Os dados de inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, foram positivos. O IPCA-15 veio melhor que o esperado no mês de setembro em 0,18%, quando as expectativas apontavam para 0,24%. Em 12 meses, o IPCA-15 atingiu 4,94% (expectativas de 5,0%).
Com esta surpresa positiva, aumenta a probabilidade de que o Banco Central do Brasil inicie o processo de redução da taxa SELIC na reunião de janeiro de 2026. Alguns analistas já começam a avaliar a possiblidade de iniciar a redução na reunião do COPOM de dezembro de 2025.
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) veio em 0,3% no mês de setembro, abaixo do esperado pelos analistas em 0,4%. Em 12 meses o índice atingiu 3,0%, também abaixo das expectativas que apontavam para 3,1%. O núcleo do índice em setembro atingiu 0,2% (expectativas de 0,3%) e 3,0% em 12 meses (expectativas de 3,1%).
Com este resultado, reforçou a expectativa entre os analistas de redução da taxa básica de juros do país em 0,25 pontos de porcentagem na reunião do Fomc nesta semana, apesar de a taxa de inflação estar acima da meta de 2,0% ao ano há mais de quatro anos e de permanecer basicamente estável ao nível de 3,0% ao ano, sem tendência em direção à meta. Além disso, as expectativas para a inflação de um ano mostraram queda de 4,7% para 4,6% ao ano, mas as de cinco anospassaram de 3,7% para 3,9% ao ano, ambas também acima da meta de 2,0% ao ano, que poderá afetar a credibilidade do Federal Reserve, dificultando a tarefa do Federal Reserve de levar a inflação para a meta.
