Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Americanas (AMER3), Banco do Brasil (BBAS3), Cielo (CIEL3), WEG (WEGE3), BrasilAgro (AGRO3), IRB (IRBR3), Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e Vale (VALE3).
Expresso Bolsa
O Ibovespa fechou a segunda-feira em baixa de -0,28%, alcançando os 111,7k. O principal índice da bolsa brasileira andou na contramão de seus pares externos na última sessão. Nos EUA, a expectativa do fim do ciclo de aperto monetário trouxe ânimo aos investidores e os resultados positivos de companhias listadas impactaram positivamente os índices lá fora.
Já no cenário doméstico, o noticiário político continua afetando os ativos de risco brasileiros. Com fala de Lula sobre medidas populistas e maior interação com outros países da América Latina preocupando investidores. Não somente, o dia ainda teve repercussões do caso da Americanas sobre os papéis do setor financeiro.
Novos relatórios
BrasilAgro (AGRO3) | A Onda ESG
Cielo (CIEL3) | Perspectiva 2023 e Prévia 4T22: Upgrade para Comprar
Indústria | Prévia de Resultados 4T22: WEGE3 e AERI3
Monitor de Atividade | Desemprego recua menos do que o esperado em novembro
O que aconteceu no mercado?
IRB Brasil (IRBR3): Novembro vermelho
Prejuízo! No relatório de nov/22 o IRB apresentou prejuízo de R$ 48,5m, acumulando nos últimos 11M22 um resultado negativo de R$ 633,7m vs R$ 510,4m no mesmo período de 2021.
O que esperar? Em out/22 a empresa reportou um pequeno lucro líquido de R$ 6,4m, porém com o fraco resultado de nov/22 o prejuízo acumulado para o 4T22 é de R$ 42,1m. Ainda falta o mês de dezembro para fechar o trimestre como um todo, mas não esperamos grandes novidades para conseguir reverter fortemente o resultado negativo.
Americanas? O que não sabemos ainda é se a resseguradora estava exposta a algumas apólices de seguro de crédito de fornecedores das Americanas. Segundo o Valor, o total de cobertura seria entre R$ 1,2b a 3,0b. Com a recuperação judicial da varejista, a indústria de seguro e resseguro pode sofrer.
AMER3
Mais prazo, por favor
Expedido na sexta-feira (20), a Americanas solicitou uma extensão de prazo de mais 48h para apresentar a lista de credores para a Justiça do Rio de Janeiro, até a quarta-feira (25). Os advogados da companhia alegam que os prazos processuais não se iniciam (ou encerram) em dias não úteis, como o final de semana ou feriado na sexta-feira no Rio de Janeiro. Vale lembrar que o prazo para apresentar a lista que envolve R$ 43b entre mais de 16 mil credores. A companhia também anunciou a contratação da consultoria global Alvarez & Marsal para atuar em conjunto como o Rothschild & Co na renegociação de dívidas. (Estadão e Genial)
AMER3
Fim da parceria de JV
A Vibra Energia notificou a Americanas sobre o “imediato encerramento” de sua parceria Vem Conveniência. A joint venture era uma constituição de parceria 50/50 entre as empresas, que era responsável pelo gerenciamento de lojas de postos, BR Mania, e Local. As operações de lojas não serão interrompidas. (Valor e Genial)
AMER3
BNDES cobra fianças de dívida da Americanas
O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) informou que executou a cobrança de fianças bancárias de uma dívida da Americanas (AMER3) junto a instituição financeira. De acordo com dados do portal da transparência do BNDES, através de dois contratos, o banco estatal teria uma exposição de R$ 2,3 b à Americanas. No entanto, segundo apurações do Valor Econômico, parte desse montante já teria sido amortizado, sendo o valor atual da fiança de aproximadamente R$ 700 m. O BNDES afirma que após o pagamento das fianças a instituição não terá mais exposição à Americanas. (Genial e Valor)
BANCOS
Antecipando caso Americanas para o 4T22?
Bancos estão considerando antecipar as provisões com potenciais perdas de crédito e outros instrumentos financeiros das Americanas para o resultado do 4T22 a ser reportado em algumas semanas. (companhias e Genial)
BBAS3
Exportações para a Argentina
Fernando Haddad, ministro da fazenda, afirmou ontem (23) em Buenos Aires que o Banco do Brasil irá financiar exportações para a Argentina via emissão de carta de crédito. Segundo o ministro, o BB não vai tomar nenhum risco, sendo responsável o fundo garantidor soberano. (Veja e Genial)
PCAR3
Alongando o prazo médio de dívida
O conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar aprovou a realização da 19ª Emissão de Debêntures Simples no valor de R$ 750m, a ser realizada em até duas séries. Os recursos captados do CRI serão utilizados para a cobertura de custos e despesas da companhia e tem como objetivo ajudar a reduzir o seu custo financeiro ponderado atual do grupo. O valor de mercado do GPA está avaliado em R$ 5,2b na data de fechamento do pregão dessa segunda-feira (22). (GPA e Genial)
VALE3
Ministério Público ratifica denúncia contra Vale pelo rompimento da barragem de Brumadinho
A ministra Rosa Weber, presidente do STF, determinou à Justiça Federal de Minas que promova imediatamente o andamento da ação penal contra a Vale e a Tüv Süd, e mais 16 pessoas físicas incluindo o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman. A denúncia que foi entregue para a 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte ontem, imputa às pessoas denunciadas por homicídio qualificado, e crimes ambientais contra a fauna e flora. Apesar da Companhia estar progredindo seu ESG, seu passado ainda assombra e deve trazer problemas. (Genial e Estadão)
AUTO
Queda na produção de veículos
Os semicondutores seguem atrapalhando os planejamentos das montadoras. Na América do Sul e Norte, as montadoras deixaram de produzir cerca de 16,5k e 50k veículos, respectivamente, desde o início de 2023. Segundo o monitoramento semanal da AutoForecast Solutions, estima-se que as montadoras deixarão de produzir carca de 70k veículos globalmente somente nessa semana. Para 2023, a consultoria acredita que cerca de 2,78m de veículos deixarão de ser produzidos. (Automotive Business e Genial)
De olho na economia
Guerra de guerrilha
Após as medidas de expansão fiscal anunciadas logo após o fim das eleições e na primeira semana do novo governo, a PEC da Transição que cria um espaço de R$ 200 bilhões de aumento do gasto público (2% do PIB), o adiamento da volta dos impostos federais sobre combustíveis para março ou para o final do ano, as promessas de aumento do salário mínimo real, entre outras propostas, as expectativas para a inflação projetadas pelos analistas para os próximos anos entraram em trajetória de aceleração. Entre 2023 e 2026, as expectativas para a inflação na pesquisa Focus do Banco Central já estão acima da meta para os respectivos anos.
Como antecipado no comentário de ontem, estas expectativas tiveram um impulso adicional com as declarações do Presidente Lula criticando o nível da meta para a inflação em 2023. Com estas declarações, os investidores passaram a avaliar a possibilidade de que o governo aumente a meta para a inflação na próxima reunião do CMN.
Com isto, as expectativas para a inflação aumentaram na pesquisa Focus. Para 2023, a expectativa para a inflação passou de 5,39% para 5,48% (há um mês estava em 5,23%), acima do teto do intervalo de metas para o ano. Para 2024 saiu de 3,70% para 3,84%, acima da meta para a inflação do ano (há um mês as expectativas estavam em 3,60% ano), em 2025 permaneceu constante em 3,50% (3,20% há um mês) e em 2026, que ainda está fora do horizonte do Banco Central, passou de 3,22% para 3,47% (3,01% há um mês).
Com o aumento das expectativas para a inflação, os investidores adiaram ou cancelaram ou até mesmo inverteram, a expectativa para o início da queda da SELIC e as expectativas para taxa básica de juros também aumentaram. Para o final de 2024 passou de 9,25% para 9,50% e para 2025 subiu de 8,25% para 8,50%. As declarações do Presidente na semana passada estão sendo consideradas os primeiros sinais de uma incipiente “guerra de guerrilha” entre o governo e o Banco Central, um cenário bastante preocupante.
Com isto, devemos ter uma intensificação da trajetória de aumento das expectativas para a inflação nas próximas divulgações da pesquisa Focus, o que vai dificultar ainda mais o objetivo do BCB de atingir a meta e, provavelmente, exigir taxas de juros ainda mais elevadas. Aumentar a meta não vai permitir uma política monetária menos contracionista.
As taxas de juros já reagiram em alta e a taxa de câmbio entraram em trajetória de desvalorização a partir das declarações do Presidente. Um tiro no pé.
Renda Fixa
Após novas falas de Lula de utilizar o BNDES pra financiar obras em outros países, e os números do boletim Focus indicarem que basicamente não haverá corte na Selic tão cedo, as curvas de juros fecharam o dia com alta em suas taxas, com destaque negativo para os vencimentos mais longos, com elevação de 30bps, fechando acima dos 13% a.a.
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Cripto
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