Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Yduqs (YDUQ3), Taesa (TAEE11), PetroReconcavo (RECV3), Mitre (MTRE3), Americanas (AMER3), Vale (VALE3), Gafisa (GFSA3), PagSeguro (PAGS34), Méluz (CASH3), Gerdau (GGBR4) e Carrefour (CRFB3) .
Expresso Bolsa
O Ibovespa fechou a quarta-feira em baixa de -0,25%, alcançando os 102,6k. A última sessão foi marcada novamente por temores de uma crise global bancária, devido à situação com o Credit Suisse (CS). Após o Saudi National Bank, o maior investidor do Credit Suisse, anunciar que não fará novos aportes para auxiliar a instituição financeira, o mercado renovou os temores com a saúde financeira do banco. No final do dia o Banco Central da Suíça anunciou que fornecerá liquidez para o CS caso seja necessário. Hoje já pela manhã foi anunciado um empréstimo de até 50b de Francos suíços para a instituição, o que pode acalmar os temores de uma crise global ao longo do dia.
O temor com uma crise global levou a uma queda das curvas futuras de juros, inclusive no Brasil. Os destaques de alta do principal índice da bolsa brasileira foram: Méliuz (CASH3) +14,44%, MRV (MRVE3) +7,19% e Natura (NTCO3) +6,63%. Já as maiores baixas foram: CVC (CVCB3) -6,12%, CSN (CSNA3) -6,04% e Gerdau (GGBR4) -4,65%.
Novos relatórios
Yduqs (YDUQ3) | Resultado 4T22: Reduzimos o preço-alvo
TAESA (TAEE11) | Resultado 4T22: Operacional forte!
Petrorecôncavo (RECV3) | Certificação de Reservas Dez/2022- De olho nos detalhes!
Mitre (MTRE3) | Resultado 4T22: Um pouco melhor; Setor ainda pesa na decisão
O que aconteceu no mercado?
AMER3
Depoimento do ex CEO
Miguel Gutierrez, ex CEO da Americanas, irá depor hoje à CVM. O executivo deve prestar esclarecimentos sobre a sistemática de operações da varejista, com o objetivo de ajudar os técnicos a entender as supostas “inconsistências contábeis” apresentadas por Sérgio Rial, seu sucessor por nove dias. (O Globo e Genial)
VALE3
Ação contra a Samarco, controlada pela Vale e BHP, pede indenização de R$230b pelo desastre de Mariana
Controlada pela Vale e BHP, a Samarco responde a um processo na Inglaterra, que pede US$44b (~R$230b) como indenização pelas vítimas do desastre de Mariana – MG; o valor é quase 20 vezes maior do que o desembolsado até junho de 2022 pela Fundação Renova, sua entidade criada para pagar as compensações e lidar com as consequências dos danos.
Hoje, a BHP responde o processo pela Samarco na Justiça da Inglaterra, já que é listada na bolsa de Londres. Mas, recentemente a mineradora anglo-australiana entrou com uma ação de contribuição contra a Vale, com o objetivo de dividir com a mineradora brasileira a responsabilidade pelos valores das indenizações; apesar da Companhia contestar a ação, uma eventual decisão judicial a favor da continuidade dos pedidos, pode causar grandes desembolsos de caixa por parte da Vale. (Genial e BBC)
GFSA3
Aumento de capital
A Gafisa aprovou um aumento de capital de até R$ 200m, com preço das ações fixados em R$ 7,02, abaixo do preço de tela de hoje de R$ 7,62. A oferta só seguirá adiante caso haja demanda a este preço para uma oferta mínima de R$ 50m. Ainda este ano, em janeiro, a Gafisa já fez outro aumento de capital de R$ 78m. Para o acionista que não participar da oferta, a diluição pode variar de 12% a 53%, dependendo da demanda dos investidores. (Gafisa e Genial)
PAGS34
Caminho aberto para nova corretora
O Banco Central autorizou a PagSeguro criar a PagInvest Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. O capital social é de R$ 15m e terá Luis Frias como controlador. Assim, a companhia inicia em uma nova frente de negócios, sendo importante para captação de clientes, principalmente investidores do mercado acionário. (Valor e Genial)
CASH3
Renúncia de Luciano Valle
O Méliuz anunciou ontem via fato relevante a renúncia de Luciano Valle do seu cargo de diretor financeiro e de relações com investidores. Segundo a Companhia, já foram iniciados os procedimentos para indicação de novos responsáveis. Por enquanto, o atual presidente, Israel Salmen assumirá as funções. Em nossa visão, isso não afeta a tese de investimento. Ainda vemos a recente aprovação da parceria estratégica com o Banco Votorantim na vertical de serviços financeiros e a venda do Bankly como fatores positivos que irão destravar valor para a Companhia. (Méliuz e Genial)
GGBR4
Subscrição de participação em subsidiária de energia
Após cumprimento das condições precedentes, ocorreu o fechamento da operação entre a Gerdau Next S.A. e o Fundo Newave Capital, que visa a subscrição de participação societária no capital social da Newave Energia S.A., respectivamente em 33,33% e 66,67%. A aquisição vai fornecer 30% de toda a energia gerada pelos projetos de geração de energia detidos de maneira direta ou indiretamente pela Newave, cortando uma parcela dos custos com energia da Gerdau. (Gerdau e Genial)
CRFB3
Quatro CDs à venda!
O Carrefour está procurando um comprador para seus quatros CDs, localizados em Osasco, Porto Alegre, Recife e Salvador, pelo valor de R$ 1b. O Carrefour busca um contrato de sale and leaseback, onde seguirá sendo o inquilino de longo prazo dos imóveis. A operação surge como uma alternativa enquanto a varejista não encontra um sócio estratégico para sua operação imobiliária. (Valor e Genial)
De olho na economia
Crise de crédito se intensifica e deve afetar decisões de política monetária
Depois da falência de dois bancos regionais nos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, o Credit Suisse, um dos maiores bancos europeus, voltou a agitar os mercados de crédito. O presidente do Saudi National Bank, que detém 10% das ações do Credit Suisse, em uma entrevista na Bloomberg, perguntado se o banco poderia conceder mais assistência financeira ao Credit Suisse, caso necessário, declarou: “a resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”.
A declaração não apenas derrubou as ações do Credit Suisse que caíram ao menor patamar da história (- 24%), assim como gerou forte aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais, principalmente nas bolsas de valores da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil. Com o agravamento da crise no setor bancário internacional, reduziu-se ainda mais a probabilidade de que o Federal Reserve aumente a taxa de juros em 0,25 p.p., como estava sendo esperado até ontem. Da mesma forma, as expectativas de aumento das taxas de juros pelo BCE em 0,5 p.p. também recuaram.
Diante da possibilidade de que a política monetária seja menos contracionista que o esperado, ou seja, que o Fed e o BCE interrompam o processo de aumento da taxa de juros, as bolsas de valores, que tinham começado o dia em forte queda, recuperaram parte de suas perdas e as taxas de juros caíram fortemente ao longo do dia. Ao mesmo tempo, a busca por segurança e o aumento da aversão ao risco, aumentou a demanda por Dólares, gerando forte valorização da moeda americana contra as moedas de países desenvolvidos e de países emergentes, inclusive do Brasil.
Este cenário significa uma mudança de prioridades para os bancos centrais do mundo. De combate à inflação para estabilidade financeira. O resultado será mais inflação e taxas de juros mais elevadas durante um período de tempo mais longo.
Renda Fixa
Com a forte queda no preço das commodities, os juros locais fecharam o dia em queda, com destaque para os vencimentos intermediários do DI futuro caindo 15bps.
Agora, já tem precificado com 50% de chance, um corte de 25bps na Selic no Copom de maio.
Cripto
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