Após o imbróglio gerado pela Instrução Normativa da Receita Federal que, segundo o governo, tinha por objetivo melhorar a fiscalização sobre a utilização do PIX, e que foi interpretada pela população como uma medida preparatória para criar  um imposto sobre este meio de pagamento, a declaração do Ministro da Casa Civil de que o governo pretendia fazer intervenções no mercado com objetivo de reduzir os preços dos alimentos, criou uma reação imediata da parte dos produtores, que questionaram que tipo de intervenção estava sendo planejada.

Para evitar que o problema se agravasse, como ocorreu com a questão do PIX, o Ministro desmentiu sua própria declaração, dizendo que houve um erro de comunicação e que não haverá qualquer intervenção artificial para reduzir os preços de alimentos.

Notícias de “bastidores” indicam que chegou-se a aventar a possibilidade de flexibilizar a definição de prazo de validade, o que gerou reação por parte da oposição nas redes sociais (sugerindo a possibilidade de venda de produtos menos saudáveis a preços mais baixos para os pobres), o que levou o governo a abandonar esta possibilidade.

Segundo fontes do governo, outra possibilidade seria criar mercados populares na periferia de grandes cidades, com preços mais baixos, o que exigiria subsídios e aumento de gastos, com efeito negativo sobre o equilíbrio fiscal. Segundo estas mesmas fontes, um programa deste tipo exigiria, no mínimo, R$ 1,2 bilhões ano. Dado o receio de perda de popularidade devido ao aumento dos preços dos alimentos, esta possibilidade parece ainda estar em estudo.