Expresso Bolsa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira com uma alta de 0,54%, atingindo os 118,9k, quebrando a sequência negativa dos últimos dias.
Os comentários mais brandos de membros do Fed sobre a postura da política monetária americana juntamente com a boa performance da Petrobras apoiada pela escolha do seu CEO culminaram com o resultado positivo da bolsa.
O que aconteceu no Mercado?
✈️Gol (GOLL4) fará aumento de capital, quem não aderir sofrerá diluição gigante.
Contexto: Gol aprovou um aumento de capital na faixa de R$ 948m ~ R$ 2.873m, equivalente à emissão de até 67,3m ações preferenciais. O preço por ação preferencial será de R$ 42,67, com prêmio de 257,36%.
O que mais você precisa saber? A operação ocorre em meio ao acordo de cooperação comercial firmado com a American Airlines, que previa o aumento de capital e subscrição das ações pela companhia americana. A empresa americana assumiu o compromisso de investir US$ 200 milhões na Gol, mediante a subscrição.
Avaliação analista: Vemos esses ágios pago pela American Airlines como uma valoração estratégica e não como uma sugestão de valuation. Considerando subscrição e integralização total do aumento de capital, os acionistas que não subscreverem, serão diluídos em 14,6%, assumindo a subscrição e integralização apenas do valor mínimo do aumento, a diluição será de 5,3%.
RAPT4
Aumentando a participação em autopeças
A Randon informou que realizou a subscrição de 30,6M ações emitidas no follow-on da Fras-Le (FRAS3). A oferta resultou em um montante total da R$ 629m pela Fras-Le. Com foco em aumentar a resiliência de seus resultados e a diversificação de suas receitas, a Randon saiu de uma participação de 51,16% para 52,57%. Na nossa visão, Randon ainda segue com um valuation atraente. (Randon e Genial)
SIMH3
Movida segue barata
Na visão do controlador as ações da Movida (MOVI3) seguem baratas. A Simpar, grupo controlador, informou que adquiriu 7,4M de ações da Movida (MOVI3), fazendo com que sua participação ultrapassasse o patamar de 63% para 65% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia. Na nossa visão, Movida e Simpar ainda seguem com valuations atraentes (Movida e Genial)
AZUL4
Dados de tráfego de março
Em março, o volume total de passageiros transportados o (RPK) foi de 2,5b, crescimento de 68,6% na comparação com 2021. A oferta total de assento (ASK) foi de 3,2b, um aumentou de 52,6% na comparação anual. Com a demanda subindo mais do que a oferta, tivemos em uma taxa de ocupação melhor, finalizando o mês em 78,7% contra 71,2% no mesmo mês do ano passado. Quando comparamos com o pré pandemia, observamos um crescimento de 15,8% do RPK e 18,9% de ASK. A taxa de ocupação ainda está abaixo, em março de 2019 foi de 80,8%. (Azul e Genial)
TELECOM
Novo presidente da Anatel
O plenário do Senado Federal aprovou Carlos Baigorri para presidência da Anatel e Artur Coimbra para membro do conselho diretor. Baigorri, por exemplo, já considerou o valor da migração das concessões de telefonia fixa para autorizações e tal montante deve ser enviado para aprovação pelo TCU até o final do semestre. Isso tem grande relevância para empresas como a Vivo e a Oi, que possuem proporções significativas em tais concessões. (Teletime e Genial)
FLRY3
Fundo Kortex
A Bradesco Saúde fará um aporte de R$ 60,5m no fundo Kortex, constituído em 2020 pela Fleury e Sabin com o objetivo de investimento em healthtech. Com o aporte, a Bradesco Saúde e a Sabin terão uma participação de 23% no fundo, enquanto a Fleury terá 54%. O novo capital aumenta o poder de fogo do fundo para novas aquisições. (Fleury e Genial)
De olho na economia
As sanções à Rússia, a credibilidade do dólar e as criptomoedas
A tentativa dos governos dos países ocidentais de sufocar a economia russa congelando as reservas do país depositadas em seus bancos centrais, e introduzindo sanções a seus principais bancos, começa a gerar efeitos colaterais importantes para o sistema financeiro internacional.
Em especial, o congelamento das reservas e a proibição de utilizá-las para honrar compromissos financeiros do país, poderá afetar a credibilidade do dólar no mercado financeiro internacional.
As moedas fiduciárias são dívidas dos países emissores destas moedas com os agentes que as mantém em seus portfólios. A condição é que, quando o detentor desta dívida desejar utilizá-la, estará disponível. Credibilidade é a condição fundamental. Ao proibir o acesso da Rússia a suas reservas, o governo americano está rompendo este contrato.
A reação do governo russo e dos agentes que desejam comerciar com o país é passar a utilizar moedas não regulamentadas, criptomoedas, em substituição ao dólar. A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, tem manifestado preocupação quanto a este fato.
Segundo ela, o governo americano está preocupado com evasão de sanções, reconhece que ativos digitais apresentam uma oportunidade para fazer exatamente isso e que o Tesouro americano está monitorando tentativas pela Rússia de usar criptoativos para evitar sanções impostas pelos Estados Unidos.