
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta terça-feira, 13 de maio.
Na edição de hoje
O Ibovespa passou raspando do recorde histórico ontem, mas perdeu força com a cautela pré-balanços — especialmente de gigantes como a Petrobras. A estatal entregou números sólidos, mas o rendimento de dividendos sinaliza um novo nível de moderação, caso o Brent siga pressionado.
Enquanto isso, lá fora, o S&P 500 segurou o bull market, encerrando acima da média de 200 dias, embalado pela trégua tarifária entre EUA e China. Mas com o CPI americano no radar de hoje, o jogo ainda está longe de definido.
Cardápio variado hoje — de prévias (JBS) a revisões de guidance (Yduqs). Boa leitura!
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: Encerrou o dia praticamente estável, com leve alta de 0,04%, aos 136.563,18 pontos. O índice chegou a atingir a máxima intradiária de 137.519,33 pontos, próximo ao recorde histórico da semana anterior. O desempenho foi impulsionado inicialmente pelo acordo comercial entre Estados Unidos e China, que reduziu temporariamente tarifas e amenizou temores de recessão global. No entanto, a realização de lucros e a cautela dos investidores, diante da expectativa pela divulgação de balanços corporativos relevantes, como os da Petrobras e Sabesp, limitaram os ganhos no final do pregão. O volume financeiro somou R$ 24,4 bilhões.
Juros futuros: Encerraram a segunda-feira em alta, refletindo o otimismo global após a trégua tarifária entre Estados Unidos e China. A redução das tarifas por 90 dias diminuiu os temores de recessão, levando a uma reprecificação das curvas de juros internacionais e influenciando o mercado brasileiro. As taxas de longo prazo subiram, acompanhando os rendimentos dos Treasuries americanos, enquanto os vértices curtos permaneceram estáveis, com os investidores aguardando a divulgação da ata do Copom. Ao final do dia, a taxa do DI para janeiro de 2026 subiu de 14,795% para 14,805%, e a do DI para janeiro de 2031 avançou de 13,495% para 13,60%.
Mundo: Futuros das ações nos EUA recuam parcialmente após a forte alta da véspera, com investidores em compasso de espera pelo CPI de abril e ainda cautelosos quanto ao real impacto da trégua comercial entre EUA e China.
Minério de ferro: O minério de ferro tem leve queda após alta superior a 3% em Singapura na sessão anterior.
Petróleo: O petróleo estende os ganhos pelo quarto dia consecutivo. O foco agora se volta ao Oriente Médio, com expectativa para o encontro entre Donald Trump e o príncipe saudita Mohammed bin Salman.
Em Destaque
Expresso Bolsa Semanal: Decisões de política monetária, Ibovespa na máxima histórica
Porto (PSSA3) | Resultado 1T25: Forte Início de Ano Reforça Nova Fase de Alta Rentabilidade
Suzano (SUZB3) | Resultado 1T25: Um trimestre sacrificado
Novos Conteúdos
Petrobras (PETR4) | Resultado 1T25: Bom! Mas alguns pontos merecem atenção…
A empresa reportou números sólidos e razoavelmente em linha com nossas estimativas em EBITDA.
Sabesp (SBSP3) | Resultado 1T25: Ainda é Preciso Investir!
A Sabesp reportou números operacionais em linha com o esperado pelo consenso de mercado.
Brava (BRAV3) | Resultado 1T25: Chegando lá, mas aos poucos!
A Brava reportou um EBITDA abaixo do esperado pelo consenso (-16%).
Hapvida (HAPV3) | Resultado 1T25: Receita avança com aumento de ticket, mas margem ainda pressionada
Hapvida (HAPV3) reportou receita de R$ 7,5 bi (+7,3% a/a), com crescimento no ticket médio e leve queda de vidas.
🏦 IRB Re (IRBR3) | Resultado 1T25: Resultado Financeiro Compensa Operacional Mais Fraco
🏦 Inter (INBR32) | Resultado 1T25: Lucro um Pouco Abaixo, mas Melhora Gradual Sustenta Tese
🛒 JBS (JBSS3) I Prévia 1T25: Bala de prata em um cenário arrefecido
⛽ Prio (PRIO3) | Detalhes da Teleconferência 1T25! – Geração de Caixa 2026 é a cereja do bolo!
🏡 Direcional (DIRR3) | Resultado 1T25: Consistência é a chave
📡 VIVO (VIVT3) | Resultado 1T25: Pós-pago e fibra sustentam receita; lucro surpreende positivamente
Economia
Por José Marcio Camargo
Negociações com sinais positivas. Mas é apenas o começo
As negociações entre China e Estados Unidos iniciadas no último final de semana tiveram um resultado bem mais positivas que o esperado pelos analistas.
De olho nas Ações
Itaúsa (ITSA4) | Resultado 1T25
A Itaúsa registrou lucro líquido de R$ 3,87 bilhões no 1T25, alta de +4,0% t/t e +8,2% a/a, impulsionada pelo desempenho do Itaú (crescimento de lucro de +7,5% a/a), sua principal investida. No portfólio não financeiro, destacaram-se Alpargatas com crescimento de lucro de +244% a/a, Motiva (+21% a/a), Aegea (+269% a/a) e Dexco (reversão do prejuízo do 1T24). A linha de NTS, que reflete dividendos/JCP e ajuste ao valor justo, somou R$ 84 milhões (+49,1% a/a). A Itaúsa negocia com desconto de 24,2% em relação ao valor justo de suas participações, oferecendo um dividend yield 20% mais atrativo que ITUB3 e ITUB4. Além disso, a eliminação da ineficiência fiscal em 2027 do pagamento de PIS/Cofins na holding, com a Lei Complementar 204/23, representa uma oportunidade atrativa de compra.
As principais notícias do dia 13/05/25
📚 Educação
YDUQ3 | Yduqs reduz guidance de 2025, mas projeta forte crescimento de lucro por ação até 2030
O que aconteceu? A Yduqs revisou para baixo sua projeção de lucro líquido ajustado por ação para 2025, agora estimado entre R$ 1,70 e R$ 2,00, ante faixa anterior de R$ 2,00 a R$ 3,00. Apesar do ajuste para o curto prazo, a companhia reforçou confiança na retomada gradual de rentabilidade, projetando um lucro por ação entre R$ 2,20 e R$ 3,20 para 2026; entre R$ 3,00 e R$ 4,00 em 2027; e chegando a R$ 3,50 a R$ 4,50 no período de 2028 a 2030. As projeções indicam um ciclo de expansão progressiva nos resultados da empresa, com foco na maturação de ativos adquiridos e melhora operacional ao longo do tempo. (Yduqs e Genial)
⛽ Petróleo & Gás
Venezuela | Investigação aponta uso do Brasil em fraude de US$ 1 bilhão no petróleo
O que aconteceu? Venezuela estaria manipulando a origem de exportações de petróleo para escapar de barreiras e sanções contra o país. Empresas estariam adulterando sinais de localização e transferindo petróleo de um navio para outro, numa prática irregular conhecida como “spoofing”. Dessa forma, o petróleo exportado para a China não precisaria passar por uma barreira na Malásia e ficar retido para fiscalização. As empresas já teriam rebatizado US$ 1 bilhão em embarques de petróleo venezuelano e usado o Brasil como país de origem dessas mercadorias. (Veja e Genial)
Opinião Genial: A revelação de que o Brasil pode estar sendo utilizado como rota para disfarçar a origem de petróleo venezuelano sancionado levanta preocupações. Embora não haja evidências de envolvimento direto de empresas brasileiras, tal possibilidade precisa ser monitorada tendo em vista o risco de sanções as empresas petroleiras listadas ou qualquer tipo de questões diplomáticas.