Na semana passada, tivemos a divulgação de importantes indicadores da economia norte americana, entre eles, vendas no varejo, produção industrial e PMI. Os dados foram mistos, evidenciando que a atividade econômica permanece resiliente, mostrando que os dados melhores de inflação não devem ser suficientes para alterar a estratégia do higher for longer.

No que diz respeito às vendas no varejo, houve crescimento de 0,10% na comparação mensal, ligeiramente abaixo das expectativas de 0,3% m/m. As vendas do grupo de controle – que excluem alimentos e material de construção – apresentou alta de 0,4%, também abaixo das estimativas de 0,5% m/m. Além disso, houve revisões das leituras anteriores. Nesse sentido, o resultado de abril foi revisado de -0,3% m/m para -0,5% m/m, enquanto março saiu de 0,9% m/m para 0,8% m/m. Dessa forma, o crescimento anualizado da média móvel trimestral do grupo de controle das vendas no varejo foi de 1,9% ao ano, abaixo da média de 3,7% ao ano, observada até a pandemia.

Em relação à produção industrial, houve crescimento de 0,9% em relação ao mês passados, acima das expectativas de 0,4% m/m. Além disso, a leitura de março foi revisada de 0,1% m/m para -0,1% m/m. Entre os três principais grupos, o setor de manufatura avançou 0,9% m/m, enquanto mineração apresentou alta de 0,3% m/m e o setor de concessionarias avançou 1,0% m/m. Já a capacidade utilizada pela indústria subiu para 78,7% em maio, 0,90 ponto percentual abaixo da média de longo prazo.

Por fim, o PMI composto, que agrega os setores de manufatura e serviços, subiu para 54,6 neste mês. Nesse sentido, o PMI preliminar de manufatura subiu de 51,3 em maio para 51,7, enquanto o PMI preliminar de serviços aumentou para 55,1, um recorde de 26 meses. A leitura elevada do PMI composto sugere que a economia encerrou o segundo trimestre de forma sólida.