Energia

Publicado em 26 de Fevereiro às 16:16:43

Cenário Climático e Destaques do Setor de Energia

Neste cenário climático, trazemos as principais notícias e informações sobre o setor. O mês de março traz um panorama climático de grande relevância para o setor elétrico brasileiro. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) encontra-se mais deslocada ao sul, um comportamento típico para esta época do ano. Esse posicionamento favorece a ocorrência de chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, impactando também a bacia do rio Madeira.

Outro fator importante é a Oscilação Antártica (AAO), que se apresenta em tendência positiva. Esse padrão climático pode favorecer precipitações nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, ao mesmo tempo em que desfavorece a entrada de sistemas chuvosos no Sul do Brasil. Entretanto, mesmo com esse cenário, os valores de precipitação para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul devem permanecer abaixo da média climatológica.

Já a Oscilação Madden-Julian (MJO) encontra-se na fase 1 e em transição para a fase 2, o que normalmente reforça a umidade sobre o Sudeste/Centro-Oeste. No entanto, as tendências deste cenário climático indicam que, apesar disso, as precipitações nessas regiões continuarão abaixo do esperado.

No geral, março será marcado por um contraste entre as regiões brasileiras. O Norte e Nordeste terão um período mais úmido, com chuvas acima da média e potencial para eventos extremos de precipitação. Já o Sul enfrentará um mês mais seco, aumentando o risco de déficits. Sudeste/Centro-Oeste terá um padrão climático intermediário, com chuvas ocorrendo, mas ainda abaixo das médias históricas.

Apesar dessas projeções, é importante destacar que as condições atmosféricas podem mudar ao longo do mês, influenciadas por fatores de grande escala como o El Niño e variações na MJO e AAO, que são fenômenos que intensificam as chuvas e não as formam. Dessa forma, o acompanhamento contínuo das previsões climáticas é essencial para garantir um melhor planejamento do uso da água.


Os preços de energia elétrica convencional e incentivada subiram para todos os próximos períodos (meses, trimestres e semestre). As principais razões para essa alta são:

  1. A menor perspectiva de chuvas
  2. O aumento das temperaturas

Com isso, contratos para o segundo semestre, sazonalmente com preços mais altos, subiram até 20% e 18% na incentivada, chegando em R$ 294,76/MWh e R$ 325,91/MWh, respectivamente. (Mega What e Genial).


Valor Econômico | Endividada e sem caixa, a empresa de energia renovável Rio Alto acaba de pedir uma medida cautelar para suspender execuções de dívidas por 60 dias, para ter tempo para seguir com negociações com credores em processo de mediação. Na ação judicial, a empresa aponta que sua situação financeira se deteriorou após uma determinação estatal de redução forçada de energia elétrica “motivada por questões operacionais ligadas à incapacidade da rede de transmissão de energia para escoamento de toda a energia gerada”. “A constrição significa que uma parte da energia que poderia ser gerada pelo Grupo Rio Alto é, de forma deliberada, limitada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) impedindo a venda desse bem – e, consequentemente, o recebimento de contrapartida financeira”, ainda segundo o documento. Saiba mais.

Valor Econômico | Dez meses após ser privatizada, a Emae anunciou um plano de investimento de R$ 2,6 bilhões até 2029, com foco na modernização de hidrelétricas, expansão da usina solar flutuante na represa Billings, participação em leilões e possíveis aquisições de ativos. O pacote de investimentos também prevê o fortalecimento do consórcio com a KWP para expansão das usinas fotovoltaicas flutuantes na represa Billings. Atualmente com 5 megawatt-pico (MWp) de capacidade, o projeto tem potencial para alcançar 130 MWp com aportes de R$ 450 milhões. A expectativa é que a iniciativa ganhe ritmo e atinja 75 MWp ainda em 2025. Saiba mais.

O Estado de S. Paulo | A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 25, por maioria, o termo para a renovação em 30 anos na concessão de distribuidoras de energia, abrangendo 19 empresas com contratos a vencer entre 2025 e 2031. A primeira é a EDP Espírito Santo Distribuição de Energia, que tem contrato vencendo no próximo 17 de julho. Saiba mais.

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