
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta segunda-feira, 16 de junho.
Na edição de hoje
A semana começa no modo “esperar para ver”: decisão de juros aqui e lá fora, tensão geopolítica que mexe com o petróleo, e uma medida provisória que, ao invés de cortar gastos, só aumenta a conta.
No mercado, o dólar recua, os futuros de NY sobem e o minério dança no compasso da China. Por aqui, o varejo recua menos do que o esperado e os juros futuros oscilam sem direção firme.
Entre os destaques: Azul pode receber reforço bilionário da TAP; B3 lança novos índices de debêntures AAA; e ANP vai leiloar blocos em áreas ambientalmente sensíveis.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (13) em queda de 0,43%, aos 137.212 pontos. O recuo foi impulsionado pelo aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, com novos desdobramentos no conflito entre Israel e Irã elevando a aversão ao risco no cenário internacional. Apesar da queda no pregão, o índice acumulou alta de 0,82% na semana, refletindo o bom desempenho das sessões anteriores. No cenário doméstico, os investidores acompanharam a divulgação das vendas no varejo de abril, que recuaram 0,4%, número melhor do que o esperado pelo mercado, além de seguirem monitorando os desdobramentos da medida provisória que trata da elevação do IOF. Entre os destaques positivos do dia estiveram PetroRecôncavo (RECV3), que subiu 2,71%, e Petrobras (PETR4), subindo 2,46%, beneficiadas pela forte alta do petróleo. Na ponta negativa, CVC (CVCB3) liderou as perdas, com uma queda de 8,33%, penalizada pelo aumento da percepção de risco global.
Juros futuros: Fecharam de forma mista, destoando do movimento de alta dos yields americanos, graças à alta do petróleo. O DI de janeiro/26 fechou em queda de 1 pontos-base em 14,84%. Já os DIs de janeiro/2027 e janeiro/2031 fecharam ambos em queda de 1 pontos-base e em alta de 1 pontos-base, respectivamente.
Mundo: Os mercados retomaram as compras nesta segunda-feira, prevendo que o conflito dificilmente se ampliará pelo Oriente Médio. Futuros das bolsas em Nova York têm altas modestas e índice dólar recua ligeiramente.
Minério de ferro: Minério de ferro tem leve baixa em Singapura. Enquanto isso, cobre avança em Londres com dados na China, que mostraram vendas no varejo acima do esperado, e contrabalancearam a queda dos preços de imóveis.
Petróleo: Petróleo devolve pequena parte da disparada da sessão anterior causada pelo conflito entre Israel e Irã, enquanto investidores tentam moderar a aversão ao risco desencadeada pelas hostilidades.
Em Destaque
Carteira Recomendada de FIIs – Junho 2025
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Novos Conteúdos
Metais & Mineração: Do macro ao micro – Tarifa alta, voo curto
Os movimentos de antecipação das tarifas, que implicaram no aumento de exportações chinesas em março, acabaram perdendo o fôlego em maio, ponderamos sobre o ambiente ainda deflacionário na China, além dos dados referentes a Aço e Minério de ferro, como a pilha de estoque nos portos ter caído levemente, diante da menor chegada de cargas e demanda doméstica das usinas ainda enfraquecida, mas com taxa de utilização dos Altos-fornos estável (~90%).
Petróleo & Gas | Israel ataca Irã e petróleo dispara!
Evento positivo para as produtoras de petróleo. Naturalmente, preços do brent mais alto tende a beneficiar empresas produtoras. Dentre os cases mais beneficiados, citamos Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3). Ainda é cedo para trabalhar no contexto de impacto em estimativas por ainda não termos certeza sobre o quão duradouro será o impacto dos eventos do dia de hoje nos preços do petróleo. Por enquanto, nossa impressão é que o Irã terá pouco espaço para retaliação.
PMS (Abr/25): Serviços segue resiliente mesmo diante de um cenário mais adverso
Em abril, o setor de serviços registrou alta de 0,2% m/m, vindo em linha tanto com o consenso de mercado (Broadcast+) quanto da nossa expectativa para o mês. Com este resultado, o setor de serviços dá continuidade à sequência de duas altas consecutivas registradas nos meses imediatamente anteriores.
Economia
Por José Marcio Camargo
Oriente Médio e IOF devem definir taxa de juros nos Estados Unidos e no Brasil nesta semana
A semana promete. De um lado, o ataque de Israel às instalações militares e nucleares do Iran gerou forte reação dos preços do petróleo no mercado internacional.
De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 16/06/25
Óleo e Gás
ANP ofertará áreas de petróleo sob risco de judicialização na terça-feira
O que aconteceu? Nesta terça-feira, 17/06, a ANP realizará o leilão para a concessão de 172 blocos. O evento é alvo de ações judiciais, devido a oferta de áreas em regiões ambientalmente sensíveis, incluindo a região da Foz do Amazonas. Se todos os blocos forem vendidos, a expectativa é que haja uma arrecadação mínima de mais de R$600 milhões. A Bacia de Santos terá o maior volume de blocos ofertados, um total de 54. Estão habilitadas 31 empresas, incluindo Petrobras, Shell, Equinor, TotalEnergies e companhias chinesas. O vencedor deverá apresentar o maior bônus de assinatura associado ao Programa Exploratório Mínimo (PEM). (Valor e Genial)
🏦 Financeiro
Pix Automático estreia nesta segunda-feira
O que aconteceu? O Banco Central lança nesta segunda-feira o Pix Automático, funcionalidade que permite pagamentos recorrentes de forma automática. A ferramenta é gratuita para os pagadores e promete reduzir custos operacionais para os recebedores. Inspirado no débito automático, o recurso faz parte da agenda de inovações do BC. A expectativa é que a nova função amplie a praticidade no uso do Pix no dia a dia. (Valor e Genial)
🏦 Serviços Financeiros
B3SA3 | B3 lança índices de debêntures AAA atrelados ao DI e IPCA
O que aconteceu? A B3 lançou dois novos índices de debêntures com classificação de crédito AAA: o IDEB (atrelado ao DI) e o IDEI (atrelado ao IPCA). Os índices refletem o desempenho médio dos preços dos papéis precificados pela B3. São compostos por debêntures com volume mínimo de R$ 300 milhões e prazo médio acima de 720 dias. O rebalanceamento ocorre mensalmente, e os papéis são ponderados pelo valor de mercado. As debêntures incentivadas, com isenção de IR, também integram os índices. (Valor e Genial)
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 15,80
✈️ Airlines
AZUL4 | Azul dispara com possível reforço de caixa com pagamento antecipado da TAP
O que aconteceu? As ações da Azul (AZUL4) sobem com força nesta sexta-feira após reportagem de Lauro Jardim (O Globo) indicar que a companhia pode receber 90 milhões de euros (cerca de R$ 513 milhões) da TAP até o dia 23 de junho. O valor é referente a um empréstimo feito pela Azul à TAP em 2016, com vencimento original em março de 2026. Segundo o colunista, houve aprovação para a antecipação do pagamento. A Azul afirmou que contratou um escritório jurídico em Portugal para garantir o cumprimento das garantias, diante do processo de reestruturação e possível privatização da TAP. (Money Times)
Opinião Genial: Embora o valor estimado represente aproximadamente metade do que foi inicialmente ventilado, a antecipação do pagamento seria um reforço importante de liquidez em meio à recuperação judicial da Azul nos EU. A antecipação representa mais de 50% do valor de mercado atual da Azul (cerca de R$ 900 milhões), o que justifica a reação positiva do mercado. A medida ajuda a reduzir riscos no curto prazo e reforça a tese de que a empresa pode acessar fontes adicionais de capital fora do processo de Chapter 11.