Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 08 de novembro.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: Encerrou o pregão de quinta-feira (07) em queda, com os investidores reagindo à eleição nos EUA e as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA. Entre os ativos, o setor de mineração foi destaque positivo na última sessão com expectativas de um novo pacote de estímulos da China após a eleição de Trump. Vale liderou as contribuições positivas, enquanto Eletrobras foi a principal contribuição negativa.
Juros futuros: Encerraram o pregão da quinta-feira (07) em queda, seguindo a direção dos yield a das treasuries. O DI Jan/26 oscilou de 12,89% para 13,00% e o DI Jan/31 foi de 12,88% para 12,73%.
Mundo: Futuros de Nova York operam de lado, enquanto ações ligadas a commodities pressionam o Stoxx 600 na Europa.
Minério de ferro: Cobre, minério de ferro, ações chinesas e o yuan caíram após o anúncio de um programa de US$ 1,4 trilhão para refinanciar a dívida dos governos locais na China, mostrando que investidores estão cautelosos com a nova tentativa de apoiar a economia.
Petróleo: Petróleo recua nesta manhã, com preocupações sobre a economia chinesa e enquanto o mercado avalia as implicações de uma segunda presidência de Donald Trump.
Em Destaque
Cogna (COGN3) | Resultado 3T24: A desalavacagem já uma realidade
BMG (BMGB4) | Resultado 3T24: Trajetória de Resultados mais Consistentes, com Apoio de Ajustes
Direcional (DIRR3) | Resultado 3T24: Sólido como uma rocha
Economia
Por José Marcio Camargo
Em decisão amplamente esperada, FED corta a taxa de juros em 25 pontos base
O banco central norte-americano (Federal Reserve) decidiu dar continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro, porém com um corte de menor magnitude, de 25 ao invés de 50 pontos base, levando a taxa de juros (Fed Funds rate) para o intervalo entre 4,50% e 4,75% a.a. A decisão unânime do colegiado veio em linha com o esperado. O Fed também reduziu a taxa de juros paga sobre o saldo de reserva (compulsórios) de 4,9% para 4,65% ao ano e a taxa de desconto de 5,0% para 4,75% a.a.
Novos Conteúdos
Petrobras (PETR4) | Resultado 3T24: eis aqui o dividendo!
Empresa reportou números razoavelmente em linha com as estimativas, suportando por mais uma performance positiva do segmento de E&P vs margens comprimidas no segmento de refino e comercialização. Empresa reportou um EBITDA de R$64 bi e uma sólida geração de caixa de R$38 ni no trimestre. Com uma alavancagem ainda abaixo de 1x dívida líquida/ebitda, a distribuição de dividendos veio apenas considerando o valor regular, sem nenhum pagamento extraordinário ou recompra (R$1,31/ação). Como principal evento de curto prazo para acompanhamento, citamos o seu Planejamento Estratégico que deve ser anunciado ainda no mês de novembro.
Lojas Renner (LREN3) | Resultado 3T24: O básico que funciona − e funciona muito bem!
Foi um ótimo resultado! A Renner consolidou uma combinação operacional excelente, entregando um sólido crescimento de vendas e ganhos importantes de rentabilidade – conseguindo emplacar um lucro líquido bem acima das expectativas do mercado. Com mais uma sólida expansão no lucro operacional e uma dinâmica financeira favorável, a Renner reportou um crescimento de 21% a/a da última linha do resultado − consolidando um lucro líquido acima do consenso de mercado (+48% vs. Consenso Bloomberg).
Assaí (ASAI3) | Resultado 3T24: Sem sal!
Foi um trimestre “sem sal”! Como já antecipado em nossa prévia, o Assaí mostrou um fraco crescimento de top line – consolidando, provavelmente, o Same Store Sales mais fraco do setor no período, em 2,6% a/a (-60bps vs. Est. Genial), o que representa um gap de quase 270bps abaixo da inflação alimentar em domicílio ao final do mês de setembro. A margem bruta e margem EBITDA ficaram 20bps e 15bps acima de nossas estimativas. Entendemos que mesmo em um trimestre de forte sazonalidade para a companhia, dado a campanha de aniversário do Assaí, a companhia encabeçou que não vale o “crescimento à qualquer custo”, principalmente em um cenário de alta alavancagem financeira e abertura da curva de juros de médio e longo prazo. O foco é desalavancar!
Magazine Luiza (MGLU3) | Resultado 3T24: Magalu de 2016 voltou com ‘sangue nos olhos’
Sensacional! Magalu mostrou um trimestre de forte recomposição de margens, superando com folga até as estimativas mais otimista do mercado com relação ao bottom line, consolidada em R$ 102,4 milhões – uma cifra quase 4,0x acima de nossa estimativa , que era de R$ 26 milhões. Se precisássemos selecionar apenas um ponto que não nos agradou nesse resultado, escolheríamos o marketplace (3P). Após crescimentos de quase 20% entre os anos de 2022 e 2023, vemos uma forte desaceleração no canal, que nesse trimestre quase ficou próximo do zero a zero, crescendo 1,4% a/a.
Fleury (FLRY3) | Resultado 3T24: Resiliência e Expansão Operacional
O resultado do 3T24 de Fleury foi positivo, dentro das nossas expectativas e do consenso. No terceiro trimestre de 2024, o Fleury manteve uma trajetória de crescimento consistente, com foco em diversificação de receitas e integração operacional, impulsionado pela combinação de negócios com o Grupo Pardini. Mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, o grupo conseguiu contrabalançar os desafios com ganhos de eficiência e iniciativas de expansão, resultando em um desempenho sólido.
Alupar (ALUP11) | Resultado 3T24: Muito projeto para se colocar de pé!
Empresa reportou números ligeiramente abaixo do consenso devido um evento pontual no segmento de geração, que acabou por impactar a linha de custo com compra de energia. No mais, o resultado operacional como um todo não trouxe grandes surpresas. Grande destaque para o grande pipeline de investimentos da empresa após os novos projetos anunciados.
SLC Agrícola (SLCE3) | Prévia do 3T24: Eleição nos EUA oferece riscos e oportunidades
A decisão eleitoral nos EUA pela administração Trump pode impactar o setor agrícola brasileiro. Há uma lacuna em potencial a ser preenchida pelo Brasil para faturar ainda mais volume de soja para a China (oportunidade), por outro lado, a demanda pode desacelerar (risco). Para o trimestre, mantemos uma visão cautelosa de curto prazo. Do lado negativo, os preços de soja e milho continuam sob pressão devido ao aumento de oferta. Já do lado positivo, o algodão segue como um ponto de resiliência, compensando parcialmente as pressões dos grãos. Projetamos um EBITDA de R$445m Genial Est., recuo de -9,6% a/a, equivalente a uma compressão de -2,77p.p. a/a na margem. Por fim, projetamos um Lucro líquido de R$44m Genial Est. (-73,7% a/a).
Méliuz (CASH3) | Resultado 3T24: Margens abaixo das expectativas
O Méliuz reportou resultados abaixo das nossas expectativas, com margens mais fracas do que prevíamos, embora tenha apresentado bom crescimento. A receita foi de R$90,3m (+28,3% a/a), impulsionada principalmente pelo Shopping Brasil. No segmento financeiro, a receita alcançou R$15,9m (+87,1% a/a; +8,2% t/t), destacando-se o aumento de contas digitais e TPV devido à parceria com o BV. O EBITDA ficou em R$12,2m, registrando forte alta anual (+886,3%), mas queda de 19,7% t/t, impactado por maiores despesas com cashback e marketing.
Yduqs (YDUQ3) | Resultado 3T24: Lucro mais forte que o esperado!
Melhor que o esperado. Em meio a um cenário ainda desafiador para a captação, o top line ficou praticamente estável – equilibrando uma forte retração do segmento Digital com o sólido desempenho do Premium. Entendemos que essa dinâmica já era esperada pelo mercado, o que deve ganhar foco é a última linha do resultado e a geração de caixa positiva. A dinâmica financeira mais favorável permitiu uma sólida expansão de 53% a/a do lucro líquido ajustado (exc. itens não recorrentes). O resultado superou nossas estimativas e o consenso (+22% vs. Consenso Bloomberg).
Moura Dubeux (MDNE3) | Resultado 3T24: Terminando um ciclo. Que venha o próximo.
A Moura Dubeux completa quase quatro anos desde sua listagem na B3 e está fechando o primeiro ciclo imobiliário pós-IPO. Este trimestre também marca o primeiro pagamento de dividendos da companhia, com yield de 4%. O forte lançamento de projetos de condomínio no trimestre impulsionou a receita e levou a um ótimo ROE de 23%, acima dos objetivos da administração de atuar futuramente com pelo menos 20% de ROE.
Movida (MOVI3) | Resultado 3T24: Prometeu e cumpriu
No 3T24, a Movida reportou resultados positivos, com números acima das expectativas, impulsionados principalmente por um volume de vendas de veículos acima do esperado (+6% em relação às nossas projeções). A receita líquida foi de R$ 3,8b (+41,6% a/a). No RAC, o aumento de diárias e repasse tarifário elevaram a margem EBITDA para 63,4%. A divisão GTF destacou-se com forte controle de margens e receita de R$ 867m (+49,2% a/a). Em seminovos, a receita atingiu R$ 1,87b, apesar da pressão nas margens. A alavancagem caiu levemente para 3,1x, mas o volume de compras de veículos acima do esperado gerou cautela.
Decisão da taxa de juros (Copom): Banco Central eleva a taxa Selic para 11,25% a.a.
O Banco Central (BCB) decidiu, de forma unânime, acelerar o ritmo de alta da taxa Selic para 0,50 p.p., de modo que a taxa atingiu o patamar de 11,25% a.a., ficando em linha com o consenso de mercado (Broadcast+). Apesar de ter intensificado a alta de juros de 25 para 50 pontos base, o comunicado sofreu poucas alterações em relação a setembro.
As principais notícias do dia 08/11/24
🏦 Caixa Seguridade (CXSE3)
Distribuição de R$ 930m em dividendos
O que aconteceu? O Conselho de Administração da Caixa Seguridade aprovou a distribuição de R$ 930 milhões em dividendos intercalares (R$ 0,31/ação), correspondendo a um dividend-yiled de 2,2%. O pagamento será realizado em 17 de janeiro de 2025, com base na posição acionária de 3 de janeiro de 2025, e as ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 6 de janeiro de 2025. (Caixa Seguridade e Genial)
Recomendação: Sem cobertura.
🏦 Caixa Seguridade (CXSE3)
Resultado 3T24: Lucro recorde
O que aconteceu? A Caixa Seguridade registrou lucro líquido gerencial recorde de R$ 1,0b no 3T24, com crescimento de +9,7% a/a e +30,5% t/t. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho do segmento de seguros, que apresentou o maior volume histórico de prêmios emitidos, com destaque para Habitacional (+13,4%), Residencial (+13,3%), Prestamista (+13,0%) e Assistência (+25,1%). O segmento de previdência também contribuiu, com reservas que cresceram 11,9% a/a, aumentando as receitas de administração. No segmento de consórcios, a estratégia de promoção e campanhas ampliou as vendas, registrando recorde de cartas de crédito em agosto. A expansão do lucro foi ainda apoiada pela inclusão da Caixa Seguridade no Ibovespa, fortalecendo sua posição de mercado e visibilidade.
Recomendação: Sem cobertura
💻 LWSA (LWSA3)
Lucro bom para antiga Locaweb
O que aconteceu? A LWSA (LWSA3) registrou lucro líquido de R$ 16,9m no 3T24, uma alta de 336,4% a/a. O lucro líquido ajustado alcançou R$ 37m, avanço de 52,7%. O Ebitda ajustado somou R$ 73,7m, crescimento de 36,2%, enquanto a receita líquida subiu 5,8%, totalizando R$ 349,3m. Apesar do cenário macroeconômico desafiador, a empresa manteve o ritmo de crescimento. LWSA também anunciou R$ 40m em dividendos, equivalente a R$ 0,0716/ação, com pagamento em 21 de novembro e data ex em 13 de novembro. (Money Times)
Recomendação: sem cobertura