Dessa forma, avaliamos que esse resultado do IPCA-15 deve contribuir para uma revisão baixista na nossa projeção de IPCA para o final do ano, que deve sair de 4,6% para 4,5%.
As principais surpresas no mês ficaram por conta dos itens de passagem aérea, cinema, teatro e concertos e Seguro de veículos, que em conjunto corresponderam por cerca de 12 pontos base da surpresa no indicador em relação à nossa projeção. Apesar de boa parte da surpresa ter sido concentrada nesses itens, cabe destacar que a composição do indicador se mostrou bastante benigna com o arrefecimento de várias métricas importantes acompanhadas pelo Banco Central.
Nesse sentido, os principais destaques ficaram por conta do desempenho dos serviços subjacentes e da média dos núcleos que vieram significativamente melhores do que o consenso de mercado com altas de 0,0% m/m e 0,18% m/m, ante expectativas de 0,31% m/m e 0,30% m/m, respectivamente.
Dessa forma, avaliamos que o número de setembro do IPCA-15 deve reduzir as apostas do mercado a respeito da necessidade de aceleração do ritmo de aperto monetário na próxima reunião do Copom.