Semana complicada tanto no cenário internacional quanto nacional. Nos Estados Unidos, o Presidente Donald Trump anunciou o aumento das tarifas sobre as exportações chinesas para 100%, devido às restrições anunciadas pelo governo chines às exportações de terras raras para a economia americana, reavivando a guerra tarifária entre os dois países.

Ao mesmo tempo, a ata da última reunião do Fomc mostra uma diretoria dividida e persiste o shutdown do governo, impedindo a divulgação de estatística fundamentais, o que dificulta as decisões de política monetária e aumenta a incerteza quanto à direção da taxa de juros, aumentando incerteza em relação ao comportamento do Dólar no mercado financeiro internacional.

Pelo lado positivo, foi liberada a divulgação do índice de preços ao consumidor e o início da implantação do plano de paz entre o Hamas e Israel, com a provável libertação de reféns ao longo do final de semana, o que gerou forte queda nos preços do petróleo no mercado mundial.

No Brasil, além da forte redução dos preços do petróleo, que pode dificultar o cumprimento da meta fiscal, a derrota do governo na votação do projeto alternativo ao aumento do IOF, mostra que a oposição continua forte e a capacidade de negociação do governador de São Paulo no Congresso. Em conjunto, estes desenvolvimentos que mostram as dificuldades que o governo terá de enfrentar para aumentar os impostos necessários para conseguir cumprir a meta de superavit primário no próximo ano.

Como consequência, o Real mostrou desvalorização em mais de 3,0% na semana. A questão é como irá se comportar o Dólar no mercado financeiro internacional, um dos principais determinantes do comportamento do Real nos próximos meses.