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Publicado em 19 de Maio às 18:32:00

Resumo Semanal de FIIs | Destaques da semana – 12/05/25

Destaques da Semana

O que movimentou o mercado?

Os dados de atividade referentes a março reforçam a resiliência da economia brasileira no início de 2025. O setor de serviços cresceu 0,3% m/m, em linha com nossas projeções, mas levemente abaixo do consenso de mercado (0,4%). O resultado marca a continuidade do avanço observado em fevereiro (+0,9% m/m) e reforça a leitura de que o setor permanece operando próximo dos níveis mais elevados da série histórica, sugerindo uma desaceleração apenas gradual, mesmo em um ambiente de crédito mais restritivo. No varejo, o volume de vendas cresceu 0,8% m/m no conceito restrito (bens não duráveis e semiduráveis) e 1,9% m/m no ampliado (bens não duráveis, semi e duráveis), ambos abaixo das expectativas, mas ainda assim suficientes para levar o setor ao maior patamar já registrado para um primeiro trimestre.

No campo monetário, a ata do Copom manteve o tom cauteloso observado no comunicado da reunião de maio. Diante do cenário internacional incerto e da ausência de sinais claros de desaceleração da atividade doméstica, o comitê optou por manter uma postura dependente de dados, indicando que o atual patamar da Selic (14,75% a.a.) provavelmente já representa o nível terminal do ciclo de aperto. A reunião de junho deve ser decisiva, por ser a primeira completamente desvinculada do forward guidance da gestão anterior, e deverá oferecer uma sinalização mais clara sobre o viés (hawkish ou dovish) da nova diretoria.

Já nos EUA, a inflação ao consumidor de abril trouxe alívio ao mercado, com variação de 0,22% m/m, abaixo do consenso (0,3%) e em linha com a nossa projeção (0,21%). Em 12 meses, o índice cheio recuou de 2,39% para 2,31% a/a, puxado pela queda nos preços de alimentos (-0,1% m/m). Apesar do alívio nos preços e da recente descompressão das tensões comerciais com a China, mantemos a visão de que o Federal Reserve não deve promover alterações na taxa básica até pelo menos o fim do período de 90 dias de suspensão tarifária, em vigor até julho.

O índice de preços ao produtor também surpreendeu positivamente, com deflação de -0,5% m/m no índice cheio e -0,4% m/m no núcleo — ambos em forte contraste com as expectativas de alta. Embora o impacto acumulado em 12 meses tenha sido modesto, os dados somam-se a outros sinais de desaceleração da inflação. Em paralelo, os dados de atividade continuam mostrando desempenho relativamente firme. As vendas no varejo subiram 0,1% m/m em abril (vs. consenso de 0,0%), e a produção industrial permaneceu estável. Ainda que o nível de utilização da capacidade instalada tenha recuado levemente (77,7%), o consumo das famílias segue sustentado por uma posição financeira sólida.

Por fim, a agência Moody’s rebaixou o rating dos EUA de AAA para AA1, citando a trajetória persistente de aumento da dívida soberana e o crescente impasse político, que limita avanços em temas fiscais e no teto da dívida. Ainda que o impacto imediato sobre os mercados tenha sido contido, o rebaixamento adiciona um componente de atenção adicional à conjuntura americana no médio prazo.

Principais acontecimentos do mercado

HGRE11 – O fundo concluiu a venda dos conjuntos 281, 291, 321 e 331 do edifício localizado na Av. Eng. Luís Carlos Berrini, em São Paulo. O imóvel foi adquirido em 2018, com investimento total de R$ 52,5 milhões, e vendido por R$ 68,1 milhões, com lucro em regime de caixa de R$ 15,6 milhões (R$ 1,32 por cota) e taxa interna de retorno anualizada de 10,8% a.a. A compradora assume as despesas do conjunto vago (321) e os aluguéis dos demais conjuntos.

Nossa Visão | Conforme já destacado em nosso último relatório, seguimos avaliando de forma positiva as vendas realizadas pelo fundo. A intenção de alienação do imóvel em questão havia sido comunicada pela gestão e reiterada ao final de 2024, evidenciando o comprometimento com a execução consistente de sua estratégia, por meio de desinvestimentos pontuais que agregam valor aos cotistas. A venda atual, por um valor significativamente superior à anterior, sustenta nosso otimismo com o fundo, que deve manter a estabilidade dos rendimentos e conta com boas chances de realizar distribuições extraordinárias ainda no primeiro semestre de 2025.

Comentários Sobre a Carteira Recomendada

As carteiras apresentaram performances mistas na semana. A Carteira Renda teve desempenho positivo frente ao IFIX, mantendo-se à frente do índice no acumulado do mês. Por outro lado, a Carteira Valor ficou marginalmente abaixo do esperado, impactada principalmente pela performance mais fraca de VILG11 e VCJR11, que permaneceram praticamente estáveis ao longo do período.

Na Carteira Valor, o destaque foi HGRE11, com alta de 1,87%. Já na Carteira Renda, o melhor desempenho ficou com SPXS11, que avançou 1,97%.

Performance Semanal das Carteiras Recomendadas (Ex. Dividendos)

Performance Semanal do IFIX

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