O comportamento do Real descolou do comportamento dos outros ativos financeiros brasileiros. Com exceção do câmbio, os preços das ações mostraram forte valorização e as taxas de juros se comportaram em queda. Ao contrário, o Real mostrou desvalorização, encostando no nível de R$ 5,40 por dólar.
O comportamento da taxa de câmbio parece ter sido negativamente afetado por incertezas em relação à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o governo precisa cumprir o centro do intervalo da meta, o que exigiria um contingenciamento adicional de R$ 31 bilhões, além da capacidade do governo de repor as perdas de receitas devido ao fato de que a Medida Provisória 1303 caducou no dia 8 de outubro.
Uma possibilidade que tem sido aventada pelos investidores é aumento da meta de superavit primário de 2026, o que é considerado negativo.
As incertezas em relação ao encontro entre o Presidente Lula e o Presidente Trump, as declarações do Presidente Trump quanto ao efeito sobre os lucros dos criadores de bovinos devido à tarifa de 50% aplicada pelo governo americano, sugerindo que esta tarifa pode estar fora do cenário de negociação na reunião entre eles.
No cenário internacional, o Dólar mostrou valorização em relação a moedas de países emergentes, como o Peso mexicano e o Rand sul-africano, por exemplo. Finalmente, as incertezas geradas pela dúvida em relação ao encontro entre os Presidentes dos Estados Unidos e da China, também geraram alguma ansiedade entre os investidores quanto ao estágio desta negociação entre as duas maiores economias do mundo.
