Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta terça-feira, 2 de setembro.
Resumo do dia
A segunda-feira foi de ajuste em ritmo lento. O Ibovespa recuou 0,10%, aos 141.283 pontos, em pregão de baixa liquidez por conta do feriado de “Labor Day” nos EUA. Blue chips lideraram perdas, enquanto juros curtos cederam levemente antes da divulgação do PIB do 2º tri, e a ponta longa subiu pressionada pela desconfiança sobre metas fiscais. O dólar avançou a R$5,48.
No radar político, destaque para o início do julgamento de Jair Bolsonaro no STF, que pode redefinir o tabuleiro eleitoral de 2026, e para a convocação de Lula a líderes do BRICS. No campo corporativo, o mercado ainda repercutia a entrada do Mercado Livre no varejo farmacêutico e a expectativa pelo “Itaú Day”. Entre ações, Banco do Brasil, BTG e Bradesco pesaram, enquanto Auren, Vamos e Braskem estiveram entre as maiores quedas percentuais.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa iniciou setembro em leve queda de 0,10%, aos 141.283 pontos, em um pregão esvaziado pelo feriado nos EUA, marcado pela cautela fiscal após o envio do Orçamento de 2026 ao Congresso e pela expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve.
Juros futuros: Fecharam em alta na ponta longa com ceticismo do mercado sobre a política fiscal após envio da PLDO de 2026.
Mundo: Bolsas externas caem e rendimentos dos títulos americanos e europeus sobem por preocupações com as finanças dos governos e riscos persistentes de inflação. Futuros das bolsas em NY caem no retorno de feriado prolongado.
Minério de ferro: Minério de ferro se valoriza e cobre se mantém perto do nível mais alto do mês.
Petróleo: Petróleo sobe à espera de novos catalisadores com a atenção voltada para a próxima reunião da Opep+ e possíveis ações dos EUA sobre o fornecimento russo.
Destaques
Um comprimido de teste: Mercado Livre (MELI34) receita sua entrada no varejo farmacêutico
A compra da Target pode ser pequena em números, mas é grande em significado.
Sanepar (SAPR11) | Recebeu os precatórios! O que podemos esperar agora?
Finalmente! O recebimento do precatório representa um evento extraordinário e altamente relevante para a Sanepar, com potencial de destravar valor equivalente a cerca de 40% de seu valor de mercado.
Economia
Por José Marcio Camargo
O orçamento de 2026 e os seus desafios
No final da tarde da última sexta-feira, o governo apresentou o Projeto de Lei Orçamentária anual de 2026 (PLOA 2026), responsável por detalhar as estimativas de arrecadação e a fixação de despesas primárias, visando garantir o cumprimento das metas estabelecidas para o exercício financeiro do ano.
As principais notícias do dia 02/09/25
🏦 Financeiro
BBAS3 | Banco do Brasil pode ser alvo de sanções dos EUA
O que aconteceu? Segundo a CNN, o governo Trump prepara novas medidas contra o Brasil que podem incluir o Banco do Brasil. Fontes em Washington indicam que a sanção mais iminente seria contra o BB, no contexto da aplicação da Lei Magnitsky e de supostos serviços prestados ao ministro Alexandre de Moraes. O caso teria sido motivado pela emissão, pelo banco, de um cartão da bandeira Elo ao ministro após o cancelamento de seu Mastercard, em agosto. O noticiário relembra precedentes de sanções aplicadas a grandes bancos internacionais, como BNP Paribas e Standard Chartered, que resultaram em multas bilionárias, o que pode ocorrer com o BB. (CNN e Genial)
Opinião Genial: A notícia é negativa para o BB. Mesmo sem confirmação oficial, o simples risco de sanções pelos EUA — inclusive na forma de multas relevantes — aumenta a percepção de risco regulatório e operacional para o banco, com potenciais impactos sobre reputação, funding e relações internacionais.
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PCAR3 | Família Coelho Diniz indica nova chapa para o Conselho
O que aconteceu? O GPA comunicou que os acionistas da família Coelho Diniz, que já detêm 24,6% do capital, apresentaram proposta de chapa para o Conselho de Administração, composta por André Luiz Coelho Diniz, Gustavo Lobato, Leandro Assis Campos, Luiz Henrique Cunha, Christophe José Hidalgo, Marcelo Ribeiro Pimentel, Helene Esther Bitton, Rafael Ferri e Edison Ticle de Andrade Melo e Souza Filho. O atual Conselho deve se reunir para deliberar sobre a convocação de uma AGE para votar a proposta. (GPA e Genial)
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🏦 Financeiro
BBDC4 | Bradesco amplia parceria com Rede D’Or em rede hospitalar
O que aconteceu? O Bradesco informou que a Atlântica Hospitais, controlada indiretamente pelo banco e pelo Grupo Bradesco Seguros, firmou acordo de investimento com a Rede D’Or para inclusão do Hospital Glória D’Or na rede “Atlântica D’Or”. A operação mantém a estrutura societária, com 50,01% da Rede D’Or e 49,99% da Atlântica, e a gestão médica a cargo da Rede D’Or. A iniciativa reforça a estratégia de expandir a presença no setor de saúde por meio de parcerias com players estabelecidos. A conclusão está sujeita às aprovações regulatórias. (Bradesco e Genial)
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🏥 Saúde
RDOR3 | Rede D’Or e Atlântica fecham parceria pelo Glória D’Or
O que aconteceu? A companhia celebrou com a Atlântica Hospitais um Acordo de Investimento para contribuir o Hospital Glória D’Or à rede “Atlântica D’Or”, parceria societária na qual a Rede D’Or deterá 50,01% e a Atlântica 49,99%; a consumação está sujeita a condições suspensivas usuais e aprovações regulatórias. (Rede D’Or e Genial)
✈️ Aéreas
AZUL4 | Azul insiste: codeshare com Gol não é fusão
O que aconteceu? A Azul afirmou ao Cade que o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) com a Gol tem objetivos distintos e não configura fusão ou concentração societária. A empresa formalmente pediu o arquivamento do processo em análise por suposto ato de concentração. (Valor e Genial)
Opinião Genial: A Azul busca isolar o codeshare como uma iniciativa comercial, não estratégica, desarmando receios regulatórios imediatos. Porém, a pressão persistente pela fusão da Abra demonstra que a discussão segue viva — possivelmente adiada, mas longe de encerrada. O foco atual nas reestruturações financeiras do setor (como os processos de Chapter 11) pode servir como justificativa para retardar decisões sobre união societária ou protocolos de integração mais profundos.
