De acordo com o Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal (DPF) avançou 2,48% na comparação mensal, totalizando R$ 6,325 trilhões em novembro. Apesar do crescimento expressivo, o estoque da dívida deve terminar o ano dentro do limite estabelecido pelo Plano Anual de Financiamento, entre R$ 6,4 e R$ 6,8 trilhões. Desse total, R$ 6,075 trilhões representam a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), enquanto a Dívida Pública Federal externa (DPFe) somou R$ 250 bilhões.
Tal resultado é explicado pela emissão líquida de R$ 109,26 bilhões e apropriação positiva de juros de R$ 43,84 bilhões. Além disso, vale destacar a melhora nos mercados, com a diminuição de risco e, consequentemente, com o fechamento da curva de juros no Brasil. Nesse contexto, o custo médio do estoque da dívida acumulado em 12 meses caiu 10,65% em novembro, ante 10,86% em outubro. No que diz respeito às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu ligeiramente, de 11,8% para 11,7% ao ano.
Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma elevação de 11,43% em novembro, para R$ 908,9 bilhões, suficiente para pagar todos os vencimentos até julho de 2024 e uma fração de agosto de 2024.
Por fim, sobre os detentores de títulos, as instituições financeiras e fundos perderam participação ao longo do acumulado de 2023 da DMPFi, enquanto previdência e não residentes tiveram suas participações elevadas.