Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: PetroRecôncavo (RECV3), Guararapes (GUAR3), SulAmerica (SULA11), IRB (IRBR3), Positivo (POSI3), Eletrobras (ELET3) e Itaú (ITUB4).
Expresso Bolsa
O Ibovespa fechou a terça-feira em baixa de –0,15% alcançando os 108,6k. Em mais um dia de baixa liquidez, a reabertura da China beneficiou papéis relacionados à exportação, enquanto dados sobre o mercado de crédito prejudicaram as varejistas. As maiores altas do dia foram: Gerdau (GGBR4) +4,76%, Gerdau Met (GOAU4) +4,29% e Vale (VALE3) +2,67%. Já o esforço negativo foi liderado por CVC (CVCB4) -6,99%, Via (VIIA3) -6,67% e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) -6,43%.
O que aconteceu no mercado?
Petrorecôncavo (RECV3): Empresa anuncia aquisição da Maha Energy!
Presente de Natal! O ativo possui seis contratos de concessão localizados na Bacia do Sergipe e blocos exploratórios localizados na Bacia do Recôncavo. As operações são geograficamente próximas as atuais da empresa e sinergias devem acontecer.
Dados! Todo o ativo produziu 2,8k barris equivalente/dia (c. de 10% da atual produção da própria Petrorecôncavo) e alcançou um EBITDA de US$ 62m nos últimos 12 meses (vale lembrar que o brent alcançou c. US$120/barril no período).
Gostamos! Valor a ser pago pela aquisição será de US$ 178m (já considerando earn-out), implicando em um múltiplo de aquisição atrativo de apenas 3,5x EV/EBITDA (considerando um EBITDA normalizado de US$ 50m). Vale lembrar que a empresa deve aumentar a produção do campo e reduzir seu custo de operação.
GUAR3
À venda?
A controladora da Riachuelo, Guararapes, tem estudado uma potencial fusão com possíveis targets no varejo de moda. A Arezzo e a SBF (dona da Centauro) iniciaram conversas para tratar sobre o assunto. Contudo, o negócio deve encontrar uma impasse não tão comum: a família Rocha deseja manter a sua posição majoritária. Essa reorganização do tabuleiro, se confirmada, pode mostrar o início de uma série de consolidações do setor em 2023, em meio a uma Selic de duplo dígito. (Valor e Genial)
SULA11 IRBR3 POSI3
Fora do índice
B3 divulgou a 3ª prévia teórica do Ibovespa com base no pregão de 27/dez. Sulamérica foi excluída da 3ª prévia do Ibovespa após ser adquirida pela Rededor. IRB Brasil, removida na 2ª prévia, continuou fora depois que a ação caiu abaixo de R$ 1,00. Positivo, removida desde a 1ª prévia, também permaneceu fora do índice. Nenhuma ação foi incluída. (Bloomberg)
ELET3
Pílula de Veneno
De acordo com o CEO Wilson Ferreira Júnior, a “pílula de veneno” para uma eventual reestatização da Eletrobrás defenderia o interesse do acionista em caso de uma aquisição hostil. A “pílula” garante que o prêmio pago deve ser de 200% caso a oferta alcance mais de 50% de participação na empresa.
JHSF3
Parceria com a C-Fly em nova base em Guarulhos
A C-Fly adquiriu 16,5% do resultado do aeroporto Catarina, na prática comprando a participação no aeroporto, mas sem direito a voto. Além disso a JHSF irá investir, junto com a C-Fly, em um fixed base operator (FBO) no aeroporto de Guarulhos. Nesta última, devido aos investimentos realizados, a JHSF deterá 83,5% da participação. O valor a ser investido e a expectativa de resultados da FBO não foi informado, tornando difícil a avaliação da operação. (JHSF e Genial)
BANCO CENTRAL
Inadimplência crescendo
O Banco Central divulgou os dados de inadimplência referente ao mês de novembro, atingindo 4,3% (+1,2 pp a/a) na linha do segmento de crédito livre, representando o maior patamar desde junho de 2018. Isso ocorre devido ao maior endividamento das famílias e maior elevação das taxas de juros, que faz o spread bancário se elevar. (Valor e Genial)
BANCO CENTRAL
Operações de Crédito
As operações de crédito cresceram 1% m/m em novembro, atingindo o montante de R$ 5,3 tri. Em 12 meses, o estoque de crédito cresceu +14,7%, representando 53,8% do PIB brasileiro. O montante total de crédito para as famílias atingiu o valor de R$ 3,2 tri (+1,5% m/m) e as empresas estão com R$ 2,1 tri (+0,4% m/m). (Valor e Genial)
ITUB4
PIX, cada vez maior!
Um estudo realizado pelo Itaú indica que o PIX cresceu 141% a/a no Natal de 2022, sendo que o valor total movimentado nessas operações cresceu 70% a/a, sendo destaque o pagamento de aluguel de imóveis que aumentou em 3.800% a/a nessa modalidade. O estudo mostra ainda que teve um aumento de 12% a/a no valor transacionado via cartões de crédito e 10% a/a na quantidade de operações. (Valor e Genial)
BANCOS
Juros altos
O juro do cartão de crédito rotativo apresentou uma leve redução no m/m, saindo de 408% aa em out/22 para 392,6% aa em nov/22. A taxa do parcelado, reduziu 4,3pp m/m saindo de 184,9% aa para 180,6% aa. Já o cheque especial apresentou um aumento de +2,1pp m/m, de 133,4% aa para 135,5% aa. (Valor e Genial)
De olho na economia
Crédito e Dívida Pública se elevam em novembro
O relatório das operações de crédito divulgado ontem (27/12) pelo Banco Central do Brasil (BCB) mostrou um avanço de 1,0% m/m no estoque total das concessões de crédito em novembro, atingindo o patamar de R$ 5,3 trilhões. Com isso, a participação do crédito no PIB se elevou 0,2 p.p. na passagem de outubro para novembro, se encontrando agora em 53,6%.
Com a inflação alta perpassando todo o ano de 2022 e os juros em franca trajetória de elevação, a taxa média cobrada sobre o crédito livre ficou em 44,1% ao ano em novembro. Nesse mesmo mês do ano passado essa taxa era de 33,7%. Para as pessoas físicas nesse mesmo segmento a taxa se encontra em 59,0%, ao passo que para as pessoas jurídicas esse valor é bem mais reduzido (23,4%). Vale destacar que em novembro observou-se uma forte contração nas concessões de crédito consignado aos trabalhadores do setor privado (-76,4% m/m), evidenciando que o consignado do Auxílio Brasil ficou restrito a outubro.
Na esteira desse cenário econômico desafiador, as taxas de inadimplência seguiram aumentando. A inadimplência média do crédito livre saiu de 4,2% em outubro para 4,3% em novembro, puxada pela alta de 2,0% para 2,2% vinda das empresas, com a inadimplência das famílias ficando estável em 5,9%. Embora ainda se encontre em patamares baixos em termos históricos, a elevação da inadimplência no ano é bem expressiva, de 0,6 p.p e 1,3 p.p. respectivamente.
Finalmente, no que diz respeito à Dívida Pública Federal (DPF), a mesma encerrou o mês de novembro em R$ 5,87 trilhões, com um avanço mensal expressivo de 1,6% frente a outubro. Essa alta pode ser explicada pelo fato da taxa de juros (Selic) elevada ter adicionado, sozinha, R$ 51,3 bilhões à DPF no mês. Esse efeito dos juros fica evidente também na composição da DPF, com a parcela que é corrigida pela Selic subindo para 38,18% em novembro, enquanto a parcela prefixada (27,03%) e a corrigida pela inflação (30,20%) se reduziram. Um ponto positivo foi a forte elevação (11,0%) da reserva de liquidez, conhecida também como “colchão da dívida”, atingindo o patamar de R$ 1,14 trilhão em novembro.
Renda Fixa
Os riscos fiscais e o dólar mais valorizado pressionaram a curva de DI futuro durante boa parte do dia, mas os juros futuros testaram uma acomodação na segunda metade do pregão e fecharam perto da estabilidade, com baixa liquidez. Destaque para os DIs mais longos, que fecharam em alta de 8bps, aproximadamente.
A relativa tranquilidade não esconde, porém, a preocupação do mercado, revelada esta semana pelo boletim Focus, com a inflação desancorada, a expansão dos gastos públicos e o menor espaço de cortes para a Selic no ano que vem.
Cripto
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