A semana passada foi dominada pelas decisões dos principais bancos centrais do mundo quanto à taxa de juros. Em especial a decisão do Federal Reserve de manter a taxa constante, seguida de um comunicado que reforçou a expectativa de futuros aumentos nas próximas reuniões e de sua manutenção em níveis elevados por um período maior que o esperado, gerou forte volatilidade dos preços dos ativos financeiros: valorização do Dólar, queda dos preços das ações e aumento das taxas de juros no mundo.

No caso Brasil, a decisão de reduzir a SELIC em 0,5 pontos de porcentagem seguida de um comunicado que enfatizou a importância de que o governo persiga as metas de superávit primário nos próximos anos como condição para que o Banco Central mantenha a trajetória de queda da SELIC nas próximas reuniões,  chamou a atenção dos investidores.

Nesta semana, além dos dados de inflação nos Estados Unidos (PCE), na Europa (CPI) e no Brasil (IPCA-15), como existem sérias dúvidas quanto à capacidade do governo brasileiro de atingir equilíbrio fiscal em 2024, reforçada pela queda da arrecadação tributária, divulgada na semana passada, o resultado primário do governo central e o comportamento da inflação de serviços e de serviços subjacentes, deverão definir o comportamento dos ativos financeiros. Não esperamos uma semana tranquila para os investidores.