🚅 Expresso Bolsa
O IBOV terminou a sexta com uma alta de 1,98% atingindo os 115,3k e acumulando +3,22% na semana. A semana ficou marcada pelas reuniões do Fed e Copom para aumento dos juros americano e brasileiro além das fortes repercussões da guerra na Ucrânia. Ainda, o anúncio do governo chinês para estímulos a economia apoiou ganhos dos papéis ligados a commodities metálicas.
🔥 O que aconteceu no Mercado
✔️ Stone (STOC31): Luz no fim do túnel?
Após a divulgação de resultados do 4T21 as ações da Stone subiram 42% na sexta-feira. O lucro seguiu pressionado em R$ 33,7m (-90,6% a/a) dada a decisão da companhia de não repassar a alta da Selic à clientes. No entanto, a empresa sinalizou já estar reprecificando seus produtos, impactando positivamente o guidance para o 1T222. A Stone espera um lucro antes de imposto no 1T222 de R$ 140m.
2021 difícil! As ações da Stone caíram 86% desde fev/21. Os resultados da companhia foram prejudicados pelo provisionamento da carteira de crédito e elevação da Selic. A Stone chegou a provisionar 40% da carteira de crédito no 2T21 em função de problemas na concessão de crédito e falta de interoperabilidade nas centrais de recebíveis.
Fique ligado! A Stone vem endereçando grande parte de seus problemas com a reprecificação dos produtos e mudanças em sua equipe. Além disso, testes com produtos de crédito devem ser retomados entre o 2o e 3o trimestre de 22. Apesar do múltiplo esticado de 103x P/L 21, a empresa vem sinalizando que o pior já passou.
VIIA3
Investimento bilionário
Segundo a coluna de Lauro Jardim, a família Fares, que é dona da Marabraz (varejista especializa em móveis), está negociando a compra de R$ 1 b em imóveis que Michael Klein aluga para a Via. Em paralelo, os Fares estariam avaliando um investimento na companhia. (Globo e Genial)
AERI3 (COMPRAR)
Opcionalidade se tornando realidade
Mais uma empresa demonstrou interesse em investir no desenvolvimento de projetos offshore no Brasil. Dessa vez, foi a Shell Brasil quem divulgou que deu início ao licenciamento ambiental junto ao Ibama de seis projetos de geração de energia eólica offshore no Brasil, que somam mais de 17 GW de potência. Atualmente, a soma de toda capacidade instalada de eólica onshore no Brasil é de 21 GW. Os projetos em análise para offshore já ultrapassam 100 GW. A Aeris pode ter um salto no volume produzido além das expectativas do mercado, que não contava com a entrada de investimentos em offshore no país tão cedo. (Genial e EPBR)
TELECOM
Desenvolvimento 5G
O 5G já está sendo oferecido por algumas companhias na frequência 2,3 GHz permitindo a expansão do 4G ao mesmo tempo que já viabiliza o 5G. Apesar da maior velocidade de dados, ela não faz parte do 5G puro (standalone, mais potente) que deve estar presente nas capitais a partir de julho, segundo o cronograma da Anatel. Os principais empecilhos no momento são: alta carga tributária, roubo de cabos e necessidade de modernizar as estações rádio-base. (Valor e Genial)
GOLL4 (VENDER)
Cade aprova acordo entre Gol e American Airlines
Parceria entre as empresas visa acordo comercial para a ampliação das opções de destinos de brasileiros nos Estados Unidos e de americanos no Brasil. A American Airlines fará um investimento de US$ 200 milhões em forma de 22,5 milhões de ações preferenciais da companhia aérea brasileira. O acordo entre as aéreas resultará em 5,2% a mais da participação da American Airlines no capital da companhia. Esta aprovação é importante para a recuperação da demanda internacional no corredor EUA-Brasil, que ainda sofre por conta do período de pandemia. (Genial e Bloomberg)
👀 De olho na economia
Mercado de trabalho no Brasil continua com números positivos
Os dados do mercado de trabalho brasileiro divulgados na semana passada mostram um desempenho bastante positivo. No trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego atingiu 11,2% da força de trabalho, um aumento de 0,1 pontos de porcentagem em relação ao trimestre terminado em dezembro que, normalmente, apresenta a menor taxa de desemprego no ano. Em um ano, a população desocupada se reduziu em – 2,7 milhões, a população ocupada aumentou em 8,2 milhões e os inativos (não trabalham e nem procuram trabalho) se reduziu em – 3,9 milhões de trabalhadores.
Os rendimentos reais mostraram uma queda de – 9,7% em doze meses, resultado da mudança na estrutura da ocupação, com a volta de trabalhadores menos qualificados ao mercado devido à melhora nos indicadores da pandemia, ao pequeno poder de barganha dos trabalhadores em decorrência do elevado nível do desemprego e à aceleração da taxa de inflação. Esta queda foi quase que totalmente compensada pelo aumento do número de postos de trabalho. A massa real de rendimentos, que é o rendimento real multiplicado pelo número de ocupados, ficou praticamente estável, com queda de – 0,9% no mesmo período.
Um sinal de que a reforma trabalhista aprovada em 2017, ao valorizar a negociação entre trabalhadores e empresas, está atingindo um de seus principais objetivos: fazer com que grande parte do ajuste no mercado de trabalho se dê via variação do rendimento real do trabalho viabilizando uma redução da taxa de desemprego. Um resultado muito positivo.