Nos Estados Unidos, os dados divulgados na semana passada continuaram a mostrar uma economia mais resiliente que o esperado pelos analistas. Foram registrados 187 mil novos pedidos de auxílio desemprego na semana, as expectativas eram de 205 mil pedidos, as vendas no varejo aumentaram 0,6% em dezembro em relação a novembro (expectativas de 0,4%), a produção industrial mostrou crescimento de 0,1% no mesmo período, contra expectativas de queda de – 0,2% e o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan atingiu 78,8 pontos (expectativas de 69,5 pontos).
Diante deste desempenho mais forte da atividade, os investidores reduziram a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed) inicie o processo de queda da taxa básica de juros da economia na reunião de março de 2024. Como tem ocorrido desde que o Fed indicou que o início do processo estaria próximo, os preços dos ativos reagiram com volatilidade.
No Brasil, a semana foi dominada pela discussão em torno da suspensão da Medida Provisória que reonera a folha de pagamentos de 17 setores da economia. O Senador Rodrigo Pacheco chegou a anunciar que a MP seria cancelada, o que foi implicitamente desmentido pelo Ministro da Fazenda.
Do ponto de vista dos investidores, a insistência do Ministro indica a dificuldade de obter o aumento de receitas necessário para atingir déficit zero em 2024, mesmo após a aprovação das medidas de aumento de impostos pelo Congresso em 2023.
Com esta incerteza no horizonte, os preços dos ativos reagiram negativamente, com aumento das taxas de juros, queda dos preços das ações e Real em queda frente ao Dólar.