Newsletter Genial Bom Dia

Análises, notícias e recomendações para as principais ações da bolsa de valores. A Newsletter Genial Bom dia é a dose de informação diária de todo o investidor, com conteúdo sobre economia, ações, empresas, criptos e muito mais!

Publicado em 10 de Março às 09:45:00

Em compasso de espera

  • Ibovespa

    105.071

    (-1,38%)

    Fechamento

  • Bitcoin

    19.830

    (-8,41%)

    Mercado 24h

  • S&P 500

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    Mercado 24h

IPCA e Payroll devem dominar o humor do mercado nessa sexta-feira

Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Tenda (TEND3), Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), 3R Petroleum (RRRP3), B3 (B3SA3) e Azul (AZUL4).

Expresso Bolsa

O Ibovespa fechou a quinta-feira em baixa de -1,38%, alcançando os 105,0k. O principal índice da bolsa brasileira acompanhou seus pares externos no último pregão. A expectativa para a divulgação dos dados do relatório de emprego nesta sexta-feira nos EUA manteve os investidores nos EUA cautelosos na última sessão.

No cenário local, apesar do desempenho do Ibovespa, o dia foi marcado por mais uma queda na curva futura de juros local. Notícias sobre a possibilidade de um novo arcabouço fiscal ser anunciado nos próximos dias ajudou no fechamento da curva futura de juros local.

Novos relatórios

Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) | Resultado 4T22: Entraram dois elefantes na sala

Tenda (TEND3) | Resultado 4T22: Fraco e queda de mais 15% no Patrimônio Líquido

Carteira Recomendada de Renda Fixa – Março 2023

 CAGED (jan/23) | Criação de vagas formais surpreende positivamente o mercado 

O que aconteceu no mercado?

VALE3
Vale conclui a venda da CSP

Em operação conjunta com alguns sócios, a Companhia vendeu sua respectiva participação na Companhia Siderúrgica do Pecém (“CSP”) para a ArcelorMittal. Pelos termos acordados, o valor da transação foi de US$2,2b, que será utilizado para pagar antecipadamente o saldo devedor da dívida líquida de US$2,3b. A transação reforça a estratégia da Vale de simplificação de portifólio, com foco nos principais negócios e oportunidades, com uma alocação de capital disciplinada. (Vale e Genial)

CONSTRUTORAS
Rui Costa cita novo teto do faixa 1

Nesta semana, o Ministro da Casa Civil Rui Costa citou que o teto do valor do imóvel para o faixa 1 será de R$ 180k. Os rumores anteriores diziam, em primeiro momento, em R$ 150k e depois chegou aos R$ 170k. Na nossa visão, esta fala é muito positiva por dois motivos: (i) para algumas construtoras, o valor se aproxima do que já praticam no mercado, possibilitando o enquadramento no faixa 1, apesar do desenho atual do MCMV não levar confiança para as construtoras (leia-se: possibilidade de inadimplência do governo); e (ii) o teto do faixa 1 se aproxima do teto do faixa 3 (R$ 264k em São Paulo/Rio de Janeiro/DF), pressionando por uma possível revisão do teto desta faixa, o que seria extremamente positivo para Cury/Direcional/RNI ao enquadrar mais unidades que hoje estão imediatamente acima do limite do MCMV. (Estadão e Genial)

INADIMPLÊNCIA
Endividamento brasileiro

Conforme divulgado pela Serasa em jan/23, mais de 70m de brasileiros estão inadimplentes de alguma forma, seja com bancos, lojas, serviços de utilidades públicas e outros. As dívidas em atraso acumularam o montante recorde desde 2016 de R$ 323,3b, alta expressiva de 24% a/a. O aumento recorde de inadimplência foi ocasionado pela alta dos juros e pela forte inflação, que corrói a renda das famílias. (Estadão e Genial)

PETR4
Novos Acordos

Presidente da Petrobras assinou com a Shell um acordo com objetivo de identificar potenciais oportunidades do upstream, compartilhar experiencias e melhores práticas na redução de carbono (Bloomberg e Genial).

RRRP3
Confiança!

Em sua teleconferência de resultados, a 3R demonstrou confiança na conclusão do Polo Potiguar. De acordo com o management, não existe nada no contrato assinado que pudesse indicar o contrário. O ativo corresponde a mais de 40% das reservas provadas e empresa (Valor e Genial)

B3SA3
Menos renda fixa! Culpa da Americanas?

A B3 reportou os destaques operacionais de fev/23 que apresentaram um leve aumento de 3,6% m/m no volume financeiro médio diário no segmento de ações, atingindo R$ 26,5b, mas com forte queda de –19,1% a/a. O segmento de renda fixa, apresentou queda de –14% m/m em novas emissões, acreditamos ser reflexo do caso de Americanas. Já na comparação a/a, as novas emissões cresceram +11,8%. Ainda, o número de CPFs segue aumentando atingindo 5,25m (+0,4% m/m e +23,4% a/a). (B3 e Genial)

SAÚDE
Enfermeiros preparam paralisação nacional

Os enfermeiros e enfermeiras brasileiros marcaram uma paralisação para essa sexta-feira (10/03) como forma de pressão para que o governo resolva os impasses relacionados ao piso da enfermagem. A lei que define um piso salarial para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi sancionada no final do ano passado, mas está suspensa após o STF definir que fontes de financiamento precisavam ser encontradas para o aumento de custos com a lei. O setor privado também demonstra grande preocupação com a aprovação da lei, uma vez que ainda não há contrapartida para o choque nos custos dessas entidades. Entre algumas propostas, a mais pedida por agentes do setor privado seria a desoneração da folha de pagamentos, que ainda não foi confirmada pelo governo. (Jota Saúde e Genial)

AZUL4
Números bons, mas dúvida sobre repasse de preços ainda persiste

Em fevereiro, o volume total de passageiros transportados (RPK) da Azul foi de 2,6b, +25,9% a/a e -22,6% m/m. A oferta total de assento (ASK) foi de 3,3b, +25,6% a/a e -18,5% m/m. A taxa de ocupação foi relativamente maior em relação a 2022, finalizando o mês em 78,2% contra 78% no mesmo mês do ano passado. A Azul segue em patamares superiores que os pré pandemia. Nossa dúvida, no entanto, segue sendo em relação ao Yield, visto que estamos levemente mais pessimistas que as companhias aéreas, e acreditamos que o repasse de preços deve ser mais difícil do que o previsto por elas. (Azul e Genial)

De olho na economia

Em compasso de espera

Após um dia bastante positivo, os ativos financeiros tiveram um comportamento volátil no dia de ontem, em compasso de espera do dado de emprego nos Estados Unidos, que será divulgado hoje e deverá definir os próximos passos do Federal Reserve, o banco central americano, quanto à evolução da taxa de juros no país, e da divulgação do novo arcabouço fiscal que irá substituir o teto do gasto público no Brasil.

Os indicadores antecedentes do mercado de trabalho na economia americana estão mostrando um comportamento misto. De um lado, a geração de empregos no setor privado veio acima do esperado pelos analistas (242 mil versus 205 mil) e os salários mostraram variação de 7,2% em termos anuais no mês de fevereiro. Foram gerados 10,8 milhões de postos de trabalho em fevereiro, uma queda em relação aos 11,234 milhões gerados em janeiro, mas ainda assim, um número relativamente elevado. Por outro lado, o número de pedidos de auxílio desemprego aumentou em 21 mil na semana, para 211 mil, contra expectativas de 195 mil por parte dos analistas.

No Brasil, a expectativa quanto à divulgação do novo arcabouço fiscal domina o cenário. Uma primeira versão da proposta foi enviada pelo Ministério da Fazenda para o restante da equipe econômica e, assim que for aprovada, será apresentada ao presidente da República para aprovação final. Existe pouca informação sobre o teor do documento, mas a expectativa entre os investidores é que o novo arcabouço seja mais direcionado para aumentar as receitas tributárias que para controlar os gastos públicos.

A divulgação do novo arcabouço fiscal é um fator importante na definição do futuro da política monetária no país. Para os investidores, uma sinalização de busca de equilíbrio fiscal capaz de evitar o aumento das expectativas para a inflação em horizontes mais longos, permitiria o início do processo de redução da taxa SELIC no segundo semestre de 2023.

Renda Fixa

Mesmo com o maior leilão do tesouro dos títulos pré fixados no ano, o que geraria uma elevação nas taxas, foi mais um dia de rally de fechamento nos DIs futuros.

Após encontro com Haddad, Simone Tebet disse que a nova regra “vai agradar a todos, inclusive ao mercado”, já que mostra preocupação com a responsabilidade fiscal, o déficit primário e a estabilização da dívida/PIB.

Mas, o principal driver de todo esse movimento, é a elevação no risco de crédito na economia, que já dá sinais de arrefecimento na atividade. As chances de um corte de 25bps da Selic em maio subiram para 40%, com um ciclo total do ajuste de 250bps.

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