A semana promete. De um lado, o ataque de Israel às instalações militares e nucleares do Iran gerou forte reação dos preços do petróleo no mercado internacional. As primeiras reações foram de aumento dos preços da commodity acima de 10%, na semana passada. Caso o conflito se espalhe, o aumento do preço da commodity poderá gerar pressão inflacionária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Dado o aumento das incertezas decorrentes deste episódio, nossa avaliação é que, nos Estados Unidos, o Fomc (Federal Reserve) deverá manter a taxa básica de juros estável na reunião desta semana.

No cenário interno, a possibilidade de que a Câmara dos Deputados aprove regime de urgência da tramitação do Decreto governamental que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com alta probabilidade de que o Decreto seja rejeitado pelo Congresso, pode gerar forte reação negativa do mercado financeiro. Combinado ao aumento de incertezas no cenário internacional podemos ter fuga de recursos em direção a ativos seguros, como o Dólar, o que desvalorizaria o Real e geraria pressão inflacionário.

 Neste cenário de maior incerteza, maior probabilidade de aumento do preço do petróleo e desvalorização cambial, deverá manter atitude de cautela pelos membros do Copom (Banco Central do Brasil), tornando ainda mais provável um aumento adicional da taxa SELIC em 0,25 pontos de porcentagem na reunião da próxima quarta-feira.