Confira as principais notícias que irão movimentar o mercado de ações: Oi (OIBR3), Via (VIIA3), Itaú (ITUB4), Cielo (CIEL3), WEG (WEGE3) e Wiz (WIZS3).
Expresso Bolsa
A bolsa começou a semana com uma queda –0,89%, atingindo os 110,5k, com o mercado repercutindo os temores de elevações de juros mais fortes tanto nos EUA quanto na Europa. Esse sentimento foi intensificado pelas pressões inflacionárias da Europa e pela espera do discurso de Jerome Powell (presidente do Fed) que ocorrerá na sexta-feira.
As principais quedas ficaram para os papéis ligados à economia doméstica, enquanto no lado positivo o grande destaque foi para a Americanas (+22,49%) após o anúncio de que Sérgio Rial será seu novo CEO.
O que aconteceu no Mercado?
OIBR3
Highline vence o leilão de torres
A Highline se saiu vitoriosa no leilão para aquisição de 8k torres de telefonia fixa da Oi, com um valor de R$ 1,697b (o preço mínimo estabelecido). As demais interessadas não apresentaram propostas. A Highline pretende concluir a aquisição das torres até o fim do ano, mas isso ainda depende das aprovações tanto da Anatel quanto do Cade. Já para Oi, isso simboliza uma importante entrada de caixa para que ela consiga manejar suas dívidas atuais. (Valor e Genial)
VIIA3
Monetização de crédito em curso
A Via anunciou a transferência de R$ 300m em crédito tributário de imposto estadual ICMS. Vale lembrar que, além da transação anunciada, a varejista já totalizava um montante de R$ 837m em 2022. No total, a companhia já monetizou 61% do esperado para este ano. O impacto no fluxo de caixa deve ocorrer ao longo dos próximos 18 meses. (Via e Genial)
ITUB4
Dando maior liberdade à Rede
Segundo matéria do Valor, o Itaú fez um aporte de R$ 3,7b em uma sociedade de crédito direto (SCD) dentro da Rede. O aporte pode dar mais agilidade na concessão de crédito da Rede, como o de crédito fumaça. O momento é oportuno após grande parte dos obstáculos iniciais das centrais de recebíveis ter sido resolvido. A Stone e Getnet já contam com SCDs. (Valor e Genial)
BANCOS
Expectativas de crédito
Segundo pesquisa da Febraban, o crédito deve crescer 0,8% m/m e 16,3% a/a em julho. O crédito destinado às famílias deve aumentar 1,4% m/m e 21,5% a/a e às empresas deve recuar 0,2% m/m, crescendo 9,3% a/a. (Valor e Genial)
CIEL3
Valendo mais do que a Stone, finalmente
Pela primeira vez desde fev/19, a Cielo vale mais do que a Stone (STOC31). A inversão veio após os resultados trimestrais das duas companhias. A Cielo vem surfando uma boa dinâmica no ano, contendo a perda de market share e melhorando margens. A Cielo fez uma reprecificação de seus produtos e vem tendo êxito em controlar despesas. (Broadcast e Genial)
WEGE3
PMIs Europa
Foram divulgados os PMIs da Zona do Euro. O “Purchasing Managers Index” é um indicador que mede a atividade econômica de um país. O índice alemão voltado para a indústria foi de 49,8, enquanto o do Reino Unido e União Europeia foram, respectivamente, 46 e 49,7. Um índice abaixo de 50 sugere uma desaceleração econômica. (Bloomberg e Genial)
GOLL4
Redução de Rating
A S&P Global reduziu o rating da Gol (CCC+) passando de positivo para estável. Segundo a agência, o processo de desalavancagem da empresa deverá levar mais tempo em razão dos preços dos combustíveis mais altos. Estima-se que a alavancagem da companhia deve ficar em cerca de 11x em 2022 e entre 6 e 7x em 2023. Por outro lado, acredita-se que a retomada de tráfego aéreo deverá aliviar a situação da empresa. (Bloomberg e Genial)
WIZS3
Compra 2
Wiz Conseg anunciou a compra de participação societária em duas corretoras de redes de concessionárias de veículos, uma do Grupo Primavia (grande distribuidora Fiat), e outra do grupo Le Lac (líder no Paraná). O valor das transações não foram revelado. (Broadcast, Wiz e Genial)
De olho na economia
Em compasso de espera
Os mercados financeiros começaram a semana em compasso de espera, na expectativa do discurso do Presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Jerome Powell, na reunião de Jackson Hole na próxima sexta-feira.
A discussão entre os investidores é se o Presidente da autoridade monetária americana irá validar a afirmativa em seu último discurso após a reunião do Fomc, no qual indicou que considerava ter sido atingido o nível neutro da taxa de juros.
Como, após tal afirmação, um grande número de economistas influentes, nos Estados Unidos e fora dele, discordaram publicamente da afirmação, indicando que, dado o mercado de trabalho muito apertado nos Estados Unidos, que a taxa de inflação continua em níveis bastante elevados e os sinais de desaceleração da taxa de inflação não são generalizados e sim concentrados em quedas dos preços de commodities energéticas, principalmente gasolina, a taxa neutra de juros está ainda longe de ser atingida, o que irá exigir novos reajustes nas próximas reuniões do Fomc.
Como resultado desta incerteza, a reação dos investidores tem sido de dúvida quanto aos próximos movimentos da política monetária, dúvida está refletida no volume de apostas em um aumento de 0,75 ou 0,5 pontos de porcentagem da taxa de juros na próxima reunião, o que gera fuga dos ativos financeiros mais arriscados.
Com isto, o Dólar tem se valorizado em relação a outras moedas fortes (o índice DXY que mede esta relação está em níveis bastante elevados), e frente a moedas dos países emergentes, as bolsas de valores em trajetória de queda e as taxas de juros em alta. Apesar deste contexto negativo, o Real tem sido uma das moedas com melhor comportamento, com tendência a valorização desde o final do mês de julho.
Cripto
Após a desvalorização iniciada no fim da semana passada, os principais criptoativos aparentam ter encontrado um ponto de suporte. O Bitcoin amanheceu sendo negociado acima de US$ 21k, representando uma valorização de 0,73% nas últimas 24h. Já o Ethereum, é negociado em torno de US$ 1,6k, com uma valorização de 2,42% no mesmo período. Vale notar que, mesmo após as quedas, o valor total do mercado de criptoativos se manteve acima de US$ 1t.
Para acompanhar as principais movimentações do mercado cripto, acesse nosso Telegram
Renda Fixa
No exterior, tivemos elevação na aversão ao risco, que ocorreu devido ao aumento nos preços do gás que afeta os mercados na Europa. O resultado foi juros mais altos, USD forte e ações caindo.
Os juros locais tiveram uma história diferente, pois tivemos revisões para baixo das expectativas de inflação na pesquisa Focus do Banco Central, algo que não víamos há algum tempo. Com isso, as taxas locais fecharam praticamente no mesmo nível, só a parte mais longa subiu 6bps, um pouco acima da média dos outros vértices.