Divulgado na manhã dessa terça-feira (13/08), o índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano referente ao mês de julho avançou 0,1% m/m, vindo abaixo da mediana das projeções dos analistas, que apontavam para um crescimento de 0,2% m/m. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis (energia e alimentos), também contrariou as expectativas de avanço de 0,2% m/m e permaneceu estável (0,0% m/m) na passagem de junho para julho.
No acumulado em doze meses, essas duas métricas também surpreenderam para baixo, com o índice cheio avançando 2,2% a/a e o núcleo 2,4% a/a ante expectativas de 2,3% a/a e 2,6% a/a, respectivamente.
Nas aberturas pelos setores de bens e serviços, a alta do índice cheio em julho pode ser explicada pela demanda final por bens, que avançou 0,6% m/m, ao passo que, por outro lado, a demanda final por serviços recuou 0,2% m/m. Por conta disso, uma outra métrica de núcleo do PPI, que além de excluir os itens de energia e alimentos não leva em conta os serviços comerciais, registrou alta de 0,3% m/m, vindo acima do esperado. O mesmo ocorreu com essa medida de núcleo na métrica anual, que registrou uma alta de 3,3% a/a, chamando a atenção para a existência de alguns bolsões de inflação mais alta e resiliente que ainda persistem.
Além disso, nos próximos meses o PPI deve capturar um repique nos preços de alguns alimentos dado as pressões esperadas no nível do atacado. Nesse sentido, ainda vemos com cautela o cenário prospectivo do processo de desinflação ao nível do produtor nos EUA.
Já ao nível do consumidor, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho a ser divulgado na manhã dessa quarta-feira (14/08) deve apresentar um avanço de 0,12% m/m do índice cheio e de 0,15% m/m do núcleo. Para o acumulado dos últimos doze meses esperamos altas de 2,88% a/a e 3,20% a/a, respectivamente.