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Publicado em 21 de Julho às 15:46:06

Resumo Semanal de FIIs | Destaques da semana – 14/07/25

Destaques da Semana

O que movimentou o mercado?

A atividade econômica brasileira apresentou sinal mais fraco em maio. O IBC-Br registrou queda de 0,74% m/m, bem abaixo do esperado, com destaque negativo para o recuo expressivo da agropecuária (-4,2%) e da indústria (-0,52%), enquanto os serviços ficaram estáveis. Mesmo com o dado fraco, a leitura estrutural permanece favorável no agregado do primeiro semestre, sustentada pela força do setor agropecuário e seus efeitos indiretos. O desempenho reforça a visão de desaceleração moderada da economia, mas sem prejuízo à expectativa de crescimento robusto em 2025.

No campo fiscal, a Câmara aprovou a PEC dos Precatórios, que retira esses gastos do limite de despesas primárias a partir de 2026 e impõe um teto para o pagamento por estados e municípios. A proposta ainda precisa ser ratificada pelo Senado, mas já sinaliza uma flexibilização relevante no arcabouço fiscal federal — com ganho de margem orçamentária no curto prazo, mas risco potencial de deterioração da dinâmica da dívida pública.

Na frente tributária, o STF restabeleceu parcialmente os decretos que elevaram as alíquotas do IOF, mantendo suspensa apenas a cobrança sobre operações de “risco sacado”, por não configurarem operações de crédito. A decisão preserva a maior arrecadação desejada pelo governo e, segundo o ministro Alexandre de Moraes, garante a legalidade da medida ao afastar alegações de desvio de finalidade.

No campo geopolítico, a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro adicionou ruído às relações com os EUA, sobretudo diante do endurecimento comercial promovido por Donald Trump na semana anterior. Há receios de que um agravamento nas tensões diplomáticas possa levar a um aumento ainda maior das tarifas sobre exportações brasileiras, potencialmente de 50% para 100%.

Nos EUA, o CPI de junho trouxe leitura ambígua. O índice cheio acelerou para 0,29% m/m (2,67% a/a), em linha com o esperado, enquanto o núcleo veio abaixo das projeções (0,23% m/m), com recuo inesperado nos preços de veículos, mesmo com a vigência de tarifas de 25% sobre automóveis importados. O dado reforça a dificuldade de leitura clara do quadro inflacionário atual, dificultando consensos sobre a próxima decisão do Fed. Ainda assim, o tom mais “dovish” de dirigentes do BC norte-americano sugere que o ciclo de cortes pode ser retomado em breve.

O PPI, por sua vez, ficou estável em junho, abaixo da expectativa (0,31% m/m), com desaceleração também na comparação anual (2,3%). A leitura de menor pressão nos preços ao produtor corrobora o alívio no núcleo do CPI e reforça a percepção de que, apesar do headline acima da meta, há espaço para afrouxamento monetário — movimento que vem sendo politicamente pressionado pelo presidente Donald Trump.

Principais acontecimentos do mercado

IRDM11 – O fundo propôs uma reorganização societária que resultará, caso aprovada, na aquisição dos ativos do IRDM11 pelo IRIM11, fundo também gerido pela Iridium. O processo envolverá uma emissão primária de até R$ 120 milhões pelo IRDM11 para aquisição de cotas de um fundo de tijolo (single asset, prédio AAA na zona sul de SP). Em seguida, o IRDM11 será integralmente incorporado ao IRIM11, deixando de existir, e seus cotistas receberão cotas do IRIM11 e uma parcela em dinheiro. A relação de troca estimada é de 1 cota do IRDM para 0,905 cotas do IRIM. O processo exige aprovação conjunta das assembleias de ambos os fundos e deverá ser concluído até novembro, com amortização final prevista para 26/11/2025.

Nossa Visão | A operação tende a gerar impactos positivos para o fundo. Atualmente, boa parte das posições — sobretudo em cotas de FIIs — acumula prejuízos contábeis não realizados, que, segundo nossas estimativas, giram em torno de R$ 300 milhões. Esse volume limita a realocação dos recursos, uma vez que a realização das perdas comprometeria a distribuição de dividendos. Com a reorganização, no entanto, os ativos serão vendidos ao IRIM11, possibilitando a remarcação do preço de aquisição. Isso amplia o espaço para uma rotação mais eficiente da carteira, sem afetar o resultado distribuível. Além disso, considerando que parte das posições atuais apresenta um carrego abaixo da média do mercado — e inferior ao observado em CRIs e NTN-Bs —, a operação pode destravar retornos adicionais aos cotistas.

Comentários Sobre a Carteira Recomendada

Apesar da queda do IFIX, registramos mais uma semana de desempenho superior em ambas as carteiras. No acumulado do mês, a carteira Valor segue levemente abaixo do índice, mas tem apresentado recuperação consistente nas últimas semanas, reduzindo essa diferença. Já a carteira Renda manteve seu desempenho positivo — ainda que de forma marginal —, com alta de 0,03% no mês, frente à queda de 0,54% do IFIX no mesmo período.

O destaque da semana na carteira Valor foi o VCJR11, com alta de 0,49%. Na carteira Renda, o melhor desempenho veio do SPXS11, que subiu 0,71%.

Performance Semanal das Carteiras Recomendadas (Ex. Dividendos)

Performance Semanal do IFIX

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