A divulgação do resultado final dos Índices de Gerentes de Compras (PMI) do mês de maio mostrou um quadro geral misto do setor industrial nas principais economias do ocidente. Esse dado é relevante em ternos de mensuração do nível de atividade econômica porque se configura como um bom indicador antecedente.
Na Alemanha, apesar da melhora em relação ao número de 42,5 em abril, o PMI industrial fechou o mês de maio em 45,4 pontos, bem abaixo da marca de 50, indicando que a produção manufatureira do país europeu continua em contração.
A Zona do Euro, muito influenciada pela Alemanha, a maior economia do bloco, apresentou resultado parecido. Os dados da pesquisa S&P Global apontaram que o PMI industrial do bloco saltou de 45,7 em abril para 47,3 em maio, alcançando a máxima em 14 meses. Contudo, apesar da alta, o patamar ainda indica retração da atividade manufatureira.
No Reino Unido, a recuperação de abril para maio se deu com o índice de gerentes de compras industrial superando a barreira dos 50 pontos, voltando, assim, para o patamar de expansão. O PMI da indústria saiu de 49,1 para 51,2 no período.
Já nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras industrial registrou dinâmica oposta pela medição de diferentes órgãos. De acordo com a pesquisa da S&P Global, o PMI industrial saltou de 50,0 em abril para 51,3 em maio, saindo da neutralidade e voltando a se expandir. Contudo, de acordo com o Instituto para Gestão da Oferta (ISM), o PMI da indústria no país recuou de 49,2 em abril para 48,7 em maio, frustrando as expectativas de alta para 49,7 e permanecendo em território contracionista.
Para o caso europeu, a recuperação generalizada dos PMIs industriais, ainda que alguns tenham permanecido abaixo dos 50 pontos, evidencia o bom carrego estatístico deixado pelo maior crescimento econômico (0,3% t/t) do primeiro trimestre, enquanto a piora capturada pelo ISM para o caso dos Estados Unidos se junta a outros dados (vendas no varejo, produção industrial e investimentos em construção) de atividade econômica mais fraca que começaram a aparecer na esteira do fim do excesso de poupança das famílias que ocorreu na virada do primeiro para o segundo trimestre do ano.