
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta segunda-feira, 25 de agosto.
Resumo do dia
A sexta-feira marcou o maior rali do Ibovespa desde abril: alta de 2,57%, aos 137.968 pontos, com Powell em Jackson Hole abrindo a porta para cortes de juros já em setembro nos EUA. O movimento derrubou juros futuros e dólar, enquanto Vale, Itaú e Petrobras puxaram o índice, e nomes como Natura, Cogna e Minerva brilharam entre as maiores altas percentuais.
No noticiário corporativo, a família Diniz elevou sua fatia no GPA a 24,6%, logo abaixo do poison pill de 25%, e convocou uma AGE para propor a destituição integral do Conselho de Administração e eleição de novos membros. A disputa por espaço na governança esquenta no Pão de Açúcar, trazendo mais um ingrediente de volatilidade para o mercado, que já vinha animado pelo apetite global ao risco.
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa saltou 2,57% nesta sexta-feira, aos 137.968 pontos, embalado pelo sinal de Jerome Powell de que cortes de juros nos EUA estão próximos e pelo alívio parcial nas tensões comerciais, no maior avanço diário desde março e com ganho semanal de 1,19%.
Juros futuros: Fecharam em forte baixa após discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.
Mundo: Futuros das bolsas dos EUA e índices europeus recuam à medida que parte da euforia em torno das expectativas de cortes nas taxas de juros do Fed diminui.
Minério de ferro: Metais industriais como cobre sobem junto com minério de ferro.
Petróleo: Petróleo tem alta modesta e sustenta patamar recente com investidores atentos aos estoques e visão sobre juros do Fed.
Destaques
Setor Financeiro | Impacto do Dilema da Lei Magnitsky e Tensões Brasil–EUA
As ações dos principais bancos brasileiros sofreram forte queda nesta terça-feira (19/Ago), com perdas de ~R$ 40 bilhões em valor de mercado.
Expresso Bolsa Semanal: Lei Magnitsky, Cortes de juros nos EUA, Rali global
Tensão diplomática entre Brasil e EUA após decisão do ministro Flávio Dino sobre leis estrangeiras derrubou a bolsa, elevou dólar e juros futuros.
Economia
Por José Marcio Camargo
Dados podem trazer surpresa em setembro
Após a forre revisão negativa dos dados do mercado de trabalho da economia brasileira nos últimos três meses, os investidores passaram a esperar pelo discurso de Jerome Powell, Presidente do Federal Reserve, no tradicional simpósio de Jackson Hole na semana passada.
As principais notícias do dia 25/08/25
🛒 Varejo
PCAR3 | Família Diniz reforça participação e convoca AGE no GPA
O que aconteceu? A família Coelho Diniz comunicou que sua participação no GPA atingiu 24,6% das ações ordinárias da companhia, nível ligeiramente abaixo do poison pill de 25%. No mesmo movimento, apresentou pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a destituição integral do atual Conselho de Administração e eleição de novos membros, buscando representatividade proporcional à fatia acionária. O próprio Conselho manifestou apoio unânime à convocação, que também discutirá a recomposição do Conselho Fiscal diante de renúncias recentes. (GPA e Genial)
Opinião Genial: O avanço da família Diniz sinaliza maior influência na governança do GPA, podendo alterar os rumos estratégicos da companhia. A busca por alinhamento entre participação acionária e representatividade no Conselho pode trazer maior estabilidade e foco à gestão, mas também adiciona incerteza de curto prazo até a definição dos novos conselheiros.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 3,50
⚡ Energia Elétrica
COPEL (CPLE6) | Acionistas aprovam unificação de ações e adesão ao Novo Mercado
O que aconteceu? Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 22/08/25, os acionistas da Copel aprovaram a unificação das classes de ações e a migração da companhia para o Novo Mercado da B3. A efetivação do processo ainda depende da obtenção de waivers junto a credores, da realização de assembleia especial de acionistas preferencialistas e da aprovação final pela B3. A companhia também informou que acionistas dissidentes terão direito de recesso, condicionado à confirmação dos waivers. (Fonte: Copel e Genial Investimentos)
Opinião Genial: A decisão representa um marco de governança para a Copel, elevando seu padrão de transparência e alinhando os direitos de acionistas minoritários, o que tende a reduzir o desconto de governança no valuation da companhia. A migração ao Novo Mercado amplia o potencial de liquidez das ações e pode atrair maior base de investidores institucionais, tanto domésticos quanto estrangeiros. Acreditamos que a migração para o Novo Mercado é uma movimentação natural de empresas em processo de turnaround e que em algum momento a Eletrobras deve passar por uma decisão parecida.
Recomendação: Sem Recomendação
Preço-alvo: R$ –
🏦 Financeiro
BBAS3 | Banco do Brasil acompanha surgimento de fake news ligadas à Lei Magnitsky
O que aconteceu? O Banco do Brasil afirmou que acompanha o surgimento de publicações falsas em redes sociais, ligadas à aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e possível sanção dos EUA. Segundo o banco, alguns influenciadores têm propagado boatos com o intuito de gerar pânico e induzir a população a tomar decisões que podem prejudicar sua saúde financeira, como a sugestão de retirada de depósitos. A instituição disse que tomará medidas legais para proteger sua reputação, clientes e funcionários. (Banco do Brasil e Genial)
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 22,00
⛽ Petróleo & Gás
BRKM5 | S&P rebaixa rating global da Braskem para BB-
O que aconteceu? A S&P Global Ratings revisou a nota de crédito global da Braskem para BB-, mantendo-a em CreditWatch negativo. A agência justificou a decisão pelas incertezas que seguem pressionando os spreads petroquímicos e, consequentemente, a liquidez da companhia. A Braskem reiterou seu compromisso com a higidez financeira e mencionou iniciativas de resiliência para mitigar os impactos do ciclo prolongado de baixa da indústria, além de reforçar sua intenção de fortalecer a competitividade da indústria química brasileira. (Fonte: Braskem + Genial Investimentos)
Opinião Genial: O rebaixamento de rating representa um risco material ao custo de capital da Braskem, elevando o prêmio de risco e a percepção de vulnerabilidade financeira. A pressão sobre spreads petroquímicos, que já tem reduzido margens e geração de caixa, pode prolongar a desalavancagem e comprometer a execução de investimentos estratégicos. A manutenção do CreditWatch negativo reforça o risco de novos rebaixamentos caso as condições de mercado não se revertam, adicionando incerteza ao valuation. Embora iniciativas de resiliência sejam positivas, o cenário setorial desfavorável limita a visibilidade de recuperação no curto prazo.
Recomendação: Sem Recomendação
Preço-alvo: R$ –