
Fique por dentro das principais informações do mercado financeiro nesta sexta-feira, 09 de maio.
Na edição de hoje
O earnings season pegou fogo ontem com a divulgação de números de peso! No varejo, Renner mostrou que está jogando em outra liga, enquanto Assaí celebrou o melhor 1º trimestre da sua história. Entre os bancos, Itaú e Inter reforçaram suas teses, com lucros robustos e eficiência em alta, e na indústria, Suzano e Intelbras entregaram resultados mais fracos, mas com boas perspectivas de retomada. Também tivemos destaques em telecom (Vivo e TOTVS), infraestrutura (Alupar, Sanepar), e petróleo, com PetroReconcâvo ainda sob pressão.
No noticiário, a Petz divulgou números pressionados, e a Brava Energia surpreendeu ao desistir da venda de ativos onshore. Fechamos o giro com a LWSA, que reportou lucro menor, mas manteve a estratégia de crescimento.
Cardápio cheio e estratégico para tomar decisões hoje. Boa leitura!
Expresso Brasil e Mundo
Ibovespa: O Ibovespa fechou em alta de 2,12% ontem, retomando o patamar dos 130 mil pontos e se aproximando novamente das máximas históricas. O avanço foi impulsionado principalmente por ações de commodities, como Petrobras e Vale, acompanhando a valorização do petróleo e do minério de ferro no exterior. O movimento também refletiu o otimismo dos investidores com os dados de inflação abaixo do esperado nos EUA, alimentando apostas de cortes de juros ainda este ano por lá, o que sustentou um clima positivo nos mercados emergentes.
Juros futuros: Encerraram o dia sem direção única, refletindo a expectativa em torno das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA. Os vértices curtos da curva apresentaram leve alta, enquanto os longos recuaram, acompanhando o movimento dos Treasuries americanos. Após o fechamento do mercado, o Copom anunciou a elevação da taxa Selic de 14,25% para 14,75% ao ano, em linha com o consenso. O comitê justificou a decisão com base na resiliência da inflação e reforçou que a política monetária seguirá significativamente contracionista por um período prolongado, o que tende a manter os juros elevados e pressionar os prêmios de risco na curva curta.
Mundo: Os futuros dos principais índices norte-americanos abriram em alta moderada, refletindo o otimismo dos investidores após a recente assinatura de um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Reino Unido. Os futuros do S&P 500 subiram 0,33%, enquanto os do Nasdaq avançaram 0,3%, impulsionados por ganhos expressivos em ações de tecnologia como Trade Desk, Pinterest e Cloudflare, que registraram altas superiores a 11% no pré-mercado. A expectativa por possíveis reduções nas tarifas sobre produtos chineses também contribuiu para o sentimento positivo, embora os mercados aguardem com cautela as negociações comerciais entre EUA e China previstas para o fim de semana.
Minério de ferro: O cobre recua, e o minério de ferro reduz os ganhos com investidores realizando lucros após o estímulo monetário esperado em Pequim.
Petróleo: O petróleo também avança com menor tensão no front comercial.
Em Destaque
RD Saúde (RADL3) | Resultado 1T25: Receita abaixo da posologia
Prio (PRIO3) | Resultado 1T25: Está quase lá!
TIMS3 | Resultado sólido, com expansão de margem e forte geração de caixa
Novos Conteúdos
Itaú (ITUB4) | Resultado 1T25: O Mais Difícil Não É Atingir um ROE de 20%, Mas Mantê-lo Consistentemente em 20% (Roberto Setubal)
No 1T25, o Itaú apresentou mais um resultado sólido e consistente, com lucro líquido recorrente recorde de R$ 11,9 bilhões, refletindo uma expansão robusta de +13,9% a/a e +2,2% t/t.
Renner (LREN3) | Resultado 1T25: A Renner está 4 anos à frente de concorrentes
Gostamos do que vimos! A Renner abriu 2025 com um trimestre forte, mostrando que a operação segue sólida e capaz de responder rápido às pressões que vinham pesando sobre o papel desde o 4T24.
CSN (CSNA3) & CMIN (CMIN3) | Resultado 1T25: Alívio inesperado
Os resultados divulgados pela CMIN e CSN foram positivos, uma vez que superaram as prospecções prévias de EBITDA, tanto nossas (+4% e +9%, respectivamente),quanto do consenso(+5% e +3,5% BBG, respectivamente).
Suzano (SUZB3) | Resultado 1T25: Um trimestre sacrificado
As vendas de celulose atingiram 2.6Mt (-9% vs. Est.), queda de -19% t/t e alta de +10% a/a, marcando o destaque negativo.
🏦 Inter (INBR32) | Prévia 1T25: Lucro e Rentabilidade em Alta, com Eficiência em Trajetória de Melhora
🛒 Assaí (ASAI3) | Resultado 1T25: O melhor 1º trimestre da história
🛒 Magazine Luiza (MGLU3) | Resultado 1T25: Crescimento em 2º plano, rentabilidade em 1º
⚡ Alupar (ALUP11) | Resultado 1T25: Nada demais… mas com perspectivas interessantes
💧 Sanepar (SAPR11) | Resultado 1T25: Precatório Reconhecido e Operacional Fortalecido!
⛽ PetroReconcâvo (RECV3) | Resultado 1T25: Quando a falta de novidades pesa!
📡 Vivo (VIVT3) | Pós-pago resiliente, fixo segue forte e margem estável
💻 Intelbras (INTB3) | Resultado 1T25: ERP pesa, mas recuperação à vista
💻 TOTVS (TOTS3) | Resultado 1T25: Gestão sustenta crescimento; margens avançam mesmo com reoneração
🏡 MRV (MRVE3) | Resultado 1T25: Castigo do monstro
🏡 Tenda (TEND3) | Resultado 1T25: No caminho certo
🏥 Fleury (FLRY3) | Resultado 1T25: Margens resilientes e crescimento em linha com o esperado
Economia
Por José Marcio Camargo
Acordo comercial Estados Unidos – Reino Unido pode servir de molde para os próximos
Foi anunciado nessa quinta-feira (08/05) o primeiro acordo comercial dos Estados Unidos dentro do prazo de 90 dias dado pelo governo Trump para reimplementar as tarifas recíprocas.
De olho nas Ações
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As principais notícias do dia 09/05/25
🛒 Varejo
PETZ3 | Petz avança em receita, mas margem EBITDA vem pressionada
O que aconteceu? A Petz reportou uma receita bruta de R$ 1,01 bilhão no 1T25 (+7,9% a/a), com destaque para as vendas B2C, que cresceram 9,0% a/a, enquanto o canal digital avançou +8,0% e manteve penetração de 42,3% sobre a receita bruta. O lucro bruto atingiu R$ 392,0 milhões (+7,7% a/a), com margem bruta praticamente estável em 38,9% (-0,1 p.p. a/a). No entanto, as despesas operacionais pressionaram o resultado, levando o EBITDA ajustado a recuar -6,9% a/a para R$ 56,0 milhões, com margem EBITDA ajustada de 5,6% (-0,9 p.p. a/a). O lucro líquido ajustado caiu para R$ 1,1 milhão (-86,7% a/a), refletindo impacto não recorrente da fusão com a Cobasi e efeitos do aumento de despesas. (Petz e Genial)
🛢️ Óleo e gás
BRAV3 | Brava decide encerrar processo de venda de ativos onshore na Bahia
O que aconteceu? A Brava Energia comunicou o encerramento das negociações para desinvestimento de seus ativos onshore e de águas rasas localizados no Estado da Bahia. A decisão foi motivada por dois fatores principais: (i) melhora consistente na performance operacional desses ativos ao longo dos últimos trimestres, com recordes de produção e aumento da eficiência; e (ii) avanços relevantes nos projetos offshore de Atlanta e Papa-Terra, que elevam a resiliência operacional da companhia. Com isso, a Brava opta por manter um portfólio diversificado, com foco em mitigar riscos de concentração e aproveitar sinergias no segmento de gás natural. (Brava Energia e Genial)
Opinião Genial: Achamos o evento negativo, ainda que sejamos céticos quanto à possibilidade dessa decisão fazer preço no ativo, dado o atual momento operacional da companhia. Acreditamos que uma eventual venda de uma de suas operações destravaria valor para o case, ajudaria a empresa a desalavancar (Brava segue sendo o case com maior dívida relativa dentre as petroleiras) e traria uma perspectiva de valor para o portfólio onshore da empresa.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ –
💻 Tecnologia
LWSA3 | Aquisições pesam no lucro da LWSA no 1T25
O que aconteceu? A LWSA reportou lucro líquido de R$ 20,3 milhões no 1T25, queda de 60% a/a, impactada por despesas não recorrentes ligadas a aquisições recentes. A receita líquida cresceu 18%, para R$ 1,2 bilhão, impulsionada pelo aumento da base de clientes e expansão dos serviços digitais. A margem EBITDA ajustada foi de 25%, estável em relação ao 1T24. A empresa reforçou seu foco em integração operacional e sinergias para os próximos trimestres. (Valor e Genial)