
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta quinta-feira, 16 de outubro.
Adeus B3, olá NYSE
Grupo Abra, controlador da Avianca e Gol, estuda abrir capital nos EUA.
Resumo do dia
O Ibovespa subiu 0,65% aos 142.603 pontos, com forte giro (R$22,5 bi, maior desde junho) e tração de blue chips: VALE3, ITUB4 e ELET3 puxaram o índice, em sintonia com Wall Street após bancos reforçarem a leitura de economia americana resiliente. Na renda fixa, flattening: curtos reagiram a vendas no varejo e longos cederam; o dólar futuro caiu 0,35% para R$5,478 com DXY em baixa.
No noticiário, ELET3 avançou após vender fatia na Eletronuclear; BBAS3 seguiu sob ruído de possível apoio aos Correios. Em recomendações, CSMG3 ganhou upgrade e RADL3 teve alvo elevado. Entre contribuições, VALE3, ELET3 e BPAC11 ficaram no topo; nos movimentos do dia, ASAI3, MRVE3 e RADL3 também entraram no radar.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa subiu 0,65% nesta quarta-feira, aos 142.603 pontos, em um pregão marcado por resiliência diante do aumento das incertezas externas e políticas internas. O movimento acompanhou a melhora parcial do humor global após balanços fortes do setor bancário americano e a expectativa de que o Federal Reserve possa cortar juros já em outubro, ainda que as tensões comerciais entre EUA e China e o risco de paralisação do governo norte-americano sigam no radar. No Brasil, o clima político tenso após críticas de Lula ao Congresso e a articulação de Fernando Haddad para recompor a MP fiscal contrastaram com dados mais positivos do varejo, que mostrou leve recuperação em agosto.
Juros futuros: Fecharam em alta na ponta curta, com dados de varejo acima do esperado diminuindo as apostas de corte de Selic no início de 2026.
Mundo: Bolsas globais sobem impulsionadas por fortes resultados de empresas de tecnologia, que desviaram a atenção das tensões comerciais entre EUA e China.
Minério de ferro: Minério de ferro estabilizou-se em cerca de US$ 105 a tonelada após recuperação da demanda chinesa pós-feriado.
Petróleo: Petróleo avança após Trump afirmar que premiê Narendra Modi suspenderia compras da Rússia.
Skin in the Game
POR Filipe Villega
Desde que minha filha nasceu, comecei a investir para que ela tenha acesso à essas economias quando completar 18 anos.
Até lá, a última coisa que penso é em deixar o dinheiro parado em conta, muito menos na poupança, para que durante todo esse tempo o capital possa ser multiplicado e, no mínimo, corrigido pela inflação.
Sendo assim, minha estratégia de investimento se baseia na preservação do poder de compra e na potencialização do retorno.
A carteira é composta em 70% por títulos indexados à inflação (Tesouro Direto), com vencimento próximo de quando minha filha fizer 18 anos.
Os outros 30% são divididos em três partes:
1- Ações EUA
2- Ações Brasil
3- Criptoativos
Essa parte de renda variável é feita toda com ETFs, pela simplicidade e possibilidade de diversificação, sem me preocupar se o fundamento de uma determinada empresa ou cripto se mantém. Uma maneira mais simples de estar exposto em renda variável e já bem diversificado.
Destaques
Eletrobras (ELET3) | Venda de Fatia na Eletronuclear! O que achamos do evento?
Leitura positiva, no final das contas. A venda da participação minoritária da Eletrobras na Eletronuclear marca um movimento estratégico de desalavancagem de riscos e foco em ativos de maior retorno e previsibilidade.
Itaú (ITUB4) | Prévia 3T25: Consistência no Tri e Nova Fase de Eficiência e Monetização do Super App.
Esperamos mais um trimestre robusto para o Itaú, com lucro líquido recorrente estimado em R$ 11,84 bilhões, um pouco abaixo do consenso, mas ainda com alta sequencial de +2,9% t/t e +10,9% a/a, configurando mais um resultado recorde.
Economia
Por José Marcio Camargo
Guerra tarifária está de volta.
Os diretores do Federal Reserve estão divididos em relação às próximas decisões sobre as taxas de juros, com o Fomc praticamente divido ao meio entre os que avaliam a necessidade de reduzir mais duas vezes a taxa de juros em 0,25 pontos de porcentagem ainda em 2025.
⌕ Leia o relatório completo aqui
As principais notícias do dia 16/10/25
🛒 Varejo
AMZO34 | Amazon amplia Prime com frete grátis no mesmo dia (a partir de R$ 19)
O que aconteceu? A Amazon Brasil expandiu os benefícios do Prime: entregas grátis no mesmo dia para itens elegíveis a partir de R$ 19 em SP, RJ, Brasília, BH, Fortaleza, POA e Recife. O movimento eleva a barra de conveniência e responde ao gatilho competitivo aberto pelo Mercado Livre, que reduziu o piso de frete grátis para R$ 19 em junho e, desde 15/out, passou a oferecer frete grátis no mesmo dia para assinantes em compras acima de R$ 19. (Mercado&Consumo e Genial).
🛒 Varejo
BHIA3 | Casas Bahia põe 7 lojas à venda via sale & leaseback
O que aconteceu? A Casas Bahia iniciou processo para vender sete imóveis próprios com contrato de locação de longo prazo (sale & leaseback), incluindo a megaloja de 9 mil m² na Marginal Tietê (SP). Fontes do mercado estimam ~R$ 250 mi de potencial entrada de caixa. O objetivo é reduzir dívida e ganhar eficiência, sem “pressão” para fechar a qualquer preço; parte das vendas pode ocorrer ainda em 2025/26. (NeoFeed e Genial)
✈️ Aviação
GOLL4 | Controladora da Gol anuncia intenção de abrir capital nos EUA
O que aconteceu? O grupo Abra — que controla a Gol e a Avianca — informou que pretende submeter, de forma confidencial, um rascunho de registro à SEC para uma possível IPO nos Estados Unidos. A efetivação depende de condições de mercado e aprovação regulatória (Reuters / Infomoney).
Opinião Genial: O movimento reforça nossa aposta de que a reestruturação da Gol e o projeto de listagem no exterior era esperado. Com o fechamento de capital no Brasil em curso, um IPO nos EUA pode restabelecer liquidez para os papéis dentro de um novo ambiente regulatório. Se bem executado, pode trazer capital novo e reposicionar o grupo Abra globalmente.
⚙️ Bens de Capital
WEGE3 | WEG adquire 54% da Tupinambá Energia por R$ 38 milhões
O que aconteceu? A WEG anunciou a compra de 54% da Tupinambá Energia por R$ 38 milhões, reforçando sua atuação em soluções de recarga para veículos elétricos (Bloomberg).
Opinião Genial: O movimento tem valor estratégico, mas impacto financeiro irrelevante diante do porte da WEG. A aquisição amplia o portfólio em mobilidade elétrica e mantém a empresa bem-posicionada em novas tecnologias, mas não altera o cenário de resultados nem a tese principal, ainda sustentada por energia, automação e eficiência industrial.