Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Prio (PRIO3), Movida (MOVI3), XP (XPBR31), Assaí (ASAI3), GPA (PCAR3) e Aliansce Sonae (ALSO3).
Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de +0,36%, alcançando os 101,8k. No cenário externo, os temores a cerca de uma recessão global foram renovados. Dados de vagas em aberto nos EUA vieram abaixo do esperado, demonstrando uma possível desaceleração da maior economia do mundo. Com isso, os índices americanos tiveram um dia de queda.
Já no cenário local, os investidores continuam reagindo ao noticiário relacionado ao arcabouço fiscal. Os principais destaques positivos do índice foram: Rede D’Or (RDOR3) +4,55%, Prio (PRIO3) +4,48% e Hypera (HYPE3) +4,04%. Já as maiores baixas do dia foram: CVC (CVCB3) -5,37%, Via (VIIA3) -4,42% e 3R (RRRP3) -3,54%.
Novos relatórios
Atualização Carteira Recomendada TOP AÇÕES 2023 | Diversificando para elétricas e financeiras
Prio (PRIO3) | Nova Certificação de Reservas!
O que aconteceu no mercado?
Saneamento: Decretos com alterações a essência do marco do saneamento!
E ai? De acordo com o Valor, o governo federal deve publicar decretos que alteram a essência do atual Marco do Saneamento.
O que seria? Dentre as mudanças previstas, citamos a possibilidade de prestação do serviço de água e esgoto e possibilidade de contratação de limpeza urbana sem necessidade de licitação. Por último, citamos a eventual mudança da Agência Nacional de Águas como regulador do setor.
O que achamos? Achamos os eventos negativos e deve funcionar como um retrocesso em relação ao que foi determinado no Novo Marco do Saneamento em 2020 e prejudicar a universalização dos serviços de água e esgoto.
Movida (MOVI3): Fusão no radar?
O boato: Segundo fontes, a Movida e a Nova Unidas estão conversando sobre uma possível fusão entre as duas empresas. Algo que seria uma resposta imediata ao processo realizado entre Localiza e Unidas no ano passado.
Como ficariam as empresas? Mesmo juntas, as empresas ainda assim não conseguiriam tomar o primeiro lugar em frota, ficando com aproximadamente 280k veículos, enquanto a Localiza, líder do setor, possui algo próximo a 450k. No entanto, qualquer tipo de ganho de escala seria positivo para a Movida, resultando em maior penetração no mercado de aluguel de veículos e maior poder de barganha com as montadoras.
O que esperar? Segundo fontes, a fusão ocorreria através de uma troca de ações entre as companhias, o que faria com que não fosse necessária a emissão de mais dívidas, aumentando ainda mais a alavancagem da Movida. Por outro lado, caso o boato se confirme, ainda não sabemos ao certo qual seriam as condições impostas pelo CADE para que o processo de M&A ocorra. Lembramos que para a fusão entre Localiza e Unidas, foi necessária a transferência de 182 lojas e 49k veículos. Apesar do ganho de escala, o fato da Unidas ter ficado com uma base de ativos mais velha e voltada principalmente para o RAC, nos faz pensar que a fusão seria algo negativo, visto que os ativos exigiriam mais manutenção e aumentariam o CAPEX da Movida, que precisaria renovar esses novos ativos.
BANCOS
Início do programa “Desenrola”
O programa do governo, que procura auxiliar a renegociação das dívidas privadas para pessoas com renda de até dois salários-mínimos terá um depósito de R$ 15b, no qual R$ 11b já estão separados. Fernando Haddad afirmou que o “Desenrola” já possui medida provisória e será publicada assim que concluir o sistema operacional. Entendemos que o programa deve beneficiar os bancos e empresas de utilidades, uma vez que contará com a garantia e recursos do governo brasileiro. (Broadcast e Genial)
XPBR31
Criação de uma nova corretora!
Foi anunciada a fusão da Messem e Faros, escritórios de agentes autônomos ligados à XP, para a criação de uma nova corretora. Os escritórios juntos detêm R$ 65b de ativos totais, 50k investidores e presença em 10 estados brasileiros, com potencial de ser uma das maiores corretoras independentes do país. Na transação ficou definido que a XP ficará com 42% do negócio, enquanto Messem e Faros ficarão com 58% da nova empresa. (Valor e Genial)
ASAI3
Comentários sobre a AGE
Durante a AGE que ocorreu ontem, o CEO do Assaí, Belmiro Gomes, abordou diversos tópicos, incluindo os programas de PPR (Programa de Participação nos Resultados), a apresentação dos candidatos ao conselho e o programa de investimentos do Grupo. Em nossa opinião, o cronograma de expansão do Assaí não sofrerá mudanças imediatas. No entanto, caso ocorra uma revisão do cenário macro, com aumentos significativos na taxa Selic, isso poderia influenciar na abertura de novas lojas. Belmiro negou os rumores sobre uma oferta primária e destacou que a empresa é capaz de obter recursos sem recorrer à contração de dívidas ou ao mercado. (Assaí e Genial)
PCAR3
Avanços na segregração de negócios com o Éxito
O GPA concluiu uma etapa importante no processo de segregação dos negócios da empresa e do Almacenes Éxito. A companhia anunciou que a CVM e a B3 deferiram o pedido de registro do Éxito como companhia aberta e o pedido para listagem da companhia e introdução da negociação dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) de sua emissão na B3. O GPA ressaltou que, apesar da conclusão dessa etapa, a implementação efetiva da transação ainda depende da conquista do registro do programa de American Depositary Receipts (ADRs) Nível II do Éxito na SEC e de autorizações dos órgãos reguladores colombianos para a transferência dos ADRs e BDRs do Éxito para acionistas do GPA. A empresa espera que isso ocorra no segundo trimestre de 2023. (GPA e Genial)
ALSO3
Expectativa de dividendos
A Aliansce Sonae divulgou que pretende distribuir pelo menos 50% do FFO Ajustado (AFFO, similar à geração de caixa) na forma de dividendos em 2023. Pelas nossas nossas estimativas, este valor deve representar um dividend yield de ~6,5%. Para efeito de comparação, a ALSO deve distribuir 25% do AFFO referente aos resultados de 2022 em um montante equivalente a R$ 292m, aproximadamente 3% de dividend yield. (Aliansce Sonae e Genial)
Auto
Vendas de automóveis em recuperação?
A Fenabrave divulgou os dados de emplacamentos relativos a março. Ao todo, foram registrados 146,1k automóveis leves (+52,56% m/m e +35,07% a/a). Já os comerciais leves somaram 40,4k unidades (+68,71% m/m e +51,42% a/a). Por fim, tivemos 8,4k implementos emplacados (+40,6% m/m e +23,4% a/a). O grande crescimento tanto anual quanto mensal se dá principalmente por bases comparativas fracas. No entanto, considerando o cenário de juros atual e o enfraquecimento relativo da demanda por automóveis, julgamos o crescimento positivo. (Fenabrave e Genial)
De olho na economia
Economia norte-americana dá sinais de desaceleração
Apesar da crise bancária recente aparentemente ter sido contida, os seus impactos sobre a concessão de crédito e, consequentemente, sobre a atividade ainda são altamente incertos. O que se sabe é que a realização do tão desejado “pouso suave” da economia americana se tornou mais difícil. A conjuntura do início do ano, no qual os dados relativos a atividade e a inflação vinham, ambos, extremamente fortes deve dar lugar a um cenário de atividade mais fraca e inflação mais persistente. Os primeiros sinais disso começaram a aparecer na semana passada, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE price index) de fevereiro, e nessa semana com alguns dados de atividade e mercado de trabalho.
O PCE mostrou que apesar do arrefecimento das métricas de inflação cheia e subjacente, a resiliência mostrada pela inflação de serviços, que acelerou na métrica anual, continua a impedir que um processo de desinflação mais abrangente ocorra. No tocante a atividade, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial foi uma surpresa negativa, recuando para 46,3 em março, quando a estimativa do mercado era de 47,5. Os gastos com construção também frustraram as expectativas, contraindo 0,1% m/m em fevereiro, ante projeção de estabilidade (0,0%). Adicionalmente, as encomendas à indústria caíram 0,7% m/m em fevereiro, enquanto a previsão era de contração de apenas 0,5%. Já no que diz respeito as estatísticas do mercado de trabalho, a abertura de postos (JOLTS) recuou de 10,6 milhões em janeiro para 9,9 milhões em fevereiro.
Com mais dados importantes do mercado de trabalho a serem divulgados ao longo dessa semana (ADP e payroll), serão obtidos mais indícios de se o cenário que vigorava no início do ano (dados mais pujantes de emprego e atividade) ficou, de fato, para trás. Dado o cenário do setor bancário, em sua última reunião o banco central norte-americano (Fed) deixou de se comprometer com mais altas de juros, o que deve dar um alívio para a atividade, embora pelo menos mais uma alta de 25 pontos-base ainda seja dada como praticamente certa pelo mercado.
Renda Fixa
Em dia de agenda doméstica esvaziada, os juros locais basicamente seguiram o movimento nos juros americanos. Os juros das treasuries fecharam com a elevação do risco de recessão após dados de atividade mais fracos, e os DIs longos fecharam o dia caindo 10bps em média.
O mercado está em compasso de espera pela chegada do texto da nova âncora fiscal ao Congresso e opera ainda no suspense pelos próximos dois dados decisivos para o Fed, que é o payroll, na sexta, e o CPI, que sai na semana que vem.
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