Economia

Publicado em 30 de Julho às 08:59:45

Fiscal continua dominando as expectativas

Com expectativas para a inflação de 2024 tendo atingido 4,10% e a de 2025 3,96% na pesquisa Focus desta semana e a taxa de câmbio se mantendo em trajetória de desvalorização, tendo voltado a níveis próximos a R$ 5,70 por Dólar e com clara tendência a persistir em trajetória de desvalorização, os investidores começam a mostrar desconforto com o atual nível de taxa básica de juros.

Concretamente, os resultados fiscais continuam a decepcionar, com déficits fiscais mais elevados que as expectativas. E, apesar de o Presidente Lula da Silva, ter mudado o discurso, dizendo que sempre foi á favor do ajuste fiscal, na tentativa de reverter o estrago em termos de credibilidade,  feito ao longo de 2023 e início de 2024 com declarações mostrando pouca ou nenhuma responsabilidade fiscal, os investidores continuam pessimistas quanto à capacidade e a vontade política do governo de buscar as metas de superavit primário estipuladas no arcabouço fiscal para 2024 e os próximos anos.

O resultado é uma aceleração da trajetória da dívida pública que, em junho, atingiu 77,8% do PIB, um aumento de mais de um ponto de porcentagem em um mês (76,7% do PIB em maio). Neste contexto, a desvalorização cambial começa a preocupar não apenas devido a seus efeitos sobre a taxa de inflação, mas também devido ao custo com o aumento dos juros decorrentes dos swaps cambiais, como destacou o próprio Banco Central na divulgação de ontem do resultado fiscal de junho.

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