O noticiário foi dominado pela decisão do Presidente Donald Trump de implementar tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México (exceto petróleo, gás natural e eletricidade) e de uma sobretaxa de 10% sobre as importações originárias da China.

A reação inicial do mercado financeiro foi bastante negativa, com valorização do Dólar frente a moedas de países emergentes e países desenvolvidos e queda dos preços das ações. No Brasil, a reação inicial foi menos negativa que em outros emergentes, devido ao fato de que não foram introduzidas tarifas sobre as exportações brasileiras.

Entretanto, ao longo do dia, foram firmados acordos entre o Presidente Trump, a Presidente do México e o Primeiro-Ministro do Canadá no sentido de suspender a aplicação das tarifas por 30 dias, para que sejam feitas negociações entre os países. Em troca, os governos dos dois países se comprometeram a deslocar efetivos militares para reforçar a vigilância da fronteira entre os países, o que fez com que os mercados se acalmassem.

O episódio mostra a estratégia do Presidente Trump de utilizar as tarifas não apenas como uma arma comercial, para tornar mais igualitária a estrutura tarifária entre os países, mas também como uma arma para conseguir negociar outros objetivos, como o financiamento da segurança nas fronteiras dos Estados Unidos e reduzir o tráfico de drogas.