O reajuste da gasolina (R$ 0,20) e do GLP (R$ 3,20) pela Petrobras, divulgado ontem, coloca no horizonte a possibilidade de que a taxa de inflação em 2024 exceda o teto do intervalo da meta para a inflação (4,5%). Antes destes aumentos da gasolina e do GLP, nossas projeções apontavam para uma taxa de inflação de 4,3% em 2024.
As projeções indicam que o reajuste da gasolina deverá acrescentar 0,14 pontos de porcentagem e o do GLP 0,05 p.p à inflação do ano, o que significa um aumento de 0,19 p.p. Como nossa projeção antes dos reajustes era de inflação em 2024 de 4,3%, a inclusão destes reajustes levariam o IPCA para 4,49% em 2024, no limite do intervalo de metas, que é 4,5%.
Entretanto, a projeção de 4,3% não leva em consideração a forte desvalorização do Real frente ao Dólar dos últimos 30 dias. Se supusermos que a taxa de câmbio permanecerá em torno de R$ 5,50 por Dólar, que é como fechou o mercado ontem, teríamos um efeito adicional de aproximadamente 0,3 p.p., rompendo o limite superior do intervalo de metas para a inflação.