Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Americanas (AMER3), Santander (SANB11), Eletrobrás (ELET3), Light (LIGT3) e Bradesco (BBDC4).
Expresso Bolsa
O Ibovespa fechou a quinta-feira em baixa de -1,72%, alcançando os 110,1k. O principal índice da bolsa brasileira destoou do que foi visto nos mercados externos, fechando o dia em nova forte queda. Pelo mundo, investidores demonstram maior apetite para risco, refletindo as decisões de entidades monetárias europeias e americanas.
Já no cenário local, além do efeito negativo do preço das commodities pelo mundo, o noticiário político voltou a prejudicar os ativos de risco brasileiros. O presidente Lula, por meio de uma carta lida pelo ministro da Casa Civil para o congresso nacional, criticou a condução da política cambial dos últimos anos, defendendo maior participação do Estado para redução da inflação. Ainda mais, Lula argumentou a favor de uma nova política de preços “abrasileirada” para a Petrobras, se opondo também a privatização da Eletrobras.
Novos relatórios
Bradesco (BBDC4) | Perspectiva 2023 e Prévia 4T22: Barato, mas sem gatilhos, rebaixamos para Manter
Santander (SANB11) | Resultado 4T22: Rentabilidade despenca com maiores provisões
Cenário Macroeconômico – Jan/23 | Excesso de ruído começa a incomodar
O que aconteceu no mercado?
AÉREAS
Novo reajuste do Querosene de Aviação
Após reduzir em 11,1% o preço do combustível em janeiro, a Petrobras anunciou que irá aumentar em 17,1% os preços do Querosene de Aviação para as distribuidoras a partir de fevereiro. Segundo a Abear, se compararmos os preços de hoje com os valores que eram cobrados em fevereiro de 2022, temos um QAV cerca de 37,8% mais caro. Destacamos que o combustível segue sendo um dos maiores detratores dos resultados das companhias aéreas, representando mais de 40% dos custos totais nos últimos resultados divulgados. (Broadcast e Genial)
LIGT3
Revisão de rating pela Fitch!
Fitch ratings rebaixou a classificação de risco de crédito da empresa na escala nacional de para CCC (antes era AA-). De acordo com a companhia de ratings, tal rebaixamento ocorreu devido as incertezas relacionadas a contratação da Laplace Finanças com o objetivo de trazer melhorias a estruturas de capital da empresa. (Light e Genial)
ELET3
Sucesso do primeiro PDV da empresa!
Primeiro programa de demissão voluntária da empresa após a sua privatização atinge 2,494 funcionários – mais de 20% do corpo de funcionários da empresa antes da sua privatização, que contava com aproximadamente 10,500 funcionários. O custo de tal processo foi de R$1,2 bilhões e o retorno esperado deve se dar em menos de 1 ano (Eletrobrás e Genial)
AMER3
Interesse pelo HNT
Segundo o Estadão, a gestora Pátria estaria negociando a compra Natural da Terra (HNT) da Americanas. A varejista havia comprado a rede em 2021, pagando R$ 2,1b na época. A operação de venda atraiu outros interessados, como a rede de supermercados Zona Sul. (Estado e Genial)
SAÚDE
Fusões e aquisições reaquecendo?
A empresa global de consultoria Kroll argumenta que o setor de saúde suplementar e medicina diagnóstica deve crescer no Brasil em 2023 por meio orgânico e inorgânico. O chefe de finanças corporativas da Kroll ressalta a expectativa de continuidade nas operações bilionárias de fusões e aquisições, mas com maior destaque para operações milionárias e regionais, com maior espaço para consolidação regional fora da cidade de São Paulo. Apesar de acreditarmos que ainda há espaço para consolidação no setor de saúde brasileiro, o ano de 2023 continua apresentando muita incerteza em relação à dinâmica de custos para as operadoras, o que pressiona a cadeia de saúde como um todo. Assim, acreditamos que o ritmo de fusões e aquisições em 2023 no setor continue abaixo do observado durante os anos de consolidação de 2018 – 2021, com as companhias continuando a serem bem seletivas em novas oportunidades de crescimento inorgânico. (Valor e Genial)
AUTO
Vendas de automóveis começam o ano em queda
A Fenabrave divulgou os dados de emplacamentos relativos a janeiro. Ao todo, foram registrados 102,9k automóveis leves (-36,73% m/m e +15,65% a/a). Já os comerciais leves somaram 26,6k unidades (-30,04% m/m e +8,87% a/a). Por fim, tivemos 6,5k implementos emplacados (-17,13% m/m e -2,77% a/a). Sazonalmente, o primeiro trimestre é um período mais fraco. Podemos ver uma recuperação nas vendas de automóveis num geral em relação a 2022. Contudo, acreditamos que o número de unidades vendidas de implementos foi fraco para o período. (Fenabrave e Genial)
De olho na economia
A pressão vai aumentar
Após a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil de manter a taxa básica de juros da economia brasileira (SELIC) em 13,75% ao ano e sinalizar no comunicado pós reunião que não deverá reduzir a SELIC este ano devido à deterioração das expectativas para a inflação em horizontes mais longos e ao aumento da incerteza quanto ao cenário fiscal, as pressões de parte do governo sobre o Banco Central se intensificaram.
Além do próprio Presidente que se mostrou insatisfeito com o nível da meta para a inflação, sugerindo que a meta é muito baixa o que exige uma política monetária muito contracionista para ser atingida e afirmou que a independência do Banco Central é uma “bobagem”, ontem a presidente do Partido dos Trabalhadores, o PT, publicou nas redes sociais uma crítica dura à decisão do Banco Central. Segundo ela, “não há economia que resista a uma taxa de juros de 13,5%. O Brasil precisa urgente de crescimento para gerar empregos e oportunidades. O país não pode ficar esperando que o Banco Central caia na real”.
O comunicado apenas dá mais argumentos para o Banco Central manter a SELIC constante ou até mesmo aumentá-la. Afinal, a mensagem da Presidente do PT apenas reforça a desconfiança entre os investidores quanto à capacidade do Banco Central de cumprir seu mandato de levar a taxa de inflação para a meta, o que deverá fazer com que as expectativas para a inflação, que já estão acima da meta em horizontes mais longos e em elevação, aumentem ainda mais, dificultando a tarefa do Banco Central.
A mensagem mostra que o Banco Central entrou definitivamente na mira do PT. Por outro lado, valida a observação de parte da mídia de que Gleisi Hoffman, o Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante e a ex-presidente Dilma Rousseff formam uma espécie de “Esplanada Paralela”, com grande influência nas decisões do executivo. A pressão vai aumentar.
Renda Fixa
Mesmo com falas negativas de Lula sobre tetos de gastos, os vértices mais longos das taxas de juros futuros encerraram a quinta-feira em queda de aproximadamente 10 bps, alavancadas principalmente pela valorização do real sobre o dólar no intradiário.
Dado que as críticas de Lula se deram mais para o final da sessão, é possível esperar uma sexta-feira abrindo com grandes altas nas curvas de juros, enquanto o dólar provavelmente seguirá o mesmo caminho.
Cripto
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