a se intensificar. Após a imposição de tarifas de 34% pelo governo americano sobre todas as importações oriundas da China, o governo chinês respondeu com a mesma moeda, tarifa de 34% sobre todas as importações oriundas dos Estados Unidos que, por sua vez, retaliou imediatamente com uma tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas, elevando a tarifa geral para 104%. Qual será a resposta da China?

Após um início de seção relativamente positivo, com os mercados revertendo parte das perdas dos últimos pregões, a notícia de que o governo americano iria cumprir a promessa de adicionar mais 50% à tarifa geral sobre as importações vindas da China, azedou o ambiente. As ações voltaram à trajetória de queda e o dólar voltou a uma trajetória de valorização principalmente em relação a moedas de países emergentes exportadores de commodities, o que com que o Real voltasse a ultrapassar o nível de R$ 6,00/US$.

Ao contrário da China, outros países diretamente afetados pelas tarifas americanas, como Coréia do Sul, Japão, União Europeia, Vietnam, entre outros, estão tentando negociar o nível das tarifas em lugar de retaliar o governo americano.

O aumento da incerteza quanto a até onde irá a guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, e quais os efeitos sobre a economia global, em especial sobre crescimento e inflação, paralisam os investidores, inseguros para tomar decisões de investimento e de preços. Caso persista por muito tempo, esta incerteza poderá gerar forte recessão e pressão inflacionária.