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Publicado em 07 de Julho às 15:46:06

Resumo Semanal de FIIs | Destaques da semana – 01/07/25

Destaques da Semana

O que movimentou o mercado?

No Brasil, os sinais mais recentes da economia brasileira reforçam a visão de desaceleração gradual. A geração líquida de empregos formais (CAGED) em maio desacelerou para 149 mil vagas, abaixo das expectativas, marcando a primeira leitura mais confiável de perda de tração no mercado de trabalho, embora a PNAD ainda aponte para uma dinâmica aquecida. Na indústria, o segundo mês consecutivo de contração da produção (-0,5% m/m) reforça a leitura de perda de ímpeto da atividade, ainda que a sustentação vinda do mercado de trabalho e do crédito — além dos estímulos governamentais — deva garantir algum suporte à economia no curto prazo.

No campo fiscal, o resultado primário do setor público em maio (-R$ 33,7 bi) veio menos negativo do que o esperado, mas o avanço da dívida líquida (62% do PIB) e bruta (76,1%) segue pressionado pelo custo da dívida. A judicialização do decreto do IOF, após derrota expressiva do executivo no Congresso, agrava o clima de tensão política e sinaliza riscos crescentes à governabilidade e à condução fiscal. Esse episódio reforça a leitura de fragilidade institucional e aumenta a probabilidade de retaliações do Legislativo.

Já nos EUA, o payroll de junho mostrou criação líquida de 147 mil vagas — acima das expectativas — e queda na taxa de desemprego para 4,1%, abaixo do consenso. Apesar da robustez dos dados agregados, a composição revela enfraquecimento da geração de empregos no setor privado mais cíclico, com destaque para a contribuição elevada dos setores público, saúde e educação. O JOLTS também indicou retomada parcial na demanda por contratações, sugerindo que o mercado de trabalho segue resiliente, ainda que com sinais de moderação.

Principais acontecimentos do mercado

BRCO11 – O fundo firmou contrato de locação com os Correios para uma área de 15.605 m² no imóvel Bresco Contagem, equivalente a 23% da ABL do ativo. A nova locação substituirá a da Americanas, cuja desocupação foi antecipada por acordo. O contrato com os Correios terá vigência de cinco anos, com valor de aluguel 29,4% superior ao anterior. Caso haja rescisão antecipada, será exigido aviso prévio de seis meses e multa equivalente a doze vezes o valor do aluguel vigente. A locação representa 3,4% da ABL total do fundo e deve gerar impacto de aproximadamente R$ 0,03 por cota.
Nossa Visão | Ainda que a relocação do imóvel — cuja rescisão foi anunciada em novembro de 2024 — seja positiva, especialmente considerando que o período de aviso prévio se encerraria em agosto, entendemos que o fundo pode enfrentar riscos de inadimplência por parte dos Correios, dado o valor do aluguel firmado – quase 30% acima do que era pago pela Americanas – e o atual momento financeiro da estatal. Ressaltamos que os Correios desocuparam recentemente o Centro Logístico Contagem, pertencente ao TRBL11, em razão de um afundamento na estrutura do imóvel.

XPLG11 – O fundo firmou uma Carta de Intenções para aquisição da totalidade dos ativos imobiliários dos fundos RBRL11 e RDLI11, pertencentes à RBR Asset. A operação foi precificada em até R$ 1,54 bilhão, dos quais aproximadamente R$ 395,7 milhões serão pagos em moeda corrente, R$ 20 milhões por assunção de obrigações do RBRL11, e o restante por meio da subscrição de cotas do próprio XP Log. A operação tem como objetivo a aquisição de imóveis logísticos AAA, localizados majoritariamente no raio de 30 km de São Paulo, com cap rate de 9,7% no primeiro ano. A transação aumenta a diversificação geográfica e creditícia do fundo, que passará a contar com 83 locatários e 25 empreendimentos, além de consolidar o Mercado Livre como principal locatário (22% da receita). A gestão estima a manutenção do nível atual de dividendos, em R$ 0,82 por cota.
Nossa Visão | Julgamos a transação como positiva para os cotistas do XPLG11 e neutra para os cotistas dos fundos da RBR. Em nossa avaliação, o negócio foi fechado a um preço relativamente baixo, resultando em margens inferiores às observadas em operações anteriores — 3,7% nesta, frente aos 12% registrados em uma transação similar no ano passado. Além disso, destacamos o risco de overhang das cotas do XPLG11, dada a parcela da operação que será liquidada via emissão e a perspectiva de venda dessas cotas pelos fundos da RBR no mercado secundário.

Comentários Sobre a Carteira Recomendada

Ambas as nossas carteiras registraram desempenho fraco no período. No entanto, vale destacar que boa parte do impacto negativo se concentrou no primeiro pregão do mês, reflexo do rebalanceamento das nossas carteiras e de outros participantes do mercado. Desconsiderando esse efeito pontual, ambas teriam superado o IFIX no período.

Ainda assim, mantemos confiança nas escolhas realizadas para o mês, uma vez que os dois fundos adicionados tiveram desempenho acima do IFIX ao longo do período.

O destaque da semana na carteira Valor foi o VISC11, com alta de 2,34%. Na carteira Renda, o melhor desempenho veio do PLCR11, que subiu 1,12%.

Performance Semanal das Carteiras Recomendadas (Ex. Dividendos)

Performance Semanal do IFIX

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