Os dados da economia americana continuam mostrando um mercado de trabalho ainda bastante sólido. Foram gerados 143 mil empregos no mês de janeiro, abaixo das expectativas dos analistas que apontavam para a geração de 170 mil empregos. Entretanto, não apenas os dados de dezembro e novembro foram corrigidos para cima, assim como no mês de janeiro a taxa de desemprego caiu para 4,0% e os salários médios por hora aumentaram 0,48% (expectativas de 0,3%) e 4,06% em termos anuais (expectativas de 3,8%).
Além dos dados do mercado de trabalho relativamente fortes, as incertezas geradas promessa do novo governo de Donald Trump de introduzir uma tarifa universal sobre todas as importações americanas, além de “tarifas recíprocas” nas importações de outros países, gera grande incerteza quanto ao comportamento da economia nos próximos meses.
Diante deste cenário, o FOMC, em sua última reunião, decidiu manter a taxa básica de juros da economia americana estável e o presidente da instituição, em seu discurso após a reunião, afirmou que “não sabemos o que vai acontecer com tarifas, imigração, políticas fiscal e regulatória. Estamos apenas começando a ver (sinais) e eu acho que precisamos deixar estas políticas serem articuladas antes mesmo de fazermos uma avaliação plausível de quais serão suas implicações para a economia.
Para complicar o cenário, as expectativas para a inflação para um ano, medidas pela Universidade de Michigan, deram um salto de um ponto de porcentagem, passando de 3,3% ao ano para 4,3% ao ano, enquanto as expectativas para cinco anos também aumentaram de 3,2% para 3,3% ao ano. Parece que não vai ter redução de juros nos Estados Unidos em 2025.