
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta segunda-feira, 07 de julho.
Na edição de hoje
Com o fiscal ainda pegando fogo e os juros futuros oscilando, os bancos recalibram suas expectativas: agora veem um crescimento de 8,7% no crédito para 2025.
É menos do que já foi, mas ainda suficiente para manter o sistema em expansão — mesmo com empresas pisando no freio.
A tensão institucional arrefeceu: o STF suspendeu os decretos do Executivo e do Legislativo sobre o IOF e mandou um recado claro aos dois lados — sem diálogo, sem avanço. Trégua selada? Por ora, sim.
Enquanto isso, o mercado ajusta posições antes do deadline tarifário de Trump, as commodities recuam e o petróleo opera sem direção.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,24%, aos 141.263 pontos, superando pela primeira vez na história o patamar dos 141 mil e renovando também sua máxima intradiária, aos 141.563,85 pontos. Ajudado pela sinalização de trégua institucional após o STF suspender tanto o decreto do Executivo quanto o do Legislativo sobre o IOF, o mercado reagiu positivamente à abertura de diálogo entre os Poderes. A semana terminou com ganho acumulado de 3,29%, a melhor desde abril. Com Wall Street fechada pelo feriado do 4 de julho e a liquidez reduzida na B3.
Juros futuros: Fecharam em leve alta devido à liquidez reduzida no mercado com o feriado nos EUA. O DI de janeiro/2026 fechou em alta de 1 ponto-base a 14,925%. Já os DIs com vencimentos em janeiro/2027 e janeiro/2029 fecharam em alta de 4 e 2 pontos-base, respectivamente.
Mundo: Futuros das bolsas de Nova York recuam no início de uma semana potencialmente volátil, quando parceiros comerciais dos EUA se apressam para finalizar acordos comerciais com o governo Trump antes do prazo final de tarifas em 9 de julho.
Minério de ferro: Cobre e minério de ferro, commodities sensíveis à demanda chinesa, recuam com ameaça aos BRICS – grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Petróleo: Petróleo opera de lado depois de cair inicialmente com a decisão da Opep+ de aumentar a produção mais que o esperado no mês que vem, levantando preocupações sobre excesso de oferta, ao mesmo tempo em que as tarifas dos EUA alimentam temores sobre as perspectivas de demanda.
Em Destaque
Prio (PRIO3) | Dados de Produção Junho/25 – Tá melhorando!
Início de Cobertura: Infraestrutura – Transportes | Pé na Estrada!
Brava (BRAV3) | Dados de Produção Junho/25 – Sem Pedras no Caminho!
Novos Conteúdos
Metais & Mineração: O poder de uma frase
Durante uma comissão na China o presidente Xi Jinping mencionou a seguinte frase: “Temos a intenção de coibir guerras de preços e eliminar capacidade obsoleta da indústria”, sinalizando disposição para cortes de capacidade industrial como forma de combater deflação.
Carta dos Estrategistas – Julho 2025: Volatilidade foi o nome do jogo: fortes emoções e um final feliz
Junho trouxe fortes emoções aos mercados, guiadas por dois temas principais
Expresso Bolsa Semanal: Nova máxima para o Ibovespa
A criação líquida de 147 mil empregos em setores não-agrícolas (payroll) nos Estados Unidos em junho O Ibovespa bateu novo recorde histórico ao ultrapassar 141 mil pontos pela primeira vez, acumulando alta de 17,16% no ano.
Economia
Por José Marcio Camargo
Só faltam três dias
Esta semana, na quarta feira dia 9 de julho, esgota-se o período de negociação entre o governo americano e outros países para definir o nível de tarifas entre eles.
De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 07/07/25
🏦 Financeiro
Bancos revisam projeção de crescimento do crédito para 8,7% em 2025
O que aconteceu? Os bancos elevaram de 8,5% para 8,7% a estimativa de crescimento do crédito em 2025, segundo a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban. A revisão, porém, segue indicando forte desaceleração frente ao avanço de 11,8% registrado em maio deste ano, conforme dados do BC. A projeção para a carteira de recursos livres subiu levemente, de 8,1% para 8,2%. O aumento das expectativas para crédito às famílias (9,5%) foi parcialmente compensada por uma queda nas projeções de crédito livre para empresas (6,1%).
🚚 Transporte
MOTV3 | Motiva firma aditivo para a SPVias com o Estado de São Paulo
O que aconteceu? A Motiva realizou um aditivo contratual para sua concessionária, SPVias, com o Estado de São Paulo. O documento formaliza (i) investimentos às obras de implantação na faixa de segurança na SP-270 e (ii) realiza reequilíbrio econômico financeiro por meio da extensão do contrato em 73 dias. (Motiva e Genial)
Opinião Genial: A notícia é positiva, mas deve ter efeito neutro para a Motiva. O mais importante aqui é a sinalização do diálogo da companhia com o poder concedente, o Estado de São Paulo. Os aditivos são importantes para preencher possíveis melhorias em determinadas concessões do portfólio. A velocidade desses processos, ajuda a dar maior visibilidade ao interesse de ambas as partes, poder concedente e companhia.
Recomendação: Comprar
Preço-Alvo: R$18,00
⛽ Petróleo & Gás
PETR4 | Perspectiva de preços abaixo de US$ 70 permanece, apesar de tensões geopolíticas
O que aconteceu? Análises recentes destacam que, apesar dos recentes picos devido a tensões no Oriente Médio, os fundamentos do mercado petroleiro continuam pressionados por excesso de oferta. Estimativas da S&P Global apontam para um excedente de cerca de 1,2 milhão de barris/dia no segundo semestre de 2025, elevando o risco de queda para o petróleo — com o WTI podendo recuar para a faixa dos US$ 50–60 e o Brent entre US$ 50–60 até 2026. Já bancos de Wall Street projetam o Brent em torno de US$ 66 em 2025, com ligeiro recuo para US$ 64 no quarto trimestre, e manutenção desse patamar em 2026 (Oil price e Genial).
Opinião Genial: O cenário de oferta mais robusta — via aceleração de produção da Opep+ e recuperação de produtores não-Opep — aliado à demanda global ainda fraca, tende a manter os preços sustentados, mas abaixo de US$ 70/barril. Isso implica um ambiente mais desafiador para o valuation das empresas expostas a E&P. Ainda que eventuais picos geopolíticos possam favorecer o curto prazo, a tendência principal segue de moderação nos preços.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 48,00