Após a forte volatilidade gerada pelas reuniões dos principais bancos centrais do mundo, em especial do Federal Reserve dos Estados Unidos, e do Banco Central do Brasil, a semana passada foi relativamente tranquila nos mercados.
No Brasil, tivemos a divulgação do IPCA-15 do mês de setembro, que mostrou variação de 0,35% em relação a agosto, um pouco abaixo das expectativas dos analistas que apontavam para uma variação de 0,37%. Entretanto, a composição do índice veio um pouco pior que no mês de agosto, com inflação de serviços acelerando de 0,13% para 0,53% e de serviços subjacentes indo de 0,27% para 0,34%. Ao mesmo tempo, os dados do mercado de trabalho continuaram a mostrar comportamento positivo, com taxa de desemprego de 7,8%, dentro do esperado, e aumento da renda média real de 4,6%, também dentro do esperado.
Do lado negativo, continuamos a ver deterioração do cenário fiscal. O déficit primário do setor público atingiu R$ 22,830 bilhões, um pouco abaixo das expectativas de R$ 26,5 bilhões, mas ultrapassou a casa dos R$ 106 bilhões em 12 meses no mês de agosto. O déficit primário atingiu R$ 79,009 bilhões em 2023, 1,12%, o que continua a preocupar os investidores.
Nos Estados Unidos, o PCE, índice de preços de gastos com consumo, mostrou variação de 0,4% em agosto em relação a julho, contra expectativas de 0,5%. Em termos anuais a variação atingiu 3,5%, como esperado e o núcleo do índice mostrou variação de 3,9%, também dentro do esperado. Ao mesmo tempo, a renda pessoal aumentou 0,4% (expectativa de 0,4%) e os gastos com consumo 0,4% no mês (expectativas de 0,5%.
Diante da ausência de surpresas nos dados, os preços dos ativos financeiros mostraram um comportamento relativamente tranquilo, tanto no Brasil quanto no mercado internacional. O Real mostrou pequena valorização frente ao Dólar, mas fechou ainda acima do nível de R$ 5,00 e a BOVESPA mantendo-se abaixo do nível de 117 mil pontos, fechando em 116,56 pontos.