Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta segunda-feira, 15 de setembro.
Ar saiu do câmbio
Mercado aliviado: sem novas retaliações dos EUA e sem ruído interno, o dólar murchou para R$ 5,35. O real foi a estrela entre as moedas mais líquidas do mundo
Resumo do dia
O Ibovespa caiu 0,61%, aos 142.271 pontos, em ajuste após recorde na véspera e sob pressão dos bancos, que lideraram as perdas. O dólar recuou a R$5,37, no menor nível desde janeiro, enquanto os juros cederam. No pano de fundo, o mercado digeriu a condenação de Bolsonaro pelo STF a 27 anos de prisão, em decisão que elevou tensões políticas e trouxe reação imediata dos EUA.
Entre as ações, Itaú (ITUB4), Embraer (EMBR3) e BTG Pactual (BPAC11) pesaram no índice, assim como quedas mais fortes de Yduqs (YDUQ3), Vamos (VAMO3) e Gerdau (GGBR4). Na ponta positiva, destaque para RD Saúde (RADL3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3), que avançaram em meio a pregão esvaziado de catalisadores locais.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa encerrou a sexta-feira em queda de 0,61%, aos 142.271,58 pontos, revertendo parte dos ganhos recentes e acumulando baixa semanal de 0,26% após cinco semanas consecutivas de alta, em movimento marcado por realização de lucros e cautela diante da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que elevou as tensões diplomáticas com os EUA e gerou temor de sanções adicionais.
Juros futuros: Fecharam em leve queda na ponta longa, com o mercado ainda digerindo a pena de 27 anos a Bolsonaro.
Mundo: Futuros de NY operam de lado e bolsas da Europa iniciam a semana em alta com expectativa de cortes de juros pelo Fed. Índices europeus avançam com impulso de ações de empresas de luxo.
Minério de ferro: Minério de ferro recua com desaceleração da atividade da China maior do que as expectativas em agosto e com preços mais baixos das casas no país, o que obscureceu as perspectivas de demanda.
Petróleo: O petróleo sobe moderadamente em meio à avaliação do impacto dos ataques às refinarias russas. A Ucrânia lançou pelo menos 361 drones, sugerindo disposição de perturbar os mercados internacionais de petróleo.
Destaques
Expresso Bolsa Semanal: Decisão do FED; “Pouso Suave”; Fraqueza do Dólar
Apesar das tensões, o cenário global manteve viés positivo, com a perspectiva de um “pouso suave” da economia americana.
Economia
Por José Marcio Camargo
ApDecisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil
Semana de decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. Nos Estados Unidos, as expectativas dos investidores são o reinício do processo de queda da taxa básica de juros no país, apesar de os dados referentes ao mercado de trabalho e à taxa de inflação sejam preocupantes. No Brasil, a expectativa é de manutenção da SELIC em 15,0% ao ano.
⌕ Leia o relatório completo aqui
Skin in the Game
Por Ygor Bastos
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As principais notícias do dia 15/09/25
🥩 Alimentos (frigoríficos)
JBSS3 | Missão chinesa avalia reabertura do mercado de frango brasileiro
O que aconteceu? O CEO da JBS, Sr. Gilberto Tomazoni, afirmou que uma missão chinesa deve visitar o Brasil ainda em setembro para avaliar a retomada das exportações de carne de frango, suspensas desde maio após um caso de gripe aviária em granja de Montenegro (RS). A delegação deve realizar inspeções in loco, consideradas etapa fundamental para a reabertura do mercado chinês. Sr. Tomazoni destacou que os protocolos de biossegurança têm evitado impactos relevantes na produção comercial e que a decisão de retomada depende hoje mais de acordos políticos e técnicos do que de barreiras sanitárias. Ele também reiterou o potencial estrutural de crescimento da demanda global por proteínas, ressaltando a diversificação geográfica das exportações brasileiras para mercados emergentes e premium como Indonésia, Vietnã, Japão e Coreia do Sul. Em relação às tarifas dos EUA, avaliou que o impacto é limitado para o grupo, embora possa pressionar margens em algumas operações da Friboi (Valor e Genial).
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🏦 Financeiro
Banco Master deve apresentar alternativas ao BC na próxima semana
O que aconteceu? O controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, deverá apresentar ao BC, nos próximos dias, alternativas após o veto ao acordo com o BRB. Segundo o Valor, algumas ideias já foram discutidas com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, mas nenhuma proposta formal foi protocolada até agora. O regulador teria sinalizado a expectativa por um plano concreto em breve, enquanto no mercado cresce a percepção de que, sem uma solução, o risco de intervenção no Master aumenta. (Valor e Genial)
⚡ Energia Elétrica
CMIG4 | Cemig celebra acordo em dissídio coletivo sobre plano de saúde
O que aconteceu? Cemig comunicou ter firmado acordo com os sindicatos SINDSUL e FTIUMG referente ao dissídio coletivo do plano de saúde PSI da Cemig Saúde. O acordo prevê o pagamento de indenização compensatória de até R$ 1,25 bilhão, a ser quitado em 6 parcelas até 2030, contemplando 15.496 aposentados, pensionistas e ativos vinculados ao plano em fevereiro de 2025. O termo ainda depende de homologação pelo TRT da 3ª Região e terá natureza resolutiva, abrangendo os representados e eventuais aderentes ao acordo. (Fonte: Cemig + Genial Investimentos)
Opinião Genial: O impacto imediato é negativo no caixa, dado o volume relevante da indenização. Entretanto, é importante mencionar tal evento elimina risco contingencial elevado e recorrente, trazendo previsibilidade aos passivos da companhia. Além disso, o parcelamento até 2030 dilui o efeito financeiro no curto prazo, permitindo que a companhia mantenha capacidade de investimento e dividendos.
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⛽ Petróleo & Gás
PETR4 | Petrobras amplia presença exploratória em São Tomé e Príncipe
O que aconteceu? A Petrobras concluiu a aquisição de 27,5% de participação no Bloco 4, em São Tomé e Príncipe, integrando consórcio formado pela Shell (30%, operadora), Galp (27,5%) e ANP-STP (15%). A companhia já operava no país desde fevereiro de 2024, quando adquiriu participações nos blocos 10 (45%), 11 (25%) e 13 (45%). A operação está alinhada ao Plano Estratégico 2025-2029 e visa reforçar a recomposição de reservas em novas fronteiras exploratórias internacionais. (Fonte: Petrobras + Genial Investimentos)
Opinião Genial: Apesar de não ser uma aquisição expressiva, consideramos o evento agri-doce para tese da empresa. A empresa precisa investir em novos blocos exploratórios a medida que a produção do pré-sal deve começar a declinar a partir de 2030. Entretanto, a não-aprovação do licenciamento ambiental para exploração da margem equatorial (uma solução doméstica e com alto potencial) ainda não se materializou, obrigando a empresa a recorrer a soluções que consideramos menos interessantes.
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