Dois fatores se destacaram ao longo da última semana. No cenário internacional, o acordo no Senado americano para interromper o shutdown. Com o final da paralização as agências governamentais começaram a voltar ao trabalho. Em especial, com a volta da atividade do BLS, os dados de emprego e desemprego devem voltar a ser divulgados nos próximos dias, o que deverá tornar as decisões de política monetárias mais bem informadas.
De qualquer forma, a divisão dentro do Fomc, que é o comitê responsável pela decisão sobre taxa de juros nos Estados Unidos, continua bastante clara, com as declarações de parte dos membros indicando manutenção dos juros na reunião de dezembro de 2025 e outra parte queda de 0,25 pontos de porcentagem. Os dados a serem divulgados devem definir o placar. A maior parte dos investidores esperam estabilidade da taxa de juros na reunião de dezembro.
No cenário interno, a divulgação da Ata da última reunião do Copom, foi interpretada por parte dos analistas e investidores como mais suave que o comunicado que se seguiu à reunião. Para eles, o teor da Ata é um primeiro sinal de que o início da redução da taxa SELIC pode ocorrer em janeiro, no lugar de março. Ainda assim, a maior parte dos analistas e investidores continua a esperar que o início do processo ocorra somente na reunião de março de 2026.
