Foi divulgada nesta semana a nova política industrial que será implementada pelo governo com o objetivo de estancar a queda da participação do setor industrial na economia brasileira. Segundo o documento divulgado, o plano é baseado em seis “missões”, que consistem em desenvolver:
Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais; Complexo econômico industrial da saúde; Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis; Transformação digital da indústria; Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energética; Tecnologia de interesse para a soberania e a defesa nacionais.
Cada uma dessas “missões” tem metas ambiciosas, como, por exemplo, aumentar de 23% para 50% a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário; ampliar de 42% para 70% a participação da produção das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, etc.; aumentar de 59% para 85% a participação da produção brasileira na cadeia da indústria de transporte público sustentável; transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras; entre muitas outras.
Para atingir estes objetivos, o governo se propõe a investir R$ 300 bilhões até 2026, sendo R$ 250 bilhões via empréstimos do BNDES à taxa de juros de TR + 2,0% ao ano (menor que as taxas de juros de mercado e que as taxas de juros cobradas pelos investidores para financiar o governo), exigência de conteúdo nacional e preferência em compras governamentais. Os mesmos erros da política industrial implementada no país entre 2008 e 2016 que gerou a forte recessão de 2015/2016. O objetivo parece ser repetir os erros do passado