Economia

Publicado em 16 de Julho às 09:20:26

Fiscal continua a preocupar

Além do atentado contra a vida do ex-Presidente Donald Trump que mexeu com os ativos, três eventos ocorridos na semana passada mostram as dificuldades que terá o Ministro da Fazenda para aprovar os aumentos de impostos que ele considera indispensáveis para atingir a meta de equilíbrio fiscal a partir de 2024.

A inclusão das proteínas na cesta básica, com alíquota zero e a introdução de uma trava de 26,5% na alíquota geral do IVA no projeto de regulamentação da Reforma Tributária aprovado pela Câmara, a recusa do presidente do Senado, Senador Rodrigo Pacheco, de adotar um aumento da CSLL sobre os bancos para financiar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e de pequenas e médias cidades, e a proposta de renegociação da dívida dos Estados com o governo federal, divulgada pelo Senador que, se aprovada, irá gerar mais um aumento do deficit primário. O Congresso parece ter chegado a seu limite.

A partir de agora, os ajustes devem ser realizados via redução de despesas. O pente fino sobre os gastos com programas sociais, que economizaria R$ 25,9 bilhões em 2025, além de bastante difícil de ser conseguido, não será suficiente. No dia 22 de julho, será divulgado o Relatório de receitas e despesas do governo federal que dará uma primeira ideia quanto à sinceridade do governo em relação ao anúncio da busca pelo equilíbrio fiscal.

Segundo cálculos de analistas, seria necessário um contingenciamento ou um bloqueio de entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões para atingir o objetivo em 2024. Qualquer número menor que isto pode sinalizar que o objetivo não está sendo efetivamente perseguido e azedar os mercados.

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