Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta segunda-feira, 28 de julho.
Na edição de hoje
Sem acordo com os EUA, a tarifa de 50% pode bater à porta a qualquer momento — e o Ibovespa já sente o baque.
Na indústria, a Usiminas corta o CAPEX pra tentar estancar a sangria do EBITDA.
No crédito, o INSS freia o consignado com a biometria obrigatória.
E no petróleo, a trégua tarifária entre EUA e UE dá fôlego ao barril e ao dólar.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa recuou 0,21% nesta sexta-feira, encerrando aos 133.524 pontos, em um pregão marcado por baixo volume e persistente aversão ao risco, diante da proximidade da implementação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Sem avanços concretos nas negociações diplomáticas, o ambiente segue contaminado por incertezas, com investidores ponderando os potenciais efeitos econômicos da medida, que podem incluir queda nas exportações, redução do PIB e perda de empregos. No exterior, a melhora no sentimento em Wall Street, com novos recordes para S&P 500 e Nasdaq, pouco ajudou a B3.
Juros futuros: Fecharam em alta com a possibilidade do anúncio de uma nova base legal pelos EUA para justificar as tarifas. O DI com vencimento em janeiro/2026 fechou estável em 14,93%. Já os DIs com vencimentos em janeiro/2027 e janeiro/2029 fecharam em alta de 3 e 4 pontos-base, respectivamente.
Mundo: Bolsas da Europa, futuros dos índices em Nova York sobem com o acordo entre ao bloco econômico do continente e o governo americano, que alivia os temores de uma guerra comercial mais ampla. Acordo anunciado por Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no domingo, taxa em 15% a maioria das exportações dos países do grupo.
Minério de ferro: Minério de ferro cai após cinco semanas de alta com medidas para reduzir excesso de oferta na China contrabalançadas pelo aumento da produção no Brasil e Austrália.
Petróleo: Petróleo sobe apoiado pelo acordo comercial entre os EUA e UE e possível extensão da pausa tarifária entre EUA e China, em um cenário de dólar americano mais forte e menores importações pela Índia.
Em Destaque
CSN (CSNA3) & CMIN (CMIN3) | Prévia 2T25: Tentando uma estratégia diferente
Multiplan (MULT3) | Resultado 2T25: Não só uma administradora de shoppings…
Vale (VALE3) | Prévia 2T25: Uma gota de demanda em um oceano de oferta
Novos Conteúdos
Usiminas (USIM5) | Resultado 2T25: EBITDA cansou, CAPEX faz o trabalho sujo
Os números vieram levemente acima das expectativas em volumes, mas com piores preços realizados na divisão de aço, o trimestre foi fraco, e mesmo que o consenso já esperasse números anêmicos, a companhia não conseguiu atingir as expectativas para o EBITDA, que ficou em R$408m (-8% vs. Est; -44% t/t), o corte do guidance de CAPEX 25E para R$1,2–1,4b (vs. R$1,4–1,6b ant.) parece ser uma resposta ao ambiente de baixa geração de FCF via EBITDA.
Banco do Brasil (BBAS3) | Prévia 2T25: Pressão Sobre Resultados Deve se Intensificar
Esperamos que o Banco do Brasil (BB) entregue o desempenho mais fraco entre os bancos incumbentes no 2T25.
Setor Externo (Jun/25): Déficit em transações correntes volta a superar o investimento direto
No mês de junho, as transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$ 5,1 bilhões, ante resultado negativo de US$ 3,4 bilhões no mesmo mês de 2024.
Economia
Por José Marcio Camargo
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De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 28/07/25
🏦 Financeiro
Consignado INSS tem queda de 67% após implementação de biometria obrigatória
O que aconteceu? A exigência de biometria obrigatória para liberação de crédito consignado pelo INSS provocou uma forte retração nas contratações, que caíram 67% entre abril e junho, segundo a ABBC. Apenas entre abril e maio, a queda foi de 65%. Em comparação com o mês de janeiro — quando foram registradas 4,2 milhões de operações — a retração chega a 82%. A medida foi implantada após determinação do TCU, com objetivo de evitar fraudes nas concessões. (Valor e Genial)
🚚 Transportes
Edital da Rota Sertaneja é aprovado pela ANTT
O que aconteceu? A ANTT aprovou o edital da concessão da BR-153/262/GO/MG, com extensão de 530,6 km, a chamada Rota Sertaneja. São previstos R$10 bilhões em investimentos. O leilão está marcado para ocorrer no dia 6 de novembro. A companhia vencedora do certame deverá desembolsar R$5,6 bilhões em obras de ampliação de capacidade e R$4,2 bilhões em serviços operacionais. A concessão terá um prazo de 30 anos.
Opinião Genial: A Rota Sertaneja tem um foco claro nas atividades do agronegócio: interliga polos de produção como o Sudoeste Goiano com a região do Triângulo Mineiro. O certame deve apresentar algum nível de concorrência dada a exposição à produção agrícola e também às vias de exportações via ferrovias e conexões com o Sudeste. A Ecorodovias já opera trechos importantes dessa região, através das concessões Minas Goiás e Cerrado. A companhia não publicou oficialmente um interesse no leilão, mas entendemos que entre os players listados, ela é a que apresentaria maior sinergia operacional com a Rota Sertaneja.
⛽ Petróleo & Gás
PETR4 | Preços do petróleo sobem após acordo histórico de tarifas entre EUA e UE
O que aconteceu? Estados Unidos e União Europeia chegaram a um acordo comercial histórico que impõe tarifas de cerca de 15% sobre produtos europeus, reduzindo um risco maior de confronto tarifário. O pacto inclui compromissos substanciais da UE para priorizar compras de energia dos EUA, além do envio de equipamentos militares. A medida trouxe mais clareza à política comercial e reduziu incertezas para os mercados globais. Consequentemente, os preços do petróleo subiram: o Brent avançou cerca de 0,3% até US$ 68,64/barril, e o WTI subiu 0,23% até US$ 65,31/barril (Oil price e Genial).
Opinião Genial: O acordo entre EUA e UE fortalece a confiança do mercado internacional, reduzindo o risco de guerra comercial e sinalizando estabilidade para a demanda energética global. O cenário reforça visibilidade favorável de curto prazo, especialmente se combinada a menor atividade de sondas nos EUA e tensão geopolítica moderada. Sendo assim, esse acordo acaba por mitigar – ainda que parcialmente – os efeitos do “liberation day” nos preços do petróleo.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 48,00
⛽ Petróleo & Gás
PETR4 | Sondas de petróleo segue em queda
O que aconteceu? O número total de sondas em operação nos Estados Unidos recuou pela 12ª vez em 13 semanas, atingindo 542 unidades, o menor patamar desde outubro de 2021. Foram 415 sondas de petróleo (queda de 7 unidades) e 122 de gás natural (alta de 5 unidades), segundo dados divulgados pela Baker Hughes. A produção total, no entanto, segue resiliente, com projeções da EIA indicando que os EUA devem alcançar 13,4 milhões de barris por dia em 2025. (Genial e Bake Hugues)
Opinião Genial: A redução contínua nas atividades de perfuração reforça a postura cautelosa dos produtores diante da volatilidade dos preços. Acreditamos que essa informação somadas a tantas outras, deve fazer com que os preços do petróleo permaneçam nos atuais patamares – ao menos por enquanto.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 48,00
🏡 Imobiliário
LOGG3 | Log CP anuncia venda de mais um galpão
O que aconteceu? A Log CP anunciou a venda de um galpão próximo ao aeroporto de Brasília para o grupo HOC, uma joint venture entre a Huma Capital e a Oaktree. A venda se dará por R$ 163,6m, representando uma margem bruta de 27% e preço/m² de R$ 3361/m². A venda segue o planejamento estratégico da companhia, o “Log por 2 milhões”. (Log CP e Genial)
🏥 Saúde
RDOR3 | Rede D’Or fecha joint‑venture com a americana Next Oncology para trazer estudos de fase 1 ao Brasil
O que aconteceu? Rede D’Or firmou acordo com a Next Oncology para abrir, em São Paulo, o primeiro centro latino‑americano dedicado a ensaios clínicos de fase 1 em terapias oncológicas de ponta; a operação será conduzida pela Oncologia D’Or e pelo IDOR, com início dos estudos em até três meses, elevando o fluxo de pacientes de alta complexidade, reforçando a reputação científica da rede e abrindo novas fontes de receita em pesquisa e parcerias farmacêuticas (Reuters e Genial).
