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Publicado em 12 de Maio às 18:32:00

Resumo Semanal de FIIs | Destaques da semana – 05/05/25

Destaques da Semana

O que movimentou o mercado?

No cenário doméstico, a atividade econômica brasileira segue apresentando sinais de resiliência. Os dados de produção industrial de março surpreenderam positivamente, com avanço de 1,2% na comparação mensal, superando as projeções do mercado (0,7%) e da própria Genial (0,5%). O resultado acumulado do 1º trimestre é de alta de 1,3%, marcando o maior nível de produção desde junho de 2024. O dado reforça a leitura de que o crescimento segue firme, mesmo diante de uma política monetária ainda bastante restritiva, o que sugere que o arrefecimento da economia, se ocorrer, deverá ser gradual.

No campo monetário, o Copom elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, levando a taxa básica para 14,75% ao ano – maior patamar desde 2006. Embora amplamente esperado, o principal sinal do comunicado foi a retirada do forward guidance para a próxima reunião, o que indica uma postura mais dependente de dados e maior sensibilidade ao ambiente de incerteza. Além disso, o Banco Central apontou um balanço de riscos inflacionários mais equilibrado, eliminando o viés de alta e reconhecendo a elevação tanto dos riscos altistas quanto baixistas. Dito isso, reforçamos a visão explicitada em nossa carteira recomendada de maio, de que um cenário de desaceleração/queda de juros no Brasil tende a favorecer mais os fundos de tijolo.

Já em relação à inflação, o IPCA de abril registrou alta de 0,43% no mês, em linha com a mediana das projeções (0,42%). Contudo, a decomposição do índice mostra um cenário mais negativo: itens mais sensíveis à demanda, tanto nos bens industriais quanto nos serviços, continuam pressionando a inflação subjacente, revelando uma persistência inflacionária mais forte do que o esperado. Isso reduz a previsibilidade da trajetória desinflacionária e pode limitar a margem de atuação da política monetária no curto prazo.

No cenário internacional, O Federal Reserve optou por manter a taxa de juros inalterada no intervalo entre 4,25% e 4,50% ao ano, decisão que já era amplamente antecipada pelos mercados. A instituição adotou uma abordagem de “wait and see”, reconhecendo o aumento relevante das incertezas no cenário econômico, em especial por conta dos efeitos ainda indefinidos das tarifas comerciais impostas pelo governo Trump – cuja suspensão recíproca tem prazo de validade até meados de julho. O comunicado destacou que, diante desse ambiente, o risco de descumprimento do duplo mandato do Fed (estabilidade de preços e pleno emprego) aumentou, justificando a postura mais cautelosa.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu que o comitê pode ser forçado a enfrentar escolhas difíceis nos próximos meses, possivelmente priorizando um dos dois mandatos em detrimento do outro, caso as pressões inflacionárias persistam sem que haja desaceleração relevante do mercado de trabalho.

Principais acontecimentos do mercado

HGRE11 – O fundo firmou um compromisso de venda do edifício Centro Empresarial Transatlântico, por R$ 3,3 milhões. O pagamento será feito em três parcelas: uma de R$ 500 mil já recebida, uma de R$ 1,4 milhão até 30/03/2026 e outra de R$ 1,4 milhão até 30/09/2026, ambas corrigidas por IPCA acrescido de 3% ao ano. O imóvel, atualmente vago, foi adquirido em 2009, com investimento total de R$ 2,43 milhões. A operação representa um ganho de 35,9% sobre o valor investido e de 47,8% em relação ao último laudo de avaliação. O lucro estimado é de R$ 870,9 mil, equivalente a R$ 0,07 por cota, e a taxa interna de retorno anualizada da operação foi estimada em 5,1% ao ano.

Nossa Visão | Apesar de ser relativamente pequena, a venda do ativo reforça nossa visão otimista com o fundo, não só em relação à possibilidade de haver distribuições de dividendos não recorrentes durante o primeiro semestre de 2025, mas principalmente na questão estrutural. De maneira resumida, a venda evidencia a postura da gestão de reciclar o portfólio do fundo, diminuindo o desconto implícito, e abrindo novas oportunidades de compra de edifícios melhores e com maior atratividade. Além disso, também destacamos o fato de o fundo estar conseguindo vender seus imóveis a um valor acima dos laudos de avaliação, o que nos faz acreditar que o valor patrimonial do fundo pode estar subestimado, levando a um desconto ainda maior do que o de tela (0,74x P/PV).

Comentários Sobre a Carteira Recomendada

Tivemos uma última semana volátil, especialmente para nossa carteira valor, que obteve uma performance inferior ao IFIX devido à performance de alguns fundos que mencionaremos a seguir. Já a carteira renda obteve uma performance mais satisfatória, com um outperform de aproximadamente 0,17 p.p. em relação ao índice. Ressaltamos, porém, que ambas as carteiras apresentam performance acumulada superior ao índice no mês de maio, considerando o pregão do dia 02/05.

Na carteira Valor, o destaque da semana foi o VCJR11, com valorização de 0,62%, enquanto os maiores detratores foram HGRE11 (-3,19%) e BBIG11 (-4,48%). Já na carteira Renda, o melhor desempenho foi do PLCR11, que registrou alta de 3,14%.

Performance Semanal das Carteiras Recomendadas (Ex. Dividendos)

Performance Semanal do IFIX

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