Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Tim (TIMS3), BB Seguridades (BBSE3), Pague Menos (PGMN3), Tupy (TUPY3), Movida (MOVI3), Direcional (DIRR3), Rede D’Or (RDOR3), SulAmerica (SULA11), Petrobras (PETR4), Itausa (ITSA4), BMG (BMGB4), BTG Pactual (BPAC11).
Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou o primeiro pregão da semana em queda de –2,38%, alcançando os 115,2k. O cenário externo foi favorável, com os juros americanos em queda e os preços das commodities em alta, mas o mercado local reagiu ao longo do dia a possibilidade de Fernando Haddad assumir o ministério da fazenda no Governo Lula a partir de 2023.
Vale destacar que o governo chinês desmentiu a possibilidade do fim da política de Covid Zero, o que fez o setor de metais e mineração sofrer no dia. Mesmo assim, em um dia em que apenas 7 papéis do índice fecharam no verde, os ativos que mais sofreram estão relacionados com o mercado interno e possuem correlação com a taxa futura de juros local.
Os destaques negativos do dia foram Yduqs (YDUQ3) -10,6%, Americanas (AMER3) -9,0% e Cogna (COGN3) -8,7%. Do lado positivo, Santander (SANB11) +5,8%, BB Seguridade (BBSE3) +1,04% e Suzano (SUZB3) +0,92% foram as maiores altas.
Novos relatórios
📱 TIM (TIMS3): 3T22 | Nada é tão bom que não possa ser melhorado
A TIM divulgou ontem, após o fechamento do mercado, seu resultado do 3T22. A margem EBITDA a/a ficou estável, de forma que a pressão de custos sobressaiu sobre o crescimento de +24% a/a da receita. A Companhia entregou uma geração de caixa de R$1,6b, o que vemos como ponto positivo para mantemos nossa recomendação de COMPRA, com preço alvo de R$18,00, apresentando um upside de +32,65%. Confira a análise!
📚 Educação | Prévias do 3T22 para COGN3, ANIM3 e YDUQ3: Cautela no segundo ciclo
Divulgamos nossa prévia de resultados para as empresas de educação. Teremos resultados mistos. Confira nossa análise e veja quem se dará melhor na temporada do 3T22!
📈 BB Seguridade (BBSE3) | Resultado 3T22: Turbinando o lucro
A BB Seguridade apresentou um lucro líquido de R$ 1,65b no 3T22, aumento de +17,5% t/t e +69,3% a/a. O resultado veio em linha com nossas expectativas de R$ 1,59b (+3,9%) e 11,0% superior ao esperado pelo mercado de R$ 1,49b. Com essa divulgação, a companhia revisou seu guidance positivamente para 2022. Na conferência de resultado, o CEO Ullisses afirmou que o lucro de R$ 1,65b parece ser sustentável para os próximos trimestres.
🏪 Pague Menos (3T22) | Resultado 3T22: Prescrevendo 116mg de Receita Bruta
A Pague Menos (PGMN3) divulgou o resultado do 3º trimestre após o fechamento de mercado dessa segunda-feira (7). A companhia consolidou um balanço neutro, com um lucro líquido 16% acima do esperado. Quer entender o motivo? Veja a nossa análise completa.
🌩️ Tupy (TUPY3) | 3T22: Atravessando a tempestade
A Tupy divulgou resultados do 3T22 em linha com as nossas expectativas. Consideramos o resultado positivo, apesar de um cenário externo conturbado a empresa manteve bons volumes e níveis de receita. Os grandes destaques do resultado foram as operações no mercado local, tanto no segmento de pesados quanto no mercado de leves.
🚗 Movida (MOVI3) | 3T22: Entre a Cruz e a Espada
Nossa avaliação é negativa para os resultados divulgados pela Movida no 3T22. Embora em termos operacionais a maioria dos dados divulgados tenham vindo em linha com as nossas expectativas e com as do mercado, tivemos uma surpresa negativa do ponto de vista de lucratividade. É importante destacar que o resultado foi penalizado em R$ 179 milhões por efeitos de operações com derivativos e variações cambiais.
📈 Direcional (DIRR3) | 3T22: O maior lucro desde 2013
A Direcional continua apresentando resultados sólidos, atingindo um recorde de lucro líquido no trimestre e margem bruta relativamente estável. Mesmo com números financeiros bons, entendemos que este resultado não deve provocar grandes movimentos no papel, mas deve reassegurar a resiliência da Direcional e apaziguar os efeitos macro nos preços, como ocorrido ontem.
🏥 Prontuário ANS #4: Novas Vidas, vento em poupa (HAPV3) (SULA11) (ODPV3)
Em mais uma edição mensal de nosso relatório que acompanha a base de clientes das operadoras de saúde, o Brasil alcança 50m de beneficiários privados de assistência médica. O mês de setembro foi bom para a modalidade de planos de adesão. Com o trimestre fechado, destacamos o crescimento de beneficiários de Hapvida (HAPV3) e Bradesco Saúde.
O que aconteceu no Mercado?
Rede D’Or (RDOR3) e SulAmérica (SULA11): Cade aprova fusão
O fato! O Cade aprovou sem restrições a fusão de SulAmérica e Rede D’Or. Caso nenhum terceiro interessado leve a operação para o Tribunal da entidade em até 15 dias, a fusão será definitivamente aprovada.
Como chegamos aqui? Em fevereiro as companhias anunciaram a combinação de negócios, que criaria uma das maiores empresas do setor de saúde no Brasil. Ao longo do ano, 9 entidades do setor entraram com reclamações no Cade pedindo a aplicação de remédios. Mesmo assim, a operação foi aprovada sem restrições.
E agora? Com a aprovação do Cade e da Susep já obtidas, a operação ainda precisa passar pela ANS e pelo Banco Central. Ainda existem dúvidas se a agência de saúde aprovará a fusão sem restrições, dada a resolução da ANS que impede que operadoras de saúde e administradoras de saúde façam parte do mesmo grupo econômico. Os remédios podem incluir a venda de parte da participação da RDOR em Qualicorp caso seja avaliado que, com a fusão, SulAmérica e Qualicorp fariam parte do mesmo grupo econômico.
Petrobras (PETR4): Equipe de transição estuda preços regionais para combustíveis
Como assim? No final do dia, tudo pode ser resumido a uma única coisa: subsídio de preços. O custo de tal política custou dezenas de bilhões à empresa.
Como? Possivelmente, tal política deverá ser alcançada via o uso das refinarias da empresa. Claro que ainda estamos especulando sobre como essa política será aplicada, mas observando os exemplos passados, a direção deve ser essa.
E agora? Em teoria, de acordo com a lei das estatais, a Petrobrás deve ser ressarcida sempre que sua estrutura for utilizada para aplicação de políticas públicas. Temos que acompanhar o fluxo de notícias quanto a esse ponto.
ITSA4
Cancelamento de ações, Bonificação e Rating de Crédito
(i) O Conselho de Administração da Itaúsa aprovou o cancelamento de 11.892.300 ações que estão mantidas em tesouraria, sem redução do capital social;
(ii) O Conselho aprovou elevar o capital social mediante a capitalização de reservas. Os acionistas com a posição na data de 10/11/2022 receberão 1 ação para cada 10 ações via bonificação. As novas ações serão creditadas no dia 16/11/2022 e terão o preço base de R$ 13,65162423;
(iii) A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu o rating de crédito corporativo de longo prazo em escala nacional de ‘AAA br’ para a Itaúsa com perspectiva estável. (Itaúsa e Genial)
BMGB4
Emissão pública de renda fixa
O Banco BMG conseguiu realizar sua terceira emissão pública de letras financeiras, já aprovada no mês passado pelo seu conselho administrativo. O Banco informou que emitiu R$ 250m em letras financeiras subordinadas, por meio de uma colocação privada junto a investidores institucionais. Sendo assim, elas são elegíveis para a composição de Capital Nível II e passarão a fazer parte do cálculo do Índice de Basileia a partir de novembro de 2022. (Valor e Genial).
BTG Pactual
Batendo Recordes – Resultados 3T22
O BTG Pactual divulgou seus resultados do 3T22, anunciando um trimestre com receitas e rentabilidade recordes. Os ativos sob gestão atingiram R$ 1,2tri (+25% a/a), lucro líquido ajustado de R$ 2,3b (+28% a/a) e um ROAE ajustado de 22%. (BTG Pactual e Genial)
De olho na economia
A herança maldita
Após a reação positiva dos investidores na semana que se seguiu à vitória do ex-Presidente Lula nas eleições presidenciais, a segunda semana pós eleições começou negativamente para os ativos brasileiros. Esta mudança de postura está, a nosso ver, ligada a dois fatores: primeiro, às incertezas quanto ao perfil do Ministro da Fazenda do novo governo; segundo, ao teor da PEC da transição, apelido dado à Proposta de Emenda Constitucional que será apresentada para criar espaço no teto do gasto para cumprir as promessas de campanha do ex-Presidente Lula.
A indefinição quanto à composição do governo, em especial, quem ocupará o cargo de Ministro da Fazenda, começa a pesar na confiança dos investidores. Em especial, a probabilidade de que o ex-Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, venha a ocupar o cargo parece ter diminuído significativamente, ao mesmo tempo em que aumentou a probabilidade de que seja um membro do PT. Em especial parece ter aumentado a probabilidade de que Fernando Haddad seja o escolhido.
Por outro lado, a discussão sobre a PEC da transição preocupa. A ideia de aprovar uma PEC que aumenta o” pé direito” do teto sem que seja definido qual a altura do novo pé direito, significa dar um cheque em branco para o futuro governo gastar o que for necessário para cumprir suas promessas de campanha. Ocorre que tais promessas significariam um aumento de gastos e redução de receitas permanente da ordem de R$ 300 bilhões, o que corresponderia a aproximadamente 3,0% do PIB. Como é um aumento permanente e não transitório de gastos, significa aumento persistente da dívida pública como proporção do PIB.
A queda dos preços dos ativos financeiros brasileiros com forte desvalorização do real, queda dos preços das ações e aumento das taxas de juros ontem pode ter sido um primeiro sinal dado pelos investidores de que as promessas de campanha não são fiscalmente viáveis neste momento. Forçar seu cumprimento poderá se tornar na verdadeira herança maldita do futuro governo.
Renda Fixa
Os ativos locais reagiram negativamente aos nomes ventilados para alguns ministérios, em especial, da área econômica e com isso, as curvas de juros abriram fortemente, principalmente nos vencimentos mais longos.
Outro fator que está gerando muita preocupação é a necessidade de um waiver de R$ 170 bi a R$ 175 bi de gastos extras em 2023 (fora do teto), para acomodar as promessas de campanha que foram feitas pelo presidente eleito.
Cripto
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