A arrecadação do governo Federal em setembro atingiu R$ 216,727 bilhões, um pouco abaixo da média esperada pelos analistas, de R$ 217,400 bilhões, mas com crescimento de 1,4%, se comparado à arrecadação de setembro de 2024, e a maior da série histórica. Com isso, o total de arrecadação federal no ano de 2025 até o mês de setembro, atingiu R$ 2,105 trilhões, o maior nível desde 2000.
Com a rejeição da Medida Provisória 1303, estima-se que o governo deixará de arrecadar R$ 10,6 bilhões em 2025, valor indispensável para o governo atingir o limite inferior da meta do arcabouço fiscal. Para atingir o limite inferior do intervalo da meta de resultado primário em 2025, R$ déficit de R$ 31 bilhões, como o déficit primário do governo atinge R$ 58,1 bilhões, será necessário um superavit primário de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2025.
Diante da desaceleração da economia devido à política monetária contracionista, a trajetória de crescimento da arrecadação, na margem, tem mostrado desaceleração. Na média do ano, o aumento da arrecadação real está em 4,0%, enquanto na margem, a arrecadação real está crescendo 1,4% ao ano.
Sem mais aumento de impostos não será possível atingir o limite inferior do intervalo da meta fiscal. O cenário poderá se confirmar caso o governo se ver forçado a socorrer os Correios com aporte do Tesouro para cobrir o prejuízo da empresa estatal.
