Newsletter Genial Bom Dia

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Publicado em 27 de Junho às 14:04:49

Derrota do IOF aumenta a pressão sobre a meta fiscal de 2026

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segubda

Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 27 de junho.

Na edição de hoje  

Quando o governo achava que tinha um plano de ajuste na mão, o Congresso “puxou o tapete”. A derrubada do decreto do IOF tira R$ 20 bilhões do orçamento de 2026 e reabre o debate sobre uma possível revisão da meta fiscal. 

O mercado entendeu o recado: Brasília segue imprevisível. 

Mas nem tudo foi estresse — o IPCA-15 de junho veio melhor do que o esperado e deu força à queda dos juros futuros. 

O Ibovespa subiu quase 1%, o dólar recuou e os DIs caíram ao longo da curva, com alívio adicional vindo de um déficit primário menor que o previsto. 

Lá fora, o clima também ajuda: investidores apostam em cortes do Fed após sinais de alívio na inflação americana. E o minério tenta se reerguer, embalado por uma demanda um pouco mais firme na China. 

Expresso Brasil e Mundo

Ibovespa:  O Ibovespa fechou esta quarta-feira em alta de 0,99%, aos 137.113,89 pontos, revertendo as perdas da véspera com um avanço de 1.346,60 pontos, impulsionado por alívio nos juros futuros e queda do dólar. A decisão do Congresso de derrubar o decreto presidencial sobre o aumento do IOF elevou a incerteza política, mas também foi lida como sinal de força legislativa diante do Executivo, o que mexeu com a percepção fiscal. O dólar comercial caiu 0,99%, a R$ 5,499. Já os DIs recuaram por toda a curva, com destaque para quedas de até 12 bps nos vértices intermediários, em meio à leitura benigna do IPCA-15 de junho e déficit primário menor que o esperado. Lá fora, a retração do PIB dos EUA no 1T25 foi compensada por uma leitura mais otimista dos investidores com relação à inflação e tarifas. Entre as ações, AZZA3 subiu 5,97% e NTCO3 4,97%, enquanto RENT3 caiu 7,28% e VAMO3 recuou 7,14%.

Juros futuros: Fecharam em baixa especialmente na ponta longa após um IPCA-15 abaixo das expectativas. O DI de janeiro/2026 fechou em queda de 1 ponto-base a 14,93%. Já os DIs com vencimento em janeiro/2027 e janeiro/2029 fecharam em queda de 4 e 10 pontos-base, respectivamente.

Mundo: Futuros do S&P 500 têm tem alta depois que o índice avançou para perto de recorde com aumento das expectativas para flexibilização do Fed. Índice global de ações da MSCI atingiu nova máxima.

Minério de ferro: Minério de ferro ruma ao primeiro avanço semanal em seis semanas, com sinais de demanda estável das siderúrgicas chinesas.

Petróleo: Petróleo avança nesta sexta-feira, mas caminha para o maior declínio semanal em dois anos após o cessar-fogo entre Israel e o Irã.

Em Destaque

BB Seguridade (BBSE3) | Prévia 2T25: Lucro Deve Avançar com Apoio do Financeiro e Queda de Sinistralidade

Setor Externo (Mai/25): Contas externas devem continuar apertadas até, pelo menos, o final do ano

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Junho 2025

Novos Conteúdos

Localiza (RENT3): IPI Verde em debate – risco real ou ruído exagerado?

Na manhã desta quinta-feira (26), alguns veículos de mídia divulgaram a notícia de que o governo federal estuda a criação de uma nova política de incentivo ao “carro popular” com isenção total do IPI para modelos nacionais 1.0 com menores emissões de carbono, dentro do escopo do que vem sendo chamado de “IPI Verde”. As ações da Localiza caem mais de 6% durante o pregão, refletindo temores de um novo impacto negativo nos preços de revenda da frota, movimento que nos parece exagerado. Entenda

» Leia o Relatório Completo

Economia
Por José Marcio Camargo

Mais uma leitura de IPCA15 favorável

Ontem foi divulgado o IPCA15 de junho, índice que funciona como uma prévia do IPCA oficial de junho, a ser divulgado em julho. A ideia do IPCA15 é antecipar o comportamento da leitura oficial do IPCA, de modo que os agentes de mercado e os formuladores de política econômica possam calibrar mais cedo melhor suas decisões.

» Leia o Relatório Completo

De olho nas Ações

As principais notícias do dia 27/06/25

EUA e China acertam detalhes de marco comercial em Londres

O que aconteceu?
O Ministério do Comércio da China confirmou que os governos dos EUA e da China fecharam os detalhes de um novo framework comercial, inicialmente acordado em Londres, alinhado com o consenso de Genebra. O acordo prevê a liberação de exportações de terras raras da China para os EUA, mediante o levantamento de certas restrições e contramedidas americanas. (CNBC e Genial)

Opinião Genial:
O acordo oferece respiro nos mercados globais, reduzindo barreiras em um setor crítico para semicondutores e tecnologias verdes. A promessa de acesso renovado a terras raras e a desconstrução gradual das restrições pode reduzir custos e riscos regulatórios. No entanto, a efetividade dependerá da confirmação por Trump e Xi e da implementação prática.


🧾 Política Fiscal
Derrota no IOF aumenta pressão para alterar meta fiscal de 2026

O que aconteceu?
O Congresso anulou o decreto que aumentava o IOF — medida que geraria R$ 12 bilhões em 2025 e R$ 20 bilhões em 2026. Sem esses recursos, cresce a pressão para revisar a meta fiscal de 2026, que exige superávit de 0,25% do PIB ou déficit zero. Mesmo com o IOF, analistas já estimavam a necessidade de cortes adicionais entre R$ 25 e R$ 30 bilhões. (Valor, Moneytimes e Genial)

Opinião Genial:
A revogação do aumento do IOF alivia o contribuinte, mas agrava o desafio fiscal. A revisão da meta parece inevitável. O governo pode recorrer a medidas como voto judicial, contingenciamento, dividendos de estatais e leilões de petróleo para mitigar o impacto orçamentário.


Petróleo & Gás
PETR4 | Leilão da PPSA tem seis vencedores e União arrecada R$ 28 bilhões

O que aconteceu?
No 5º Leilão da PPSA, seis empresas — Petrobras, Galp (com ExxonMobil), PetroChina, Equinor e Mataripe — arremataram 74,5 milhões de barris de petróleo do pré-sal (Mero, Búzios, Sépia e Itapu), arrecadando R$ 28 bilhões. O valor superou a expectativa de R$ 25 bilhões. Cerca de R$ 3 bilhões serão pagos ainda em 2025. (Valor e Genial)

Opinião Genial:
A arrecadação foi relevante do ponto de vista fiscal, mas os impactos nas empresas são limitados. A lucratividade para Petrobras, por exemplo, virá de margens modestas de revenda do petróleo adquirido (US$1–2/barril), sem efeitos transformacionais no case.

Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 48,00


Petróleo & Gás
BRKM5 | Proposta de Tanure depende de acordo definitivo sobre passivo em Alagoas

O que aconteceu?
Nelson Tanure condicionou uma proposta vinculante para aquisição da Braskem à resolução definitiva das compensações pelos danos causados pelo afundamento de solo em Maceió. A Braskem já desembolsou cerca de R$ 13 bilhões dos quase R$ 18 bilhões provisionados. (Valor Econômico e Genial)

Opinião Genial:
A exigência adiciona risco de execução ao negócio. A pressão para resolver o passivo pode acelerar o processo, mas também gerar cláusulas restritivas. Uma solução definitiva para o caso de Alagoas é essencial para destravar valor e reduzir o risco do papel.

Recomendação: Sem recomendação
Preço-alvo: R$ —


🚚 Transportes
Ecorodovias mantém a concessão da BR-101

O que aconteceu?
A Ecorodovias manteve a concessão da BR-101 via leilão de repactuação. A empresa foi a única interessada, oferecendo desconto de 0,05% na tarifa. Caso houvesse disputa, o novo operador pagaria R$ 320 milhões à companhia. A concessão foi estendida até 2048, com previsão de CAPEX de R$ 7 bilhões. (Ecorodovias e Genial)

Opinião Genial:
Notícia positiva e já esperada. A TIR foi de 9,21% e a concessão gera EBITDA próximo de R$ 100 milhões, podendo chegar a R$ 300 milhões até 2026.

Recomendação: Sem cobertura


🏦 Financeiro
BMGB4 | Bmg aprova novo programa de recompra de ações

O que aconteceu?
O Conselho de Administração do Bmg aprovou novo programa de recompra, autorizando a aquisição de até 12,96 milhões de ações preferenciais (10% do free float). As ações poderão ser mantidas em tesouraria, canceladas, revendidas ou usadas em planos de remuneração. O programa é válido até 21 de dezembro de 2026. (Bmg e Genial)

Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 4,40

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