O Monitor do PIB calculado pela FGV, que tem por objetivo antecipar o crescimento do PIB do país, mostrou crescimento de 0,1% no mês de janeiro, em relação a dezembro. A composição do crescimento da economia brasileira no primeiro mês de 2024 repetiu o ocorrido em 2023. Em outras palavras, o crescimento foi baseado na agropecuária e nos serviços, do lado da oferta, e no consumo das famílias e nas exportações, do lado da demanda.
Ao mesmo tempo, a indústria de transformação e a formação bruta de capital fixo apresentaram queda no mês, também repetindo o desempenho de 2024. Em especial, a queda da taxa de investimento continua a preocupar. A formação bruta de capital fixo caiu – 0,6% no trimestre terminado em janeiro e a taxa de investimento atingiu um dos níveis mais baixos da série histórica, 14,7% no mês.
A composição do crescimento da economia brasileira, baseada no aumento do consumo das famílias, do governo e das exportações não é sustentável no longo prazo. O comportamento da taxa de investimento é o fator decisivo. Sem aumento da capacidade produtiva, o crescimento via aumento do consumo acaba esbarrando na falta de capital físico e gerando inflação. E os dados ainda não refletem o aumento do intervencionismo do governo na Vale, Petrobras e na economia como um todo, que tende a expulsar investimentos privados.