Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Anima (ANIM3), Weg (WEGE3), Tupy (TUPY3), Rede D’Or (RDOR3), Hapvida (HAPV3), Natura (NTCO3), Porto (PSSA3), Méliuz (CASH3) e BRF (BRFS3).
Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de +0,85%, alcançando os 99,6k. No mercado externo, o First Citizen Bank comprou o SVB, apoiado pela entidade garantidora de crédito dos EUA, a FDIC. Com isso, o temor de uma crise bancária global arrefeceu pelo mundo.
Já no cenário local, a expectativa é para a ata da última reunião do Copom, que será divulgada nessa terça-feira. Os maiores destaques de alta do dia no índice foram: Petrorio (PRIO3) +4,43%, Raízen (RAIZ4) 4,15% e Braskem (BRKM5) +3,92%. Já as principais quedas do índice no dia foram: CVC (CVCB3) -5,43%, Yduqs (YDUQ3) -3,18% e Azul (AZUL4) -2,91%.
Novos relatórios
Anima (ANIM3) | Resultado 4T22: Mistos; Impactado por não-recorrente
WEG (WEGE3) | Insights da visita à fábrica de transformadores de Betim
Tupy (TUPY3) | 4T22: trimestre sólido e um futuro promissor! A história se repete…
Rede D’Or (RDOR3) | Ainda sem SULA!
O que aconteceu no mercado?
Hapvida (HAPV3): Levantando capital
O fato. A Hapvida irá vender 10 hospitais em uma operação de Sale&Leaseback por um valor de R$ 1,25b. Os hospitais serão vendidos para a família Pinheiro, controladora da Hapvida e alugados a uma taxa de 8,5% ao ano (~R$ 106m/ano) ajustado pelo IPCA.
E o follow-on? Além da venda dos hospitais a companhia confirmou o estudo de um follow-on de até 395m de ações (~R$ 870m no preço de hoje) com ancoragem da família Pinheiro em até R$ 360m.
Isso é ruim? Um dos problemas da operação seria o conflito de interesse pela venda dos hospitais para a própria controladora. No fato, a companhia deixa claro que o processo de venda foi competitivo e, no final, a família Pinheiro fez a melhor oferta pelos hospitais. Ainda assim, pelas nossas contas a transação saiu a ~R$ 900k/leito, abaixo da média das transações de hospitais no passado. O cap rate de 8,5% parece em linha com o que vem sendo praticado por FIIs de hospitais, apesar da amostragem pequena. A venda deve gerar uma queda no lucro por ação (LPA), ainda que pequena em 2023 graças ao patamar atual da Selic. Já o follow-on, caso avance, deve levar a um leve aumento no LPA em 2023 com diluição para os anos seguintes.
NTCO3
Melhorando a governança corporativa
A Natura avançou em seu processo de reestruturação ao propor mudanças para tornar a empresa mais enxuta e reverter a tendência de resultados fracos apresentados nos últimos trimestres. A companhia planeja reduzir o número máximo de integrantes do Conselho de Administração de 13 para 9 e separar os cargos de presidente do Conselho de Administração e CEO. Além disso, propõe reduzir a remuneração dos executivos para um teto de R$ 77m por ano, ante R$ 115m. (Estadão e Genial)
PSSA3
Apesar do desastre, bons resultados!
O seguro auto da Porto apresentou um bom resultado em fev/23, apesar do desastre ocorrido no litoral norte de São Paulo durante o Carnaval. No total do grupo auto, os prêmios emitidos atingiram R$ 1,09b (+20,2% a/a) e os prêmios ganhos um robusto número de R$ 1,12b (+32,6% a/a), porém o crescimento ficou levemente abaixo do mercado. Já o índice de sinistralidade do total do grupo auto atingiu 64,7% (–2,6pp a/a), devido a uma melhora na Azul em 10,7pp. Por outro lado, o índice de sinistralidade da Porto aumentou em apenas 1,5pp a/a. (Porto e Genial)
CASH3
Proposta de grupamento e desdobramento de ações
O Méliuz informou ontem a aprovação de seu Conselho de Administração em relação a submissão de proposta de grupamento e desdobramento de suas ações à uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Com base na proposta, cada grupo de 100 ações serão agrupadas em 1 ação e, simultaneamente, cada ação será desdobrada em 10 ações, sem alteração no valor do capital social atual da Companhia. Entendemos que a proposta tem como objetivo principal ajustar o valor do papel, que já acumula uma desvalorização de 37% desde o IPO, buscando que este seja negociado a um preço mais atrativo para investidores. (Méliuz e Genial)
FARMÁCIAS
Reajuste nos preços de medicamentos
Segundo estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), o reajuste anual definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) sobre o preço dos remédios deverá chegar em até 5,6%. O reajuste no preço dos medicamentos ocorre todos os anos, a partir do dia 1º de abril e teve uma queda anual de -529 bps por conta de fatores mais moderados vs. o reajuste de 2022. O indicador é impactado por um conjunto de fatores, como inflação, câmbio, custo de energia elétrica e outros fatores externos. (Valor e Genial)
BRFS3 Manter
Venda da divisão PET da BRF já possui 14 interessados
O processo de venda da divisão de petfood da BRF já possui, atualmente, ao menos 14 interessados, inclusive 8 nomes importantes do setor. A venda deve gerar R$ 2b para a companhia, e, caso efetivada, contribuirá para a redução da alavancagem, a qual se encontra em um patamar elevado de 3,75x Dívida Líquida/EBITDA. A BRF segue avaliando as propostas e a transação ainda não possui data para ocorrer. (Broadcast e Genial)
BANCOS
Novo capítulo do crédito consignado
Hoje (28) deve ser divulgado o novo teto para o crédito consignado INSS, que deve ficar entre 2,01% que é a proposta dos bancos e 1,95% que é a do governo. O ministro da casa civil, Rui Costa, colocou uma marca de que deve ser inferior a 2%, sendo esperado um acordo para o teto de 1,99%. (Valor e Genial)
SVB
Compra do SVB
Foi anunciado que o First Citizens comprou grande parte do SBV. Os depósitos no valor de U$ 199b e cerca de US$ 72b em empréstimos, com desconto de US$ 16,5b foram incluídos na compra, além das agências do SBV. Ademais, cerca de US$ 90b de títulos do SVB irão continuar sob tutela do regulador. (Valor e Genial)
De olho na economia
Hoje tem Ata
A semana começou relativamente tranquila nos mercados financeiros no Brasil e no exterior. Após as intervenções dos bancos centrais e dos governos dos Estados Unidos, da Suíça e da Europa, disponibilizando liquidez quase ilimitada para os bancos em dificuldades e garantindo todos os depósitos, independentemente de valor, a fuga de recursos dos bancos regionais americanos diminuiu de intensidade. A situação ainda não está totalmente sob o controle dos reguladores. O First Republic Bank continua sofrendo hemorragia de recursos, o Deutsche Bank começa a preocupar as autoridades e o tamanho do UBS é um fator adicional que reduz a segurança do sistema bancário internacional como um todo.
Diante deste cenário internacional mais calmo, os preços dos ativos no Brasil mostraram desempenho positivo ao longo do dia. O Real se valorizou frente ao Dólar, seguindo a trajetória das moedas dos países emergentes e dos países desenvolvidos, as taxas de juros mostraram queda e os preços das ações recuperaram parte das perdas dos últimos dias.
Da mesma forma, a decisão do Copom de manter a taxa SELIC em 13,75% ao ano e, em especial, o teor do comunicado que se seguiu à reunião, enfatizando a postura do Banco Central de priorizar a busca da meta para a inflação no horizonte relevante, continuaram a repercutir negativamente entre autoridades governamentais.
Entre os investidores, com o adiamento da viagem do Presidente Lula à China, aumentaram as expectativas quanto à divulgação do arcabouço fiscal que, em conjunto com o comportamento das expectativas para a inflação em horizontes mais longos, será um fator importante para a definição da trajetória taxa de juros pelo Banco Central no futuro próximo. Finalmente, a Ata da reunião do Copom será divulgada hoje e existe uma expectativa de alguns investidores que o Banco Central seja menos duro que no comunicado, o que nos parece pouco provável.
Renda Fixa
A apreciação do real frente ao dólar deu o tom no movimento dos juros locais ontem, que fecharam as taxas em toda a extensão da curva, com destaque para os vencimentos longos dos DIs, fechando 12bps em média.
Nem o forte avanço nos yields dos treasuries e a deterioração das expectativas de inflação do boletim focus para o ano que vem e para 2025 fez com que os juros subissem. Hoje é olho na ata do Copom.
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